A união entre matching de candidatos e Inteligência Artificial (IA) está se tornando obrigatória. Essa é uma das conclusões do relatório “The HR Tech 2020 Disruption Study”, realizado por Josh Bersin. O número de tecnologias disponíveis é cada vez maior e os recrutadores devem ser capazes de entender seus usos para agir como os integradores que as organizações precisam.
Essa não é uma tarefa simples. De acordo com a análise de Bersin, a última década de crescimento culminou em um investimento e em um número de soluções baseadas em IA nunca visto antes.
Isso significa que o RH precisa ser capaz de unir as diversas ferramentas disponíveis para obter os melhores resultados, mas também que há saída para encontrar os talentos necessários em um ambiente de recrutamento cada vez mais concorrido.
Por que o matching de candidatos e IA são necessários?
A verdade é que o desafio de trazer os melhores profissionais para a empresa foi aprimorado. De acordo com Maria Candida Baumer de Azevedo, Sócia-Fundadora da People & Results, esse processo acompanhou o avanço da tecnologia.
Para ela, o recrutamento saiu de uma realidade inicial onde consistia em um trabalho totalmente manual, passou pela automação por meio de ferramentas inovadoras e agora, seguindo o caminho da transformação digital, entra em uma nova etapa.
É dentro dessa evolução que os benefícios do matching de candidatos e IA são cada vez mais visíveis.
“Uma coisa é receber o currículo eletrônico, criar filtros e dizer que eu quero, ou não, quem tem essas características. Outra coisa é colocar uma camada de Inteligência Artificial para começar a fazer análises, pontuar candidatos, trazer conexões e realizar cruzamento de dados que sozinho você não faria. Então, eu vejo indo do manual para o automático, mas sem valor analítico. E em um terceiro momento, deixa de ser apenas automático e se torna analítico utilizando IA”, afirma Maria.
Já Marcello Porto, Diretor de Produtos da LG lugar de gente, reitera que enquanto a tecnologia segue avançando, desafios como recrutamento e seleção permanecem como parte da rotina do RH.
Sendo assim, é fundamental ser capaz de tirar proveito dessas melhorias para alcançar resultados melhores. “Acredito que os desafios do RH são perenes. O que muda ao longo do tempo é a forma como os superamos. É o que acontece na contratação de talentos. O processo de identificar as melhores pessoas deve ser constantemente aprimorado. Nessa linha de evolução, surgiu o matching de candidatos”, pontua.
Melhores resultados
Cada nova vaga na organização vem acompanhada da necessidade de encontrar o melhor candidato para ela. Contudo, Marcello destaca que a definição do perfil exato desse profissional esbarra em uma série de pontos subjetivos.
Afinal, o melhor candidato está relacionado a um valor da empresa, ao orçamento disponível, ao nível de experiência exigido ou a outros fatores? Segundo o especialista, não existe solução mágica e foi esse desafio que motivou o desenvolvimento do matching.
Para ele, essa busca se manifesta em tecnologias como a da LiGia, plataforma de Inteligência Artificial da LG lugar de gente que é parte da solução Gen.te Atrai – Recrutamento e Seleção.
“Ela faz uma análise do banco de talentos da empresa e mostra um ranking dos perfis mais adequados para a vaga cadastrada. É como se fosse um Google de candidatos. Ninguém quer ir à página dois. Então, a proposta é a mesma para o recrutador: que a primeira página consiga atender ao que ele precisa”, ilustra.
Maior precisão
Nesse cenário, a incorporação da Inteligência Artificial ao sistema tem como objetivo tornar o processo ainda mais preciso, afirma Marcello. A partir da avaliação de critérios como educação, experiência e competência de cada candidato disponível no banco de talentos, o matching gera um ranking sugerindo os profissionais mais aderentes ao perfil da vaga.
Ecoando as conclusões do estudo de Bersin, que aponta para a importância de um melhor aproveitamento da força de trabalho interna, esse nível de assertividade repercute diretamente na busca por otimizar a composição do quadro da empresa.
“Com a LiGia no processo de recrutamento e seleção, será possível aumentar a produtividade da área de recursos humanos para selecionar pessoas e a assertividade nas contratações. Com isso, pode haver ainda redução de turnover”, avalia.
Uma evolução natural
Em meio a todo esse processo, Maria Candida acredita que a evolução da tecnologia e do papel do RH dentro das organizações estão entrelaçadas. “Se a gente voltar lá atrás, o RH era um profissional puramente operacional, totalmente conectado com aquilo que a legislação mandava. Então, ele deixa de ser puramente legislativo e ganha o olhar de desenvolvimento, recrutamento e sucessão, entre outros”, pontua.
Por isso, a especialista destaca a importância de profissionais na gestão de pessoas que estejam alinhados às transformações do mercado e da sociedade. Segundo Maria, para que o setor seja estratégico, é crucial que ele seja capaz de desdobrar as novas demandas e inovações, como a Inteligência Artificial, em táticas que ajudem as empresas a atingir seus objetivos por meio de suas pessoas.
Em suma, Maria Candida alerta que embora o envolvimento de uma força-tarefa de líderes seja fundamental para obter o melhor de soluções como o matching de candidatos e IA, o RH também tem um papel indiscutível para a precisão e velocidade desses esforços.
“Provocar a liderança a pensar diferente, incentivar a inovação e ir além. Ao mesmo tempo, tem o papel de guardião para garantir que a cultura da empresa seja preservada e seguida”, completa.
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