A implementação da inteligência artificial nas empresas é uma das prioridades de 85% das empresas nos próximos anos. Foi o que revelou uma pesquisa feita pela Bain & Company sobre a adoção da IA.
Segundo os dados, quando os colaboradores têm acesso a algoritmos de Large Language Models (LLMs), como é o caso do ChatGPT, a produtividade pode aumentar em até 50%.
As pesquisas explicam a popularização das ferramentas de inteligência artificial recentemente e vão ao encontro da previsão da Bloomberg Intelligence de que este setor vai expandir para US$ 1,3 trilhão até 2032. Em 2022, os investimentos foram na casa de US$ 40 bilhões.
Além da urgência do tema, um grande impulsionador do interesse das instituições pela tecnologia é o resultado. Segundo um levantamento do Boston Consulting Group (BCG) e do MIT, 55% das empresas registraram aumento nos lucros com o uso da inteligência artificial.
Com um assunto tão quente na pauta das organizações e, mais precisamente, da gestão de pessoas, foi realizado o webinar Inova Tech RH, promovido pelo Grupo Gestão RH e patrocinado pela LG lugar de gente. E para falar sobre um tema tão importante foram convidados Fernanda Barroso Carneiro, Brazil Head of Forensic Investigations and Intelligence na Kroll, Flavio Valiati, Account Executive, Education na Zoom & Founder da Vamos Subir, e Felipe Azevedo, Presidente da LG, para explorar o tema.
O bate-papo, que foi moderado por Renato Fiochi, CEO do Grupo Gestão RH, rendeu discussões importantes para quem ainda está pensando em investir em IA. Confira algumas delas:
Personalização é fundamental
Já não é novidade que o papel do RH mudou. Antes, a área se restringia a um departamento de pessoal, depois passou a se alinhar cada vez mais com a estratégia do negócio voltada à gestão de talentos. Segundo Felipe Azevedo, Presidente da LG lugar de gente, agora, tende a focar no design de experiências.
Para ele, os RHs devem se debruçar sobre a personalização. “Sendo a prática do colaborador algo muito importante, cabe ao setor entender e desenhar essa jornada, desde o momento em que o indivíduo é candidato até depois de ele sair da empresa”, explica o Presidente.
Felipe ressalta que a personalização diferencia-se da simples customização. “É como a metáfora do café: se você pedir a bebida quente, o garçom poderá perguntar se deseja com ou sem açúcar, se prefere acrescentar leite integral ou desnatado, entre outras escolhas. Assim, com base em suas respostas, ele entregará um serviço customizado. A personalização vai além. Ela seria capaz de coletar os dados de seu comportamento durante as visitas ao café – e talvez fora dele – para, assim, oferecer a melhor bebida para seu perfil”, detalha.
A mesma lógica pode ser transportada para o RH com o uso de Inteligência Artificial nas empresas. “A tecnologia está caminhando para que haja um mapeamento da jornada do colaborador e uso de dados para personalizar essa experiência”, completa Marcello.
Impactos da pandemia
Segundo Flávio, o progresso digital no pós-pandemia tem sido intenso. “Daqui para frente, nós teremos tecnologias que serão adotadas de forma mais estratégica, com o conceito de transformação digital incutido para que os benefícios sejam de longo prazo e sustentáveis”, alerta.
Fernanda lembra que, hoje, uma grande parte do ofício que realizamos já está sendo feito por um ecossistema digital, o que abre espaço para novas posições que exigem conhecimento humano.
“Isso significa que o futuro do trabalho deve ser pensado de modo a investir nos funcionários e proporcionar oportunidades upskilling ou reskilling para assumir outras funções que ainda não foram completamente automatizadas”, comenta ela.
A profissional lembra que o uso da Inteligência Artificial nas empresas foi acelerado pela crise. “Hoje, há a possibilidade de acompanhar digitalmente como seus funcionários estão prestando suas atividades e temos a oportunidade de verificar, por exemplo, as deficiências em treinamentos”, argumenta Fernanda.
Felipe relembra que apesar da utilização de Inteligência Artificial nas empresas ainda causar resistência em muitos profissionais da área, na verdade, as principais demandas que têm surgido dizem respeito à otimização de tarefas simples. “Algo que era básico e fácil de ser resolvido há décadas, no dia seguinte ao começo do trabalho remoto, levantou dúvidas: como o colaborador vai acessar o sistema? Como vai bater o ponto? Como vou acompanhar a execução? Como vai realizar o treinamento?”, recorda.
Dessa forma, automatizar essas atividades facilita o cotidiano dos profissionais de RH ao mesmo tempo em que dá suporte e gera dados importantes.
Processo de aprendizagem com IA
A questão da aprendizagem também passa pela inteligência artificial. Um treinamento que usa essa tecnologia consegue enxergar, por exemplo, quanto tempo passou para um colaborador responder determinada pergunta, se deixou algum conteúdo para trás, ou se os principais erros são relativos ao mesmo grupo de assunto.
Fernanda demonstra que, a partir dessas informações, a plataforma poderá montar um material personalizado para cada necessidade de aprendizado, em um formato ideal para a pessoa aprender melhor.
Do ponto de vista educacional, a especialista explica que essas experiências promovidas pela transformação digital, são mais personalizadas e adequadas à forma de entendimento da realidade da pessoa. “Cada um tem um jeito de estudar e absorver informações. A IA permite que você tenha a capacidade de aprendizado maximizada e eu acredito que é isso que vai acontecer cada vez mais no futuro”, avalia.
Por onde começar?
No RH, os ganhos proporcionados pela IA incluem uma experiência positiva para o colaborador, para o líder e para os candidatos. Além disso, ainda permite a redução de custos operacionais, aumento de produtividade e maior assertividade nas decisões sobre pessoas.
Para quem busca uma aplicação prática e estratégica dessa tecnologia na área de gente e gestão, a LiGia, plataforma de Inteligência Artificial da LG lugar de gente, reúne chatbot, games e analytics, capazes de oferecer:
- Agendamento de entrevistas com candidatos ou para solicitação de férias sem nenhuma interação humana por parte da empresa, com processo do início ao fim através de workflows parametrizáveis.
- Mapeamento de perfil comportamental através de assessment games.
- Trilhas individuais e adaptativas baseadas em necessidades de cada colaborador.
- Cruzamentos inteligentes de informações sobre os profissionais e resultados de negócio em uma ferramenta de People Analytics.
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Pauta escrita 03 de outubro de 2021 e atualizada dia 30 de novembro de 2023