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Como a tecnologia está mudando o que é ser humano e como se beneficiar disso

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Para Luciano Meira, Fundador da Caminhos Vida Integral, garantir resultados positivos da transformação digital depende das escolhas da organização

A presença da digitalização vem se tornando parte cada vez mais relevante no mercado. No entanto, enquanto as organizações trabalham para decifrar como usar as novas ferramentas para adequar suas culturas ao futuro, a relação entre tecnologia e ser humano tem transformado os próprios profissionais.

Ganhar agilidade para fortalecer a resiliência é a prioridade número um na agenda das empresas. Essa é a conclusão da pesquisa OrgBRTrends: 10 Macrotendências que influenciam as Organizações Brasileiras, realizada pela McKinsey & Company em outubro de 2023.

Foram entrevistadas mais de 350 lideranças em 14 indústrias para identificar as principais mudanças organizacionais em curso no Brasil. O estudo ainda conta com um panorama global​ que consultou mais de 2.500 gestores como complemento para as conclusões apresentadas. A partir dessas análises, foi possível avaliar como os executivos podem implementar as prioridades em suas agendas.

Os temas estratégicos para os executivos brasileiros apontam também para a digitalização e o modelo híbrido. Nesse sentido, 70% dos gestores acreditam que o investimento em formatos digitais vai aumentar nos próximos anos.

Empresas já estão usando Inteligência Artificial (IA) para criar pipelines sustentáveis e de longo prazo, fazer mudanças estruturais mais rápidas e, assim, melhorar os processos de trabalho. Ainda assim, 45% dos entrevistados consideram que a falta de expertise é o maior desafio das organizações para alavancar a digitalização e IA.

Extraindo o melhor da relação entre tecnologia e ser humano

No Brasil, apenas 14% das lideranças consideram que suas empresas possuem alto grau de aproveitamento da digitalização e da IA e o avanço neste aspecto apoiará a eficiência, com maiores retornos de resultados e resiliência, ou seja, capazes de tomar decisões rápidas e precisas.

No mesmo sentido, Luciano Meira, Professor e Sócio-Fundador da Caminhos Vida Integral, explica que, para garantir os melhores resultados, a gestão de pessoas precisa ser cautelosa com os dois lados existentes nesse processo de evolução e nos reflexos da relação entre tecnologia e ser humano.

“Entendo que o profissional de RH deveria olhar esse progresso tecnológico como uma espécie de ambivalência. Há um lado muito bom na tecnologia e ele deve ser muito bem aproveitado em função do bem-estar e desenvolvimento humano e das organizações. Por outro lado, acho que há uma série de cuidados que a área precisa tomar”, pontua.

Sendo assim, o especialista avalia que o desempenho dos esforços da empresa depende em grande medida do foco na experiência dos colaboradores. “Digo que o desenvolvimento do nível de consciência, da maturidade humana é que vai fazer com que o crescimento da tecnologia seja algo mais positivo do que negativo. Vai depender muito desse nível de discernimento e o RH tem uma função incrivelmente importante nesse momento. Ele tem que se tornar o centro da razão de ser da empresa, que são as pessoas e não só o faturamento”, aconselha.

Cuidados importantes para o novo cenário

Em contraste, Luciano explica que essa crescente relação entre tecnologia e ser humano tende a gerar novos desafios para empresas e profissionais. “A informação está dominando a forma de viver. Isso modifica a nossa vida, que começa a girar em torno da questão do conhecimento. Fora isso, ainda temos os abusos, os desvios, as pessoas que estão à margem e não têm acesso a ele, os dominadores, que passam a controlar a informação”, esclarece.

Ainda assim, Luciano aposta que, com a abordagem certa, a relação entre a inovação e ser humano pode ser determinante para que a empresa alcance resultados melhores. “Acho que pela primeira vez, como Einstein já pensava, a tecnologia pode aliviar a carga de trabalho das pessoas e torná-lo mais interessante, criativo e voltado a aspectos culturais, comportamentais, humanos. Temos toda uma possibilidade de transformar o trabalho em algo mais leve e cativante”, avalia.

Contudo, mesmo diante das estimativas para o futuro, o especialista avalia que a forma como a tecnologia está mudando o que significa ser humano dependerá em grande medida da gestão de pessoas.

“Não acho que exista um determinismo positivo ou negativo da inovação, mas há cenários possíveis que serão determinados pelas nossas escolhas. O que eu sugiro é que a escolha do RH seja sempre humanizada, pensando no bem-estar e no desenvolvimento das pessoas. Se isso for colocado dessa forma, as escolhas serão boas”, finaliza.

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Priscila Cruz

Professora de Língua Portuguesa por formação, Analista de SEO por paixão. Atualmente, pós-graduada em Marketing e Growth para aprender a aliar criatividade com crescimento estratégico e acelerado. Acredito que a produção de conteúdo pela internet é o caminho para democratização do acesso ao conhecimento. Por isso, explore comigo as tendências de RH e todo o universo da gestão do capital humano!

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