“As empresas morrem porque fazem bem as mesmas coisas durante tempo demais.”, John Chambers, ex-CEO da Cisco e autor do livro Connecting the Dots
Esse foi um dos dilemas que me deparei recentemente, no Executive Program da StartSe. Foram quase três dias de muitas reflexões, que mudaram a maneira como encaro as transformações que o mercado nos exigirá em um futuro breve. Um dos convites que me propus a aceitar nessa imersão foi: que tal começar hoje a transição do “planning” para “learning”?
Falarei sobre esse assunto e outros insights que podem moldar o futuro da sua empresa a seguir.
Uma das mudanças fundamentais que precisamos internalizar é a transição do modelo tradicional de “planning” para uma mentalidade centrada no “learning”. Aqui, a agilidade e a capacidade de adaptação tornam-se ativos valiosos em nossa dinâmica. Basicamente, experimentar e errar rápido, a conhecida fórmula adotada no Vale do Silício.
É fácil se acomodar na posição já conquistada. Absorver um novo campo de conhecimento ou mudar a nossa crença sobre algo é um desafio, mas acima de tudo é um convite para assumirmos que uma jornada de aprendizado nunca tem um ponto final.
Ao explorar a necessidade de uma mentalidade centrada no aprendizado, nos deparamos com o conceito de ambidestria organizacional. A ambidestria refere-se à capacidade de operar simultaneamente em dois modos: experimentando novas oportunidades e aprimorando as operações existentes. Ou seja, inovar e gerar eficiência e melhorias contínuas.
Imagem: Arthur D. Little
Essa dualidade é crucial em um ambiente de negócios dinâmico em que a busca pela inovação e a otimização contínua coexistem. Métodos tradicionais, como o consolidado PDCA (Planejar, Fazer, Verificar e Agir), são abordagens lineares que auxiliam na melhoria contínua de processos. No entanto, para lidar com a velocidade acelerada em que vivemos, é preciso ir além: o que mais precisamos fazer?
Inovar requer experimentação e adaptação. Para prosperar em um ambiente de constante mudança é necessário explorar constantemente novas ideias e estratégias.
Ao abraçar a inovação e o risco, é preciso ter pés firmes na disposição para ajustar o curso com base nos resultados e nas mudanças do ambiente.
O iFood é um grande exemplo dessa prática. A companhia tem como um dos pilares a cultura da inovação. Apesar de já ser um negócio inovador, era preciso continuar evoluindo aceleradamente para permanecer líder e evoluir a experiência e satisfação do cliente.
Para isso, adotam o método Jet Ski: squads de trabalho testam diariamente diversas ideias e sinalizam aquelas que se mostraram mais promissoras, para serem incorporadas em maior escala.
É justamente a velocidade desses times que permite a exploração de horizontes ainda não pensados. Enquanto as oportunidades são desbravadas pelos jet skis, o “navio transatlântico” – ou a “vaca leiteira” – continua operando com segurança e se alimentando das lições aprendidas.
O cliente no centro
Se ainda houver dúvida dos destinos desconhecidos que a sua empresa precisa explorar, tenha como norte o cliente. Inovação é um espaço sem controle ou limitações, mas focar em resolver as dores dos clientes deve ser um bom guia. Transformar a experiência do cliente e garantir que as propostas estejam em sintonia com as necessidades e expectativas deles é indiscutível.
Na prática, essa delimitação garante objetividade e maior confiança. Dessa forma, as empresas se posicionam como agentes de evolução constante, garantindo maior preparo em relação às mudanças ininterruptas do mercado.
O futuro de uma organização reside na habilidade de integrar essas abordagens de maneira sinérgica, aprimorando as operações existentes e explorando lugares desconhecidos. E é isso que estamos buscando na LG lugar de gente.
Minha jornada de aprendizagem me mostra como é importante o equilíbrio entre inovar e melhorar. E por aí? Como você está navegando na busca pela inovação contínua? Compartilhe suas experiências nos comentários.