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Sua trajetória para o sucesso: 5 competências para o seu plano de desenvolvimento individual em 2025

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Renata Barcelos explica como as novas competências para 2025 podem transformar sua liderança e impulsionar sua relevância profissional.

Final de ano é boa hora para um balanço geral da nossa atuação profissional. Quando essa reflexão gera um plano de desenvolvimento individual estruturado, catalisa deliberações para mudanças importantes.

Explico nesse artigo, como o conceito das competências dinâmicas pode auxiliar na construção de um PDI a favor de novas competências a serem buscadas em 2025 e que, ao se tornarem hábitos, podem ser a única forma de trazer a nossa relevância profissional futura. 

Afinal, nesse mundo moldado pela mudança, incerteza e complexidade, a adaptabilidade e a capacidade de aprender são mais valiosas do que nunca. Para os gestores que ocupam a linha de frente na condução de equipes e negócios por mares turbulentos, a compreensão das competências dinâmicas pode se tornar uma bússola que orienta para o sucesso.

Afinal, não se trata apenas de se ter as habilidades certas para hoje, mas de cultivar a capacidade de desenvolver novas habilidades para os desafios de amanhã. Imagine um gestor que não apenas acompanha as mudanças, mas as antecipa, que transforma problemas em oportunidades e inspira suas equipes a abraçar a inovação. Esse é o poder das competências dinâmicas em ação.

Construindo o caminho para o futuro: um modelo de PDI para 2025

Com base no conceito de Competências Dinâmicas proponho um modelo de PDI que visa a equipar os gestores com as ferramentas necessárias para navegar com sucesso no cenário empresarial de 2025 e além. O detalhamento das ações para cada tipo de competência está no quadro 1, veja a seguir:

1. Mentalidade de aprendiz:

  • Objetivo: tornar o aprendizado um hábito, buscando conhecimentos relevantes tanto dentro quanto fora da área de domínio atual.
  • Condições: humildade para entender que a compreensão perfeita da realidade está sempre ameaçada é condição fundamental. 
  • Ações: desenvolver o autoconhecimento para observar os déficits de competências e a humildade para fomentar medidas para buscá-las. Aquecer o hábito de leitura, participação em eventos e mentorias.

2. Percepção avançada:

  • Objetivo: desenvolver a capacidade de observar o mundo sob diferentes ângulos, absorvendo informações de diversas fontes e conectando os pontos para identificar tendências, oportunidades e desafios emergentes. 
  • Condições: a palavra aqui é curiosidade, a qual é fomentada pela humildade que suporta a mentalidade de aprendiz.
  • Ações: em resumo, se conectar. Buscar novas informações, se interessar por novas pessoas e novas realidades. Quando a busca de novos conhecimentos se torna um hábito, ele pode ser muito prazeroso.

3. Criatividade:

  • Objetivo: transformar a criatividade em um hábito, um processo ativo e constante, perdendo o medo de sugerir soluções inovadoras — ainda que pareçam estranhas — para os desafios do dia a dia e para as grandes questões que o negócio enfrenta.
  • Condições: conhecimentos diversos capturados pela percepção avançada propiciam novas conexões entre pontos distantes
  • Ações: buscar conhecimentos sobre criatividade e “design thinking”, exercitar a vulnerabilidade na equipe, valorizar as discordâncias como forma fundamental para a busca de novas opções.

4. Da ideia à ação, a força da experimentação:

  • Objetivo: superar a inércia e transformar ideias em projetos-piloto, testando, aprendendo e ajustando o curso com base nos resultados obtidos. A implementação é a única forma de se testar uma ideia e não deve ser postergada.
  • Condições: coragem e cálculo de riscos. É preciso entender os riscos a serem corridos para evitar que eles comprometam o que é valioso hoje (por exemplo: ao experimentar atuar em uma frente de trabalho independente, a sua empresa contratante pode se sentir ‘traída’?)
  • Ações: perder o medo de colocar a mão na massa, fortalecer o relacionamento que pode trazer apoio aos experimentos. Enfim, colocar a mão na massa!

5. Reorganização – integrando novas habilidades às demandas da empresa:

  • Objetivo: assimilar as novas habilidades e conhecimentos adquiridos ao dia a dia de trabalho gerando resultados avançados e conciliando responsabilidades, otimizando o tempo e os recursos disponíveis.
  • Condições: a empresa contratante deve valorizar o desenvolvimento de seus colaboradores. Habilidades relacionais são fundamentais.
  • Ações: compreender com clareza a estratégia da empresa onde se atua hoje e fortalecer habilidades de comunicação e de relacionamento com pares e superiores para buscar sua recolocação em trabalhos mais desafiadores.

Engajamento da empresa: fator crucial para o sucesso do PDI

O desenvolvimento de competências dinâmicas não é uma jornada solitária. As empresas têm um papel fundamental na criação de um ambiente propício ao aprendizado, à experimentação e à inovação a favor da ambidestria que trará novas chances para o futuro. 

Programas de mentoria, incentivos à participação em cursos e eventos, e a criação de espaços para o desenvolvimento de projetos-piloto são exemplos de ações que demonstram o compromisso da empresa com o crescimento de seus gestores e que podem ser capitaneados com maestria pelas áreas de RH em parceria com as lideranças.

O futuro pertence aos adaptáveis

O ano de 2025 se aproxima trazendo consigo um novo capítulo na história dos negócios e, preferencialmente, um novo capítulo na sua história profissional. É importante ter clareza das evoluções desejadas no próximo ano a fim de priorizar e valorizar atitudes a favor delas.

As competências dinâmicas são o passaporte para que os gestores escrevam esse capítulo com sucesso tanto para si mesmos quanto liderando suas equipes. Elas são fundamentais à implementação da estratégia de inovação que conduzirá suas empresas em direção ao futuro.

Prepare-se para 2025 com as competências certas! Por aqui, aprendemos juntos como impulsionar sua liderança e conduzir sua equipe rumo ao futuro!

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Renata Barcelos

Renata Barcelos é engenheira civil, doutora e mestre em Administração de Empresas pela UFMG. Professora da FDC - Fundação Dom Cabral, é conselheira, investidora e mentora de startups. Atua em projetos nas áreas de Inovação, Ambidestria Estratégica e Transformação Digital. Mentora de executivos e sucessores familiares, promove a mudança cultural como alavanca fundamental para o futuro das empresas tradicionais e da sociedade.

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