Lifelong learning: 3 motivos para mudar a estratégia de treinamento da sua empresa

Com a tecnologia cada vez mais presente no dia a dia, o Lifelong Learning otimiza o processo de capacitação. Leia o artigo completo e veja os motivos para adotá-lo!

Games, micro vídeos e aplicativos mobile. Essas são algumas tecnologias que estão impactando diretamente a forma como aprendemos, fazendo com que os modelos de treinamento e desenvolvimento mudem em um ritmo ainda mais rápido nos últimos anos. Diante da necessidade de acompanhar o novo cenário, líderes e gestão de pessoas se deparam com dúvidas como: qual a melhor forma de capacitar os colaboradores? Quais indicadores mensurar nesse processo? Existe um modelo de aprendizado ideal? O lifelong learning é a resposta para essas perguntas.

Dados apontam a importância do aprendizado contínuo para as empresas. Segundo estudo realizado pela empresa de recrutamento Robert Half, em parceria com a Dom Cabral e divulgado pela Época Negócios, em 2022, 66% dos profissionais de recrutamento e seleção afirmaram que contratar pessoas qualificadas para as empresas está cada vez mais difícil.

Além disso, pela perspectiva do profissional, 88% deles afirmaram que alguns dos desafios para a qualificação no dia a dia das organizações estão relacionados a falta de tempo e também a falta de incentivo.

Por fim, entre as pessoas que buscam recolocação no mercado, 50% delas afirmam não saber quais são as habilidades que precisam ser desenvolvidas ou aprendidas para conseguirem uma nova posição.

Desafiados a desenvolver os talentos para as atuais necessidades, sem perder de vista as lacunas das competências exigidas no futuro, os líderes têm recorrido ao modelo do lifelong learning, ou seja, aprendizado ao longo da vida. Com o apoio das tecnologias, o modelo tem se tornado uma tendência. Veja como os novos formatos de aprendizagem podem auxiliar o RH a superar os desafios da gestão de pessoas.

1 – Treinamentos curtos e mais atrativos

Dos recrutadores ouvidos na pesquisa, 42% afirmaram ter vagas abertas por não conseguirem profissionais adequados para as funções disponíveis. De acordo com opinião dos entrevistados, as principais razões para isso são:

  • A ausência de habilidades técnicas essenciais para a vaga (49,85%);
  • Os melhores talentos estão empregados (45,63%);
  • O pacote de remuneração da empresa em que atuam não é competitivo (39,01%);
  • Os candidatos não têm as habilidades comportamentais necessárias à função (38,4%).

Para isso, o aprendizado em micro momentos é uma possível solução. Felipe Azevedo, Presidente da LG lugar de gente, reforça que o microlearning, termo que explica o aprendizado por meio de leituras rápidas, vídeos e pílulas de conhecimento em plataformas on-line, é uma tendência que veio para ficar.

“As empresas não querem mais investir em treinamento apenas para completar a carga horária. O objetivo é que o colaborador cumpra as atividades que vão gerar melhor performance para ele, individualmente, identificadas através de assessment game, Inteligência Artificial e Analytics. Assim, a avaliação do treinamento deixa de ser uma nota ao final do curso e passa a focar no resultado efetivo. Uma sugestão é levantar uma série de perguntas que estão conectadas a estratégia e metas da empresa. Em casos de times comerciais, por exemplo, uma dessas perguntas poderia ser: a qualidade da venda está adequada?”, comenta Felipe.

Diante dessas constatações, soluções como os games mais uma vez mostram sua relevância ao reduzirem a duração dos treinamentos e permitir que sejam feitos de forma gradativa. Para José Cláudio Securato, CEO da Saint Paul Escola de Negócios, essa é uma das grandes tendências sociais da atualidade.

Ele explica que além de atender à busca pela economia de tempo e por atrair o colaborador, essa ferramenta estabelece diálogo direto com um grupo de profissionais cada vez mais presente no mercado de trabalho.

“Os games não só ajudam a deixar as aulas e treinamentos mais dinâmicos e engajadores, mas especialmente atende às necessidades dos millennials e da geração Z. O universo da gamificação é uma das grandes tendências sociais e merece a nossa atenção.” pontua.

