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Cultura de inovação: 4 dicas para potencializar RHs de empresas de qualquer tamanho

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Segundo especialistas, a revolução da área de gente e gestão é sustentada pelo tripé formado por pessoas, tecnologia e inovação, independentemente se o negócio tem 100, 500, 1.000 ou mais funcionários

Inovar, otimizar processos e aproveitar os benefícios que a transformação digital pode trazer são objetivos que estão no radar do RH de empresas de todos segmentos e tamanhos, seja com 100, 500, 1.000 ou mais funcionários, que buscam melhores resultados. Mas, afinal, como conseguir isso? É possível investir em cultura de inovação e ter um bom retorno? E qual o papel das pessoas nesse cenário?

O relatório da consultoria ACE Cortex, de 2022, “Cultura de inovação: como corporações podem construir a base para a transformação”, mostrou que a cultura de inovação está mais teoria do que na prática. A pesquisa foi realizada com 277 pessoas predominantemente em cargos de liderança.

Apesar de 91% dos profissionais estarem familiarizados com a cultura de inovação, 46% avaliam como insatisfatório o grau de maturidade da empresa em que trabalham em relação ao tema.

“Iniciativas de inovação muito afastadas do RH tendem a fracassar, pois os valores e as vivências de inovação são sistêmicos e precisam permear toda a organização para que sejam bem-sucedidas”, afirma Luís Gustavo Lima, Sócio e CEO da ACE Cortex.

No episódio #33 do podcast Pra Gente, Viviane Lacerda, Diretora de Operações na LG lugar de gente, conversou com Douglas Madona, People Operations Manager da Nuvini, sobre a relação entre pessoas, tecnologia e inovação e como esse tripé se sustenta e impacta o RH das empresas.

Confira quatro dicas para a potencializar o RH da sua empresa por meio da cultura de inovação, pessoas e tecnologia.

Dica 1- Entenda a diferença entre tecnologia e inovação

Douglas acredita que a tecnologia funciona como uma ferramenta que ajuda a escalar processos, otimizar demandas operacionais e administrar melhor o tempo, de modo que seja possível atuar de forma estratégica no RH. “Se a gente quiser descobrir o que é inovação nas organizações, primeiro precisamos entender qual é a função de uma organização na sociedade. Desse modo, é possível observar que ela só evolui porque inova”, defende.

O gestor explica que inovar significa transformar algo sem alterar sua essência. “No caso de uma empresa, quando ela decide reconstruir sua identidade visual, por exemplo, alterando logotipo, embalagens de produtos, a gente está diante de uma inovação, mas não é só isso”, exemplifica.

Dica 2- Trabalhe o tripé formado por pessoas, tecnologia e inovação

Para Douglas, há um importante tripé que envolve pessoas, tecnologia e cultura de inovação, que impactam diretamente a área de gente e gestão. “Eu acredito que a conexão entre cultura e pessoas é um casamento perfeito para a sustentação desse tripé. A meu ver, muitas coisas nascem dentro dos times de RHs das empresas, seja um benefício novo, uma política nova, uma ferramenta, uma solução, quando temos todos conectados com o mesmo propósito cultural”, declara.

Nesse cenário, o RH deve assumir o direcionamento da cultura da organização, deixando claro o espírito colaborativo, fomentando isso em seus rituais para que as pessoas sintam que têm um ambiente seguro para inovar. “Eu acredito que seja uma relação de construção. Nós viemos de um passado em que estávamos acostumados a ouvir ‘faça de tal jeito, pois sempre foi feito assim’. E agora temos milhões de referências e inspirações a poucos clicks de distância, com potencial de tornar uma prática comum em algo disruptivo”, pontua.

Dica 3- Promova squads no seu RH

Uma das principais vantagens de aderir à tecnologia em empresas de qualquer tamanho e segmento é assumir um ambiente em que novas ideias podem ser executadas de maneira muito veloz. A proposta não é fugir do erro, mas implementar de forma acelerada para que os desafios também apareçam rapidamente e os ajustes possam ser realizados praticamente em tempo real. “Essa é uma vantagem que traz um mood inovador. As pessoas precisam ser ágeis e transformar o intangível em produto”, relata Douglas.

Nesse sentido, o especialista comenta que a divisão em times reduzidos tem se mostrado muito estratégica no RH de pequenas e médias empresas. “Nas áreas de desenvolvimento, a gente encontra um modelo de trabalho muito comum, chamado squad. Nada mais é que um pequeno grupo multidisciplinar que atua em objetivos específicos. Essa é uma das alternativas que eu enxergo para a área implantar na sua cultura de inovação: colocar as pessoas para trocar experiências e ideias, oxigenar o problema e atacar uma demanda de forma ágil, com gente boa e dedicada a resolver uma questão pontual”.

Douglas revela que já usou esse modelo para resolver questões de gestão de pessoas. “O brilho disso é que você encontra nos indivíduos envolvidos um anseio gigante para resolver aquele desafio. Hoje, os indivíduos querem trabalhar em cima de um propósito maior, que não só se limita à sua função. Elas querem uma oportunidade de contribuir com o todo. Isso é o famoso ‘senso de dono’, que faz a gente enxergar lacunas ainda não preenchidas por questões de receio”, defende.

4- Fuja do tabu e invista na cultura de inovação para PMEs

Viviane ressalta que a cultura de inovação para PMEs ainda são percebidos como restrito para algumas empresas. “Às vezes, esses negócios ainda não se veem em um contexto de aderir a novas tecnologias e inovação digital, porque pensam se tratar de um investimento complexo, encarado como algo que não seria para uma organização daquele tamanho” destaca.

Nesse caso, para uma empresa que queira começar sua transformação tecnológica, a primeira tarefa a ser feita, segundo Douglas, é mapear os processos. “Tente identificar onde vocês gostariam de evoluir digitalmente. Seja um recurso, uma rotina, ou até mesmo aquela demanda que você tem todos os meses. Busquem uma melhora naquela dor. É um procedimento lento, a transformação é lenta, mas tem muitas vitórias a longo prazo”, aconselha.

O setor de recursos humanos precisa, dessa forma, se reunir com parceiros e fornecedores para começar um verdadeiro processo de transformação. “O RH não é mais aquela área que só recebe e executa demandas. A gente precisa ir para a linha de frente, olhar nossas ferramentas, ter discussões baseadas em dados e enxergar nos detalhes as possibilidades de evoluir digitalmente, mantendo a essência de uma área de pessoas, mas agora muito mais inovadora e integrada”, finaliza.

No episódio #33 do podcast Pra Gente, intitulado “Inovação, tecnologia e pessoas: o tripé para potencializar seu RH”, Viviane e Douglas ainda debateram:

  • Os primeiros passos para uma empresa que quer iniciar na inovação tecnológica e fazer a transformação digital de seus processos;
  • Como o RH pode contribuir para melhorar a experiência dos seus colaboradores;
  • Como o investimento em RH impacta o mercado;
  • Dicas para pequenas e médias empresas inovarem mais.

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Publicada em 8 de setembro de 2021 e atualizada em 13 de setembro de 2023.

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Ícaro Sena

Ícaro Sena é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui experiência nas áreas comercial e de tecnologia e já atuou em empresas como Ambev, Champion e Fazen. Na LG lugar de gente desde 2019, já foi Diretor de Sucesso do Cliente, assumindo, posteriormente, a Diretoria de Serviços e agora, em 2023, a Vice-Presidência de Operações da companhia.

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