4 dicas para evitar o burnout da TI

Taís Guedes, Coordenadora da Pós-Graduação em Psicologia Organizacional e do Trabalho do Instituto IPOG, aponta caminhos para que as empresas evitem o esgotamento profissional dos colaboradores.

Em 2020, mais de 20 milhões de pessoas sofrem com síndrome de burnout no país, de acordo com pesquisa da revista Época, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Essa realidade não é diferente para as equipes de tecnologia. Segundo o relatório da Gartner, realizado neste ano, o número de casos de burnout da TI cresceu devido à pandemia, demandando mais da área por conta da busca por soluções digitais para o trabalho remoto.

O home office tornou-se uma necessidade com a pandemia de covid-19. Ficar em casa, porém, não significa que a saúde mental não sofra com os mesmos problemas de quando estava em um escritório.

Taís Guedes, Coordenadora da Pós-Graduação em Psicologia Organizacional e do Trabalho no IPOG, explica que a síndrome de burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, associado à atividade profissional, que causa esgotamento físico e mental. “A pandemia do novo coronavírus tem impactado a saúde da população e de muitos profissionais que estão vivenciando altas cargas de trabalho”.

Importância da liderança dos CIOs

Ainda de acordo com o relatório da Gartner, quando os funcionários foram mandados para casa em meio à covid-19, muitas companhias se esforçaram para adotar soluções de tecnologia permitindo que suas equipes trabalhassem de casa.

Nesse cenário pandêmico, os CIOs têm um papel fundamental ao gerenciar as equipes remotamente, evitando o burnout da TI, como revela Taís. “Os líderes de TI agora perceberam a urgência de expandir suas pilhas de tecnologia digital no local de trabalho para garantir a resiliência de longo prazo de seus negócios”, aponta.

Para a Coordenadora do IPOG, o líder tem essa função de dar “suporte para as pessoas, tendo uma boa escuta, promovendo a colaboração, tendo empatia e se disponibilizando para entender os desafios da sua equipe como uma forma de solucionar os problemas”, argumenta.

Mas como evitar o burnout da TI durante a pandemia?

Para responder essa pergunta, a especialista se baseou na pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (EUA). No levantamento, muitas pessoas veem o seu trabalho como a principal fonte de estresse em suas vidas.

Além disso, ela explica que os problemas profissionais estão fortemente associados a queixas de saúde do que qualquer outro fator em 25% dos colaboradores das empresas no mundo todo, segundo o mesmo estudo.

Confira a seguir algumas dicas da psicóloga para manter os colaboradores mentalmente saudáveis e evitar síndrome de burnout durante o período de home office:

1 – Cultura organizacional humanizada

Taís chama atenção para o fato de que a empresa precisa focar no desenvolvimento de uma cultura centrada no ser humano. E ainda aponta a importância de uma boa gestão durante o trabalho em casa. “No atual momento, que exige o distanciamento social e que grande parte dos profissionais ainda se encontra em home office, a liderança precisa criar um ambiente de acolhimento e de vivência de bem-estar psicológico no trabalho”, revela.

2 – Promoção à saúde física e mental

Segundo a Coordenadora, o RH deve compreender todas as questões que envolvem essa subjetividade humana, além de sair da cultura do assistencialismo para uma cultura de promoção à saúde física e mental das pessoas. “Algumas empresas implementam ações superficiais no atendimento aos seus colaboradores, com a distribuição de lembrancinhas, mensagens de positividade, contratação de aplicativos de bem-estar, entre outros”, completa Taís.

Taís Guedes evitar burnout TI
Taís Guedes, Coordenadora da Pós-Graduação em Psicologia Organizacional e do Trabalho no IPOG

A psicóloga também cita uma fala de Mário Sérgio Ferreira, Pesquisador na Área de Qualidade de Vida no Trabalho, que vai de acordo com isso: “Essa tratativa compõe um verdadeiro ofurô corporativo. A melhor alternativa é identificar os fatores estressores no trabalho, planejar mudanças que visam a saúde, o bem-estar e, consequentemente, a produtividade no trabalho”, menciona.

3 – Transparência

A empresa precisa repensar o seu sistema de comunicação nesse momento, pois todas as mudanças geram naturalmente insegurança e desconforto, explica Taís. “A falta ou a ineficiência de comunicação pode ampliar os conflitos, medos e fragilidades dentro da empresa”, completa.

Ela indica que a melhor opção, nesse caso, é a transparência por meio da comunicação, de forma a promover as relações de confiança e engajamento.

4 – Gestão de trabalho e tempo

Para a Coordenadora, a empresa pode oferecer ferramentas de gestão do tempo e organização do trabalho diário. “Estabelecendo metas reais e alcançáveis, para que esses profissionais possam realizar dentro de uma jornada saudável de trabalho diário”, conclui.

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leticia.almeida

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