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Gartner aponta 3 prioridades da liderança nos próximos ano

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• De acordo com a pesquisa, líderes estão com foco em pessoas e modernização. Leia o artigo completo!

Quais são as prioridades da liderança para os próximos anos? Segundo a pesquisa “CEO and Senior Business Executive Survey”, realizada pela consultoria Gartner e publicada em agosto de 2023, os líderes compactuam sobre três elementos-chave que moldarão o sucesso e o futuro das organizações: crescimento, adoção de tecnologia e retenção de talentos.

Neste artigo, desdobraremos os insights da pesquisa e veremos como novos investimentos ligados à digitalização da rotina são cruciais para uma estratégia de sucesso. Confira o texto completo!

Primeira prioridade da liderança: crescimento equilibrado

A pressão por um crescimento lucrativo está no centro das estratégias organizacionais, com o presidente e o diretor financeiro desempenhando papéis cruciais nesse processo.

De acordo com o levantamento, 45% dos CEOs identificaram o aumento da rentabilidade como uma das três prioridades estratégicas de suas empresas, indicando uma queda em relação aos 53% do ano anterior.

Enquanto isso, 62% dos CFOs mantêm o nível de importância para esse objetivo, um aumento em relação aos 59% registrados em 2022.

O estudo aponta que esse movimento está relacionado a fatores econômicos, especialmente ao crescimento da inflação global. No entanto, a maioria dos CEOs não vê uma recessão significativa e de longo prazo como uma ameaça iminente.

O foco agora está na formulação da próxima estratégia de crescimento de médio a longo prazo, com um horizonte de três a sete anos. “Equilibrar investimentos futuros de crescimento e expectativas do CEO, ao mesmo tempo em que se gerencia rigorosamente custos e fluxo de caixa, é o balanço que os CFOs devem buscar na segunda metade de 2023”, diz Marko Horvat, VP de Pesquisa da Gartner.

Para ele, é imperativo incentivar o crescimento lucrativo através de três ações:

  • Dar prioridade total a projetos alinhados com as estratégias de negócios;
  • Fazer mudanças significativas, em vez de incrementais, na alocação de capital;
  • Deslocar rapidamente os recursos de projetos com baixo retorno para áreas de alto valor.

O VP explica que, atualmente, os CEOs estão pausando temporariamente seus investimentos, mas acredita que eles superarão essa hesitação ainda em 2023, confiantes de que o crescimento retornará a partir de 2024.

Segunda prioridade da liderança: investimento em tecnologia

Um terço dos altos executivos considera o investimento em tecnologia uma questão de grande relevância, segundo a análise da Gartner.

Nesse ponto, CEOs e CFOs estão alinhados ao apontar a digitalização como uma das principais prioridades de suas organizações para os anos de 2023 e 2024.

Ambos concordam, contudo, que a inteligência artificial (IA) terá um impacto significativo em seus negócios nos próximos três anos. Além disso, a pesquisa destaca algumas questões importantes:

  • Adoção recentemente acelerada: 80% das áreas financeiras que incorporaram a IA o fizeram nos últimos dois anos.
  • Expectativas de líderes executivos: tanto os conselhos de administração como os CEOs colocam uma expectativa dupla sobre os líderes de alto escalão: eles devem proteger a organização, ao mesmo tempo em que impulsionam a ampla adoção das inovações da IA.
  • Impacto na experiência dos clientes: os consumidores estão cada vez mais habituados a interagir com IA generativa, o que está moldando suas expectativas em relação à qualidade da experiência do usuário.
  • Preocupação dos funcionários: apesar do receio sobre a possibilidade de perderem seus empregos, colaboradores podem eventualmente deixar organizações onde não podem aproveitar totalmente a IA generativa.
  • Pressão dos investidores: a busca por novas fontes de crescimento e margens mais atrativas exerce influência sobre os líderes, que devem alcançar resultados mais expressivos.

Nesse sentido, de acordo com a pesquisa, a IA tem o potencial de criar mercados e/ou novas linhas de negócios para que as organizações expandam suas ofertas de serviços e aumentem a receita.

Segundo o estudo, a produtividade deve estar entre as cinco prioridades estratégicas de negócios dos CEOs, até 2025. As iniciativas incluem a utilização de ciência de dados para identificar novas maneiras de repensar custos e criar melhores medidas de diagnóstico para aumentar a produção per capita.

Terceira prioridade da liderança: retenção de talentos

CEOs classificam questões relacionadas à força de trabalho como a segunda prioridade mais urgente para suas organizações, enquanto para CFOs ela fica em quarto lugar.

No entanto, ambos concordam que a escassez de talentos em áreas-chave prejudica os negócios e já é considerada uma preocupação maior do que uma recessão ou as taxas de juros em alta.

Nesse contexto, com a visão de que os profissionais desempenham um papel determinante no crescimento e na lucratividade futuros, surge uma demanda de aprimorar a retenção, atração e capacitação de talentos. Para fazer isso, os entrevistados recomendam:

  • Oferecer aos seus funcionários a oportunidade de adquirir novas habilidades digitais, por exemplo, por meio de um programa de aceleração digital;
  • Criar um senso compartilhado de propósito e pertencimento para melhorar a retenção;
  • Revisar as descrições de cargos com o objetivo de torná-las orientadas para resultados, humanizadas, acessíveis e centradas no desenvolvimento, para atrair candidatos qualificados na área financeira.

O estudo demonstra que empresas de diferentes frentes de atuação têm lutado para encontrar as pessoas que precisam. E algumas razões estão relacionadas à pandemia: aposentadorias precoces, doenças de longo prazo, além de novas expectativas salariais e condições de trabalho.

No entanto, questões estruturais e demográficas mais profundas, como a saída da geração baby boomer da força de trabalho, também estão em jogo.

Os CEOs ainda citam a remuneração como um tema importante para os talentos. As exigências salariais dos funcionários naturalmente aumentam durante os períodos de inflação, mas o mercado de trabalho incomum de hoje – no qual o desemprego permanece baixo, apesar da fraqueza econômica – significa que as demandas salariais dos funcionários não devem diminuir.

Além disso, os entrevistados observam que as demandas contínuas dos funcionários por flexibilidade e opções de trabalho híbrido devem ser levadas em conta.

Com os líderes abertos a investir mais em growth, tecnologia e estratégias para retenção de profissionais, esse pode ser o momento ideal para o RH pleitear por soluções digitais que tocam em todos esses pontos:

  • Melhoria da experiência do colaborador e a retenção
  • Recrutamento mais assertivo,
  • Aumento da produtividade e atuação estratégica para o crescimento financeiro da empresa.

Fica claro, portanto, que para os líderes o foco em crescimento equilibrado, tecnologia e atração/retenção de talento é a peça-chave na estratégia das organizações. Por isso, é importante investir nas ferramentas necessárias para atingir esse objetivo e estar alinhado com o futuro.

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Foto de Flaviane Paiva

Flaviane Paiva

Gerente de Marketing da LG lugar de gente, jornalista por formação, com mais de 15 anos de experiência acompanhando as transformações da tecnologia aplicada à gestão do capital humano. Ao longo dessa trajetória, tenho liderado times, enfrentado desafios diversos e me aprofundado em temas de liderança, o que me levou a concluir um MBA em Liderança Estratégica.

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