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Dinamismo empresarial para 2024: modelos ágeis impulsionam adaptações e crescimento em resposta às mudanças globais

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Pesquisa da McKinsey & Company aponta as principais tendências para organizações brasileiras, tendo a velocidade na tomada de decisões como essencial para o desenvolvimento

Dinamismo empresarial para fortalecer a resiliência é a prioridade número um na agenda das empresas. Essa é a conclusão da pesquisa OrgBRTrends: 10 Macrotendências que influenciam as Organizações Brasileiras, realizada pela McKinsey & Company, em outubro de 2023.

Foram entrevistadas mais de 350 lideranças em 14 indústrias para identificar as principais mudanças organizacionais em curso no Brasil. O estudo ainda conta com um panorama global​ que consultou mais de 2.500 gestores como complemento para as conclusões apresentadas. A partir dessas análises, foi possível avaliar como os executivos podem implementar as prioridades em suas agendas.

Segundo o estudo, 60% dos líderes reconhecem a urgência de acelerar tanto a tomada de decisões quanto a implementação de ações, considerando-as cruciais para o aprimoramento da adaptabilidade e da competitividade. Além disso, o relatório destaca outros aspectos significativos, como a necessidade de atrair e reter talentos, a busca por maior eficiência e a valorização de lideranças inspiradoras.

A corrida pela resiliência

Em tempos de volatilidade de informações, o aumento da velocidade nas decisões e a capacidade de adaptação a diferentes cenários mostram-se vitais para o sucesso organizacional.

Empresas capazes de superar as situações de crise têm vantagens significativas. Os dados da McKinsey mostram que, na recuperação econômica de 2020-2021, organizações que enfrentaram mais rapidamente às mudanças geraram um retorno total aos acionistas 50% maior do que aquelas menos resilientes.

No Brasil, 98% dos líderes entrevistados acreditam que a resiliência continuará sendo tão ou mais importante nos próximos anos do que já é atualmente, mas 70% dos gestores consideram que suas companhias ainda não estão preparadas para reagir rapidamente às transformações atuais.

A pesquisa mostra ainda que existe uma grande diferença entre como as empresas estão agora e o quão rápido elas precisam ser para se adaptar às mudanças.

A resiliência já é uma realidade nas empresas brasileiras?
Quem acredita que ela é importanteQuem já tem equipes preparadas
98%70%

A resposta para este impasse pode estar na mudança da cultura, promovendo modelos ágeis que não apenas impulsionam a prontidão e a flexibilidade nas organizações, mas promovem uma cultura de experimentação, aprendizado contínuo e empowerment das equipes para a tomada de decisões.

Líderes que inspiram a cultura

O fortalecimento da cultura organizacional alinhada à estratégia do negócio é uma das prioridades na agenda dos executivos. Porém, no estudo, apenas 4% dos líderes consideraram que colocam isso em prática.

O desafio crítico, segundo 60% das lideranças brasileiras, é ter processos de governança que se traduzam em ações claras, padronizadas e visíveis.

Nesse sentido, colaboração, valores e normas também são dimensões que trazem melhoria da cultura organizacional e de desempenho. O relatório mostrou ainda que empresas com culturas saudáveis ofereceram um retorno total três vezes maior aos acionistas.

Outro aspecto importante para a cultura organizacional é a capacidade da liderança de inspirar pessoas, mas muitas empresas ainda não alcançaram um bom patamar neste quesito. De acordo com o estudo, apenas 25% dos respondentes afirmaram que os líderes da sua organização são inspiradores.

Rami Goldfajn e Fernanda Mayol, sócios da McKinsey, acreditam que atualmente as lideranças estejam muito focadas nas respostas rápidas a crises, contudo, o cenário precisa mudar. “É vital que eles pensem a longo prazo, cultivem comportamentos adequados e invistam mais em atrair, reter, desenvolver, inspirar e alinhar seus talentos”, afirmam.

Diante desse cenário, os especialistas recomendam que gestores busquem ser capazes de liderar a si mesmos, bem como conduzir equipes em escala, para coordenar e motivar redes de colaboradores. Isso requer que criem uma clara consciência individual e do ambiente em que está inserido.

Tecnologia é aliada

Os temas estratégicos para os executivos brasileiros apontam também para a digitalização e o modelo híbrido. Nesse sentido, 70% dos gestores acreditam que o investimento em formatos digitais vai aumentar nos próximos anos.

Empresas já estão usando Inteligência Artificial (IA) para criar pipelines sustentáveis e de longo prazo, fazer mudanças estruturais mais rápidas e, assim, melhorar os processos de trabalho.

