Os empregados vêm ganhando menos a cada ano. Passar mais de dois anos trabalhando na mesma empresa diminuiu seu salário ao curso de sua vida profissional em 50% ou mais – e este número é baixo, considerando que sua carreira dure apenas 10 anos. Quanto mais você trabalhar, maior será a diferença.
Durante este ano, o profissional comum irá ganhar menos de 1% de aumento e não há muito que fazer a respeito disso. Mas você pode decidir se quer continuar em uma empresa onde acredita não ser valorizado o suficiente. O aumento normal que alguém recebe ao deixar o cargo vai de 10% a 20%; há casos extremos em que este número passa os 50%, mas tudo depende da situação do indivíduo e do mercado.
Porque as pessoas que querem desistir são recompensadas, enquanto empregados leais são prejudicados por sua dedicação. A resposta é simples: a recessão permitiu aos negócios congelar seus pagamentos e diminuir o valor dos pagamentos baseado em “tendências do mercado”. Essas reações são compreensíveis, o problema é que deviam ser apenas temporárias. Ao invés disso, tornaram-se a norma no mercado de trabalho.
O antigo editor do Workforce.com, John Hollonn, lembra que a média anual de aumento nos salários era de 5%. A atmosfera criada pela mídia em torno da recessão deu às empresas a desculpa perfeita para diminuírem suas folhas de pagamento e expectativas salarias em longo prazo.
O mundo precisa de mão de obra qualificada e as companhias estão à procura de talentos. Em algumas firmas, a tecnologia pode ate substituir o trabalho manual, mas isto só aumenta a falta de trabalhadores de qualidade. Isso quer dizer que o profissional está na melhor posição possível para exigir aumentos.
O problema em ficar em uma empresa por muito tempo é que sua base salarial e eventuais promoções são baseados no salário atual. Geralmente, existe um limite do quanto seu chefe para um aumento. Entretanto, ao mudar de emprego, você pode recomeçar e exigir outra base ao ser contratado. As companhias competindo por talento não tem medo de investir, caso acreditem que valha a pena.
Andrew Bauer, CEO da Royce Leather, explica que trocar de emprego pode ser “muito estressante”. O profissional precisa considerar também sua “qualidade de vida, saúde mental e física e ética”. O dinheiro é importante, mas em equilibro o resto em sua vida. A compensação financeira é apenas uma parte do todo, e não deve cegamente seus passos.
O foco dos empregados deve ser negociar agressivamente suas oportunidades e não ter medo de pedir o valor que acharem justo, ao invés de tentar controlar a economia ou decisões da empresa. Nem todo mundo consegue tomar estas decisões imediatamente, mas é importante considerar. Lembre-se que você é seu próprio CEO e tem o a chance de maximizar os lucros – os seus.
Essa notícia foi publicada no site, Forbes Brasil em 23/06/2014
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