Um relatório global lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no início deste ano, aponta que o número de casos de depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015. Segundo o estudo, são 322 milhões de ocorrências em todo o mundo por ano. No Brasil, o mal atinge 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população), enquanto distúrbios relacionados à ansiedade afetam mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população), o que nos torna o país com o maior número de casos na América Latina e o 5º no ranking mundial.
De acordo com uma análise feita pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Ministério da Previdência Social em 2016, a depressão foi responsável por afastar aproximadamente 75,3 mil trabalhadores brasileiros do mercado, com direito ao recebimento de auxílio-doença em casos ocasionais ou recorrentes. Esse número representa 37,8% de todas as licenças registradas no ano passado motivadas por transtornos mentais e comportamentais, que incluem a depressão, o estresse, a ansiedade, os transtornos bipolares, a esquizofrenia e outros relacionados ao consumo de álcool e cocaína.
Ambiente de trabalho
De acordo com dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dentre os trabalhadores afastados por transtornos comportamentais no país em 2016, ao menos 10,6 mil tiveram o ambiente profissional como fator motivador da doença.
O levantamento feito pela ABP estima que entre 20% e 25% da população do país tiveram, têm ou terão um quadro de depressão em algum momento da vida. Já a OMS alerta que até 2020 a doença será a mais incapacitante do mundo. Para os especialistas, o estudo evidencia a necessidade de colocar esse tipo de transtorno no topo da lista de preocupações para políticas públicas e das próprias empresas.
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