Ainda assim, 45% dos entrevistados consideram que a falta de expertise é o maior desafio das organizações para alavancar a digitalização e IA.

Conforme aumenta a adesão, as organizações devem focar em incorporá-las à cultura corporativa e desenvolver líderes com conhecimento sobre o tema.

No Brasil, apenas 14% das lideranças consideram que suas empresas possuem alto grau de aproveitamento da digitalização e da IA, e o avanço neste aspecto apoiará a eficiência, com maiores retornos de resultados e resiliência, ou seja, capazes de tomar decisões rápidas e precisas.

Ainda no aspecto da modernização de rotinas, desde a pandemia, mais de 90% das empresas adotaram uma variedade de modelos híbridos de trabalho. Hoje, mais de 50% dos respondentes acreditam que a incorporação do home office vai aumentar.

Assim, torna-se uma preocupação a promoção de estrutura e suporte, além de flexibilidade. É bem-vinda, se for o caso, uma redefinição das formas de acompanhamento de desempenho, afirma a pesquisa.

Por fim, a gestão deve ser pragmática ao considerar os objetivos e o nível de impacto desejados em seus programas. Assim, poderão levantar recursos necessários e criar mecanismos internos que facilitem o crescimento e o desenvolvimento de todos, para então manterem-se firmes e garantirem sucesso nos próximos anos.

Retenção de talentos mais eficiente

Outro insight importante do relatório é a necessidade de uma política afirmativa para a retenção de talentos: os líderes esperam que 20% de seus funcionários deixem suas organizações no período de um ano.

Em tempos em que os colaboradores estão reavaliando suas expectativas em relação ao trabalho, a atração e a retenção de pessoas pedem novas regras.

No Brasil, um terço dos trabalhadores planeja sair da empresa na qual trabalha em um ano. Além disso, a maioria dos empregadores enfrenta desafios ao tentar reengajar esses talentos e ainda atrair novos. Lideranças nacionais indicam que o desenvolvimento de carreira, os benefícios e o propósito são essenciais, mas precisam caminhar juntos. Ou seja, é necessária uma combinação de todos esses fatores para mudar este cenário.

Para os analistas da Mc Kinsey, as empresas devem considerar responder a esse desafio adaptando sua proposta de valores às preferências emergentes para diminuir o​ gap​ entre o que os colaboradores desejam hoje e o que a empresa necessita. Para completar, ainda devem investir em planos de carreira e desenvolvimento pessoal.

Dada a incerteza econômica e a competição por talentos, as organizações também precisam equilibrar a proteção do negócio no curto prazo e sua configuração para o sucesso no longo prazo. Elas devem alocar as melhores pessoas em funções de maior valor, mas cerca de metade dos respondentes não têm clareza dos papéis que geram mais retornos.

Contudo, o impacto de um mapeamento bem executado pode ser estrondoso já que, segundo o estudo, profissionais de alta performance em determinada função podem ser 800% mais produtivos do que aqueles de desempenho mediano no mesmo papel.

Soluções à vista

A pesquisa sugere que é hora de renovar a perspectiva de eficiência, em um panorama no qual mais de um terço dos líderes considera-a como prioridade. No sentido contrário, 51% dos respondentes apontam a resistência à mudança como a principal causa de ineficiência.

Um caminho possível, segundo a análise, é compreender que impulsionar a eficiência vai muito além de obter os mesmos resultados com menos investimento ou gerenciar crises. A alocação de recursos de forma mais eficiente promete gerar benefícios como melhor saúde organizacional, maiores retornos aos acionistas e tomada de decisões mais rápidas e precisas.

Para obter uma vantagem competitiva, é preciso ainda desenvolver capacidades para consistência e entregas melhores do que os competidores. Segundo o levantamento, as empresas costumam desenvolver suas estratégias sem necessariamente ter as habilidades certas. Apenas 3% dos líderes indicam que suas organizações possuem as capacidades adequadas.

Para ir na direção correta, a gestão deve eliminar as lacunas nesse campo, que geralmente são resultado de recursos e comprometimento insuficientes. É importante a estruturação de um modelo organizacional compatível com a cultura de capacitação contínua e o equilíbrio das novas contratações, juntamente com a requalificação e o treinamento dos funcionários.

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Priscila Cruz

Professora de Língua Portuguesa por formação, Analista de SEO por paixão. Atualmente, pós-graduada em Marketing e Growth para aprender a aliar criatividade com crescimento estratégico e acelerado. Acredito que a produção de conteúdo pela internet é o caminho para democratização do acesso ao conhecimento. Por isso, explore comigo as tendências de RH e todo o universo da gestão do capital humano!

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