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Processo seletivo sem diplomas: por que as empresas estão aderindo?

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Para vencer a escassez de mão-de-obra, organizações recorrem a contratação de profissionais sem diploma universitário

People Analytics, Inteligência Artificial, automação de processos. Diante dos avanços tecnológicos, a necessidade de contar com pessoas que consigam lidar e aproveitar todos os benefícios que as novas ferramentas podem oferecer tem se tornado um desafio para as organizações. Nesse cenário, muitas empresas estão optando por dispensar a formação universitária no momento de contratar. Mas, afinal, é possível encontrar bons profissionais em um processo seletivo sem diplomas?

Mesmo com o índice médio de empregabilidade de pessoas com nível superior alcançando 85% em países como o Brasil, segundo o relatório Education at a Glance 2018, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), esse número ainda não é suficiente para atender à crescente demanda de profissionais.

Segundo o levantamento da OCDE, realizado em 47 países parceiros da entidade, embora o mercado demande profissionais com nível superior eles ainda são escassos. Já no Brasil, a pesquisa revela que apenas 17% dos brasileiros possuem ensino superior.  

Por que utilizar um processo seletivo sem diplomas?

Deixar de tratar a educação superior como ponto de corte para o recrutamento tem se mostrado uma estratégia para alcançar a vantagem competitiva no mercado.

Exemplo disso é a EY, antiga Ernst & Young. Considerada uma das maiores consultorias do mundo e a quinta maior recrutadora de recém-formados no Reino Unido, desde 2016 a organização adota o processo seletivo sem diplomas em suas contratações.

Em artigo publicado pela EY, Maggie Stilwell, responsável pela gestão de talentos da companhia em Londres, explica que a decisão foi tomada após avaliarem mais de 400 colaboradores graduados da empresa. A conclusão foi de que não haviam evidências que a passagem pelo ensino superior tivesse relação com o sucesso profissional.

Além de ser uma maneira de vencer a baixa oferta de mão-de-obra, para a EY, o processo seletivo sem diplomas ajuda também a aumentar a diversidade do quadro profissional, o que abre as portas para profissionais com essa bagagem fora dos padrões.

Muitos deles estão aprendendo na prática, de maneira informal, ou com certificações e treinamentos. É o que afirma Carmine Di Sibio, Presidente global e CEO da EY, ao falar sobre o tema. Para ele, o formato contribui com as mudanças exigidas pelo avanço tecnológico, permitindo que as empresas desenvolvam habilidades vistas como necessárias ao sucesso.

Formando o colaborador ideal

Ainda que a adoção do processo seletivo sem diplomas parta da dificuldade de encontrar mão-de-obra para atender às transformações do mercado, outro benefício dessa abordagem está na formação desses colaboradores dentro do ambiente de trabalho.

A aprendizagem contínua é necessária em todos os períodos da carreira. A aplicação de métodos de ensino, como o lifelong learning, após o recrutamento de um profissional sem formação superior serviria para oferecer ao colaborador a possibilidade de adquirir e desenvolver soft skills.

Como afirma Carmine Di Sibio, as organizações e os indivíduos precisam abandonar o conceito de que educação está relacionada apenas a estudantes e de que o aprendizado termina quando a carreira profissional inicia.

Para capacitar esses profissionais recém-chegados, muitas organizações investem na educação corporativa, oferecendo, com apoio da tecnologia, trilhas de aprendizado de acordo com o negócio de atuação da empresa e necessidade do colaborador.

Como a tecnologia contribui com esse processo? Felipe Azevedo, Vice-Presidente da LG lugar de gente, explica. “O objetivo é que o colaborador cumpra as atividades que vão gerar melhor performance para ele, individualmente, identificadas através de assessment game, Inteligência Artificial e Analytics. Assim, a avaliação do treinamento deixa de ser uma nota ao final do curso e passa a focar no resultado efetivo. Uma sugestão é levantar uma série de perguntas que estão conectadas a estratégia e metas da empresa. Em casos de times comerciais, por exemplo, uma dessas perguntas poderia ser: a qualidade da venda está adequada?”, comenta.

Com a aplicação de ferramentas de Inteligência Artificial para compor trilhas de aprendizado personalizadas, esse modelo também já tem servido de reforço às organizações para vencer o fato de que o ensino tradicional nem sempre consegue preparar a força de trabalho para as exigências do mercado contemporâneo.  “Por tudo isso, vejo um grande potencial nessas tecnologias e aconselho as companhias a darem o primeiro passo nessa direção o quanto antes, pois é um caminho sem volta”, finaliza Felipe.

Como é o processo de recrutamento e seleção na sua empresa? Em um mercado competitivo, é imprescindível que a contratação de novos funcionários seja efetiva. Uma escolha errada implica retrabalho e prejuízo financeiro, sem falar na perda de tempo. Para garantir assertividade na hora de contratar, invista na ferramenta certa. Conheça a solução Gen.te Atrai – Recrutamento e Seleção da LG lugar de gente e veja como ela pode ajudar sua companhia.

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Rômulo Santos

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