2018 foi um ano repleto de desafios para as companhias. Alteração na legislação trabalhista brasileira, mudanças na forma de enviar informações ao governo com o eSocial, avanços exponenciais da tecnologia, foram alguns dos fatores que impactaram as empresas. Mas, e agora, quais são os planos e preocupações para o novo ano? Para descobrir o que está na pauta dos executivos, a Deloitte realizou o estudo “Agenda 2019”.
De acordo com o Sócio-líder de Market Development e Talent da Deloitte, Othon Almeida, o estudo “Agenda 2019” visa saber o que os empresários pensam a respeito dos negócios e projetos de uma maneira geral. A pesquisa, que está em sua terceira edição, foi realizada com representantes de 826 organizações de 32 segmentos econômicos. As receitas das companhias participantes totalizam R$ 2,8 trilhões no último ano, o que corresponde a 43% do PIB nacional. Do total dos respondentes, a maioria é composta por tomadores de decisão: 66% ocupam posições de presidentes, diretores, superintendentes e conselheiros e 23% são gerentes. Os demais (11%) são de outros cargos, não citados no levantamento.
Para Othon, os resultados que emergem da pesquisa revelam que as mudanças que as novas tecnologias trazem para os negócios impactaram diretamente os planos para 2019. “A questão da qualificação do profissional brasileiro e a busca por competitividade em tempos de transformação tecnológica acelerada são dois fatores de preocupação das empresas”, afirma.
O especialista destaca que a “Agenda 2019” questionou ainda as perspectivas dos decisores empresariais em aspectos como investimentos, captação de recursos, contratação de pessoas e outros itens. Confira as principais expectativas apontadas pelos executivos no estudo:
1 – Investimentos
Quase todos os entrevistados (97%) indicaram a pretensão de realizar investimentos ou implementar ações que desenvolvam os seus negócios em 2019. Dentre eles, 60% pretendem lançar novos produtos ou serviços e 56% devem adotar novas tecnologias.
O investimento em pessoas também está entre as prioridades dos líderes empresariais. Segundo o estudo, 49% dos respondentes afirmaram que manterão os projetos de treinamento e formação dos seus funcionários, enquanto 38% criarão novas iniciativas nessa área.
A preocupação com as transformações disruptivas se revelam na intenção de 37% dos participantes, que pretendem incrementar suas frentes de pesquisa e desenvolvimento de produtos ou serviços. Além disso, 30% dos entrevistados pensam em substituir ou adquirir novas máquinas e equipamentos.
2 - Captação
Segundo o estudo, a busca de recursos para se capitalizar em 2019 deve ser uma realidade para 70% das companhias participantes da pesquisa. Entre as formas de captação mais mencionadas pelos entrevistados, destacam-se os aportes dos próprios proprietários ou acionistas e os empréstimos originados de bancos de fomento e varejo.
Receber aportes dos controladores da empresa, ou mesmo de fundos de investimento, é a expectativa de 20% e 11%, respectivamente. Emissão de títulos de dívida é uma possibilidade indicada por 6% entrevistados. A abertura de capital (IPOs) está na pauta de representantes de 10 empresas participantes do levantamento (cerca de 1% dos participantes).
3 – Contratações
As empresas brasileiras também pretendem aquecer o mercado de trabalho em 2019. 47% dos líderes indicaram a intenção de aumentar o quadro de funcionários de suas organizações e 32% pretendem manter o número de funcionários realizando substituições. Apenas 14% dos executivos acreditam que vão preservar o quadro de colaboradores sem trocas.
Para Othon, a intenção de realizar novas contratações é menor do que a pretensão de fazer novos investimentos, devido as mudanças que as novas tecnologias trazem para as companhias. Ele destaca que isso não significa, necessariamente, que haverá perda de empregos, mas que exigirá qualificação dos profissionais. “A velocidade com que você transforma o mercado de trabalho não é proporcional a velocidade que você modifica a necessidade de mão de obra. O uso de tecnologia de alta performance, que transforma e modifica, está em sua fase de desenvolvimento”, pontua o especialista.
4 – Otimismo
As expectativas do empresariado indicam um claro otimismo para 2019, na medida em que 69% deles acreditam que as vendas vão aumentar e 16% apostam em manter o patamar de 2018. O estudo revela ainda que o desejo de ampliar a qualificação dos seus colaboradores estão nos planos de 53% dos entrevistados.
Othon destaca a influência da transformação digital sobre a Agenda 2019. “As empresas que não utilizam os benefícios da tecnologia, vão ficar fora do ambiente de trabalho. Percebemos que a preocupação das companhias já é requalificar as pessoas para que estejam preparadas para as novas ferramentas e para a indústria 4.0”, finaliza ele.
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