O poder do suficiente: como lidar com qualquer situação e com o mínimo de conteúdo necessário?

Normann Kestenbaum, professor de Comunicação Corporativa no MBA da FIA e sócio-diretor da Baumon, acredita que é necessário ser conciso e objetivo

Você já sentiu que diante de tantas atividades, reuniões e compromissos dentro da empresa, sua capacidade de raciocínio é afetada? Na área de RH, esse é um dos grandes desafios da atualidade: como criar condições para que as pessoas exerçam, de fato, os talentos pelos quais elas foram contratadas?

É sobre esse assunto que Normann Kestenbaum, professor de Comunicação Corporativa no MBA da FIA e sócio-diretor da Baumon, além de escritor do livro “Obrigado pela informação que você não me deu”, palestrará no 44º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (CONARH).

Normann Kestenbaum - O poder do suficiente - CONARH

Kestenbaum desenvolveu uma alternativa baseada na metodologia de concisão e objetividade e na sua experiência ao longo de mais de 20 anos auxiliando a alta direção de empresas como Whirlpool, Organizações Globo, Grupo Abril, Pepsico e muitas outras.

Hoje, dentro da série de entrevistas com palestrantes que estarão no CONARH, entenda um pouco mais sobre o que esperar desse tema no evento.

1- O que representa “O poder do suficiente” e como implantar essa metodologia nas empresas?

Kestenbaum: Ter a competência de lidar com qualquer situação com o mínimo de conteúdo necessário se tornou um diferencial competitivo, já que poucos ainda estão alinhados com essa nova realidade. E isso acontece porque a velocidade da expectativa por concisão e objetividade está avançando a passos largos, muito mais rápido do que a conscientização dos ofertantes de informação. Isso quer dizer que, cada vez mais, as empresas buscam por informações relevantes e rápidas para tomar decisões, mas a oferta desses dados ainda não ocorre na velocidade e qualidade esperados.

Esse contexto abre um espaço interessante para a área de RH se apropriar e capturar valor perante toda a organização. O efeito principal de um programa voltado para esse fim é dar espaço para que os colaboradores tenham um ambiente mais propício para que exerçam seus talentos. Faz todo sentido pesquisar candidatos e selecionar bem, mas se o entorno da empresa não oferece condições para que esses talentos sejam exercidos, a tarefa fica incompleta. É o famoso “morrer na praia”.

2- Como superar o problema da falta de objetividade e concisão nas empresas?

Kestenbaum: Há uma herança cultural que leva as pessoas a terem dificuldades em ser sucintas e objetivas em seus argumentos, exposição de ideias e projetos. Fomos educados em um contexto no qual quantidade era entendida como sinal de qualidade e isso caiu por terra. Esforço não é mais entendido como resultado. É um meio, um caminho.

Além disso, éramos narrativos, descrevíamos a trilha para chegar à conclusão só no final. Hoje se começa pelo fim da trilha, a conclusão, e explica-se a lógica da mesma e não como se chegou nela. Estamos migrando da exposição indutiva para a dedutiva.

É extremamente comum equipes inundarem seus líderes com dezenas e dezenas de slides. O líder fica, então, limitado a reordenar dados e informações, o que gera desperdício de tempo. Nesse sentido, o colaborador deve refletir sobre os pontos mais importantes para, então, apresentá-los. No caso mencionado, por exemplo, o líder deveria receber poucos slides e com antecedência de alguns dias, para que possa refletir e aprimorar o conteúdo. É somente neste contexto, o da reflexão, que estará exercendo seu talento.

3- O que a área de RH pode fazer para superar esse problema?

Kestenbaum: Imagine um head de RH que precisa diariamente aprovar seus projetos com a alta direção. Ao invés de descrever o projeto ele deverá tangibilizar os efeitos positivos de suas propostas nos negócios da empresa. Esse é o único caminho que despertará a atenção em um Conselho. Aumento de folha, redução de quadro e similares não fazem ninguém sacudir na cadeira. O desafio é maior para áreas, como o RH, vistas tradicionalmente como áreas de apoio.

No entanto, o RH também trabalha constantemente com temas delicados, que envolvem os sentimentos de seus colaboradores. Nesse caso, quando sentimentos e emoções estão envolvidos, não cabe ser conciso e objetivo, e sim ter sensibilidade e encontrar a linha de conduta mais adequada.

Quer saber mais sobre como tornar-se mais objetivo e conciso em suas argumentações? Participe da palestra de Normann Kestenbaum no CONARH.

“Vou ajudar os participantes a perder todo e qualquer medo de concisão, compartilhando o cotidiano da minha empresa. Vou mostrar que concisão com qualidade e objetividade resultam realmente em poder. Vou mostrar que não usamos PowerPoint há muito tempo e que se pode resolver bem temas envolvendo altas cifras com uma única folha.

Vou reforçar a credibilidade da minha mensagem com exemplos de Jeff Bezos, que eliminou o PowerPoint dos Comitês Executivos, e de Jeff Immelt, que não permite mais que um slide em qualquer exposição, entre outros. Enfim, quero provar que longos relatórios, apresentações sem fim e demandar muito tempo dos interlocutores são formas ultrapassadas de convencimento”.

Quer saber mais sobre os temas ministrados no congresso? A LG lugar de gente entrevistou alguns dos palestrantes do evento e preparou o ebook “Lições e insights do CONARH 2018”. Clique aqui para fazer o download gratuito.

Caroline Fernandes

Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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