2 – Maior objetividade e previsão do futuro com Inteligência Artificial

Investir no conjunto de tecnologias que envolvam Inteligência Artificial (IA), People Analytics e machine learning é também uma forma de garantir que a tomada de decisões seja embasada pela visualização de cenários palpáveis e não de fatores subjetivos.

Felipe Azevedo exemplifica que um dos obstáculos para que as empresas invistam mais na capacitação de seus funcionários é a incerteza sobre a eficácia dos programas de desenvolvimento. Contudo, a precisão dos dados mensurados com as plataformas de capacitação e demais ferramentas de apoio elimina essa barreira de subjetividade.

Com base nessas informações, as ações de treinamento e desenvolvimento ficam mais claras para a gestão de pessoas. De acordo com o Presidente da LG lugar de gente, o cruzamento de dados levantados pelos games e informações fornecidas pelo analytics, por exemplo, pode permitir a criação do perfil ideal para preenchimento de uma vaga durante a seleção e recrutamento de pessoas.

Ele explica que, a partir do mapeamento de competências capazes de gerar melhor desempenho em determinada função seria possível passar a exigir essa nova habilidade de futuros contratados.

Mais do que isso, para José Cláudio Securato, outra grande vantagem do uso de ferramentas de tecnologia é a possibilidade de customização. Ele ressalta que com a presença da Inteligência Artificial no processo, cada aluno pode descobrir o caminho de aprendizado que pode trazer mais resultados para si.

Sendo assim, segundo o estudo, uma das soluções indicadas para resolver o problema seria o “resklilling” — ou requalificação — dos profissionais contratados, para que eles possam desenvolver habilidades que ainda não possuem.

3 – Conteúdo personalizado, on demand e mensurável

Respondendo a necessidade por aprendizado contínuo, o lifelong learning prevê a absorção de novos conteúdos e habilidades em um curto espaço de tempo, reduzindo a duração de treinamentos presenciais para atender ao dinamismo do cenário atual.

Para o CEO da Saint Paul Escola de Negócios, é preciso romper com o modelo tradicional de ensino vinculado a determinados períodos da vida, promovendo a possibilidade de cada um ser o protagonista de sua própria aprendizagem.

Além disso, ele aponta o uso de games nesse processo como um exemplo do reforço de novas tecnologias na fragmentação do conteúdo e valorização dos micro momentos de aprendizado através da oferta de um formato on demand de treinamento.

Mais que aumentar o engajamento, o uso das soluções também permite avaliar os resultados com constância. Como explica Felipe Azevedo, a partir desses dados é possível comparar o desempenho de grupos de colaboradores que passaram por programas de capacitação ao de grupos não capacitados para determinar o retorno do investimento.

Felipe Azevedo aponta ainda que a ferramenta é uma forma de envolver profissionais que nasceram cercados de tecnologia. E esse cenário tende a crescer, visto que há um crescimento constante no uso de tecnologias mobile, por exemplo.

Da mesma forma, com foco no lifelong learning, o investimento em novas ferramentas baseadas no uso de Inteligência Artificial pode determinar as trilhas de aprendizagem específicas de cada colaborador. Também contribui para alcançar o resultado desejado pela organização na melhoria do desempenho do funcionário.

Veja nosso Case de Sucesso com a Weleda e acompanhe como a gamificação impactou na transformação cultural da empresa:

Ao investir no desenvolvimento e capacitação dos colaboradores, alinhando suas metas individuais com os objetivos estratégicos da empresa, e ao utilizar dados e tecnologias para embasar decisões, é possível não apenas criar equipes mais engajadas e produtivas, mas também fortalecer o sucesso organizacional. Quer saber como conseguir isso? Participe gratuitamente da trilha de conteúdos “Desenvolvendo pessoas para impulsionar negócios”. Clique aqui e faça sua inscrição!

Pauta escrita em 20 de abril de 2020 e atualizada em 06 de novembro de 2023.

Priscila Cruz

Priscila Cruz

Professora de Língua Portuguesa por formação, Analista de SEO por paixão. Atualmente, pós-graduada em Marketing e Growth para aprender a aliar criatividade com crescimento estratégico e acelerado. Acredito que a produção de conteúdo pela internet é o caminho para democratização do acesso ao conhecimento. Por isso, explore comigo as tendências de RH e todo o universo da gestão do capital humano!

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