Estudo feito pelo site CareerBuilder.com, o maior portal de busca de empregos dos Estados Unidos, aponta que os profissionais que praguejam no trabalho têm menos chances de decolar na carreira.
Segundo o levantamento, 57% dos empregadores se dizem menos propensos a promover quem reclama no trabalho.
Para os supervisores, o comportamento denota falta de profissionalismo, de controle ou de maturidade.
Embora o hábito não seja bem-visto pelos chefes, a maioria (51%) dos profissionais ouvidos pela pesquisa diz que pragueja no escritório. Entre os que reclamam, quase a totalidade (95%) desabafa com colegas, mas 51% dizem que reclamam na frente dos supervisores.
O estudo foi feito no meio do ano passado. Foram ouvidos 2.000 recrutadores e 3.800 profissionais.
Para a especialista Irene Azevedo, diretora de negócios da consultoria de desenvolvemento de talentos LHH/DBM, quando um profissional deixa de concordar com a maior parte das decisões da empresa em que trabalha deve se perguntar se não está na hora de mudar de emprego.
"Se a pessoa constantenmente se opõe [ao chefe], sem ter uma razão, devia perguntar para ela mesma se é nessa empresa em que ela gostaria de trabalhar. Aí começa o indice de maturidade. Se uma pessoa não está satisfeita tem que sair."
Apesar disso, Azevedo destaca que estar 100% do tempo insatisfeito é diferente de discordar em questões pontuais.
"O que é um comportamento maduro? Se há uma coisa que eu discorde, vou pensar bastante no fato, verificar os prós e os contras e chamar o chefe para mostrar esses pontos positivos e negativos. O que faz diferença é a maneira com que devo falo, de maneira tranquila, sem emoção, depois de ter analisado e visto que os contra são maiores que os prós", diz a consultora.
"Não tenho que concordar com tudo [o que acontece na empresa], mas tenho que concordar com a maioria para estar dentro da organização."
*Essa notícia foi publicada no site Folha de São Paulo, em 4/1/2013
Comentários