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O que os CEOs esperam para os negócios nos próximos meses?

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Segundo a 22ª pesquisa anual global com CEOs da PwC, existe uma lacuna de habilidades para análise de dados. Confira outros detalhes.

Pesquisas com CEOs podem revelar as perspectivas e as tendências do futuro da economia e dos negócios, afinal, são eles os decisores que indicam as ações e prioridades das organizações. Por isso, conhecer os resultados desses estudos é importante para as empresas que querem se destacar perante seus concorrentes e que buscam resultados melhores a cada ano.

Nesse sentido, anualmente, a PwC promove uma pesquisa com CEOs. No final do ano passado, a 22ª edição do relatório ouviu cerca de 1.400 executivos em mais de 90 países para descobrir suas expectativas sobre o clima do negócio global em 2019, trazendo insights em áreas como análise de dados, Inteligência Artificial (IA) e crescimento econômico. Confira alguns apontamentos trazidos pelo estudo.

Verificando a realidade

A principal pergunta do questionário é se os executivos acreditam que a economia global vai melhorar, permanecer ou piorar. Resumidamente, nas últimas três publicações, os retornos foram:

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Ou seja, no ano passado, o estudo apontou um crescimento recorde no otimismo em relação às perspectivas de crescimento global (57%). Nessa nova edição da pesquisa, ao contrário, houve um aumento no pessimismo, com quase 30% dos CEOs projetando um declínio no desenvolvimento econômico. Em 2018, eram apenas 5% com essa opinião. Os executivos também relataram queda na confiança em suas próprias perspectivas de receita das organizações.

Avaliando somente os resultados atuais da América Latina, o cenário é mais positivo: 65% dos CEOs acreditam que os negócios vão melhorar, seguido de 32% apostando que o cenário vai se manter estável e apenas 23% sendo pessimistas. Com esses números, a região se destacou por ser a mais confiante do estudo, acompanhada pela América do Norte, com 63% de CEOs apostando em um avanço para a economia.

As ameaças que mais preocupam os CEOs, segundo a pesquisa, são menos existenciais e mais relacionadas ao negócio em si. Alguns exemplos são: indisponibilidade de competências-chave (34%), excesso de regulamentação (35%), conflitos comerciais (31%) e perigos cibernéticos (30%). Mesmo assim, em geral, menos CEOs estão extremamente preocupados com riscos externos aos seus negócios.

Pensando em otimizar resultados, o estudo relevou que 77% dos executivos buscam por eficiências operacionais, 71% querem um crescimento orgânico, 62% pensam em lançar um novo produto ou serviço, 40% pensam em uma nova aliança estratégica ou empreendimento em conjunto e 37% planejam entrar em um novo mercado.

O novo mercado pode até ser em outro território, já que a análise trouxe que, para os CEOS, os locais mais relevantes globalmente para os negócios continuam sendo EUA (27%) e China (24%), porém a diferença entre os dois está diminuindo a cada ano. Em 2019, houve cerca de 41% menos de participação dos EUA como principal mercado para o crescimento se comparado com os resultados de 2018, em que obteve 46%.

CEOs

Inteligência Artificial e lacunas de habilidades

Há algum tempo, as organizações estão lutando com o uso de dados para melhorar as decisões e, com isso, seus resultados. Porém, o estudo expôs que existe uma falta de talentos qualificados para organizar, integrar e extrair valor dessas informações e ir, de fato, em direção à Inteligência Artificial.

De acordo com a PwC, uma das descobertas marcantes na pesquisa desse ano foi o fato de que, mesmo com bilhões de dólares investidos e prioridade para os líderes do C-Level, a diferença entre as informações que a alta gestão precisa e as que recebe não está aderente. CEOs enfrentam problemas com suas próprias capacidades, principalmente em termos de análise dos dados para tomar decisões otimizadas, com enorme lacuna que permanece há anos.

A pesquisa reforça que o problema não é a falta de dados, inclusive, o volume de material vem expandido exponencialmente a cada ano. Nesse quesito, as principais reclamações dos CEOs no relatório são: falta de talento analítico (54%), silos de dados (51%) e baixa confiabilidade dos dados (50%), afirmando que as informações que recebem são inadequadas.

Com exceção da parte financeira, em que os executivos relataram que recebem números elevados e íntegros (41%), menos de 30% considera as outras informações que recebem, em assuntos críticos ou importantes, suficientes. A falta de conhecimento é ainda maior referente às necessidades de clientes. Segundo conclusões do próprio estudo, as expectativas sobre o uso de dados cresceram conforme a tecnologia avançou, por isso, ainda existe a frustração com os resultados obtidos dessas informações.

Para 55% dos respondentes, a falta de competência para manuseio dos dados está impedindo a inovação e elevando custos com pessoal (52%). Os CEOs também afirmaram que a indisponibilidade das principais habilidades afeta seu crescimento e perspectivas. Além disso, a qualidade do serviço ou produto está sendo impactada para 47% dos executivos avaliados e existe uma incapacidade de aproveitar uma oportunidade de mercado (44%), juntamente com perda de metas (44%).

No entanto, com essa realidade, quase 25% dos executivos não têm planos para perseguir a IA no momento. 35% afirmam que os planos são para os próximos três anos e outros 33%, por enquanto, só utilizarão Inteligência Artificial para ações limitadas. Em uma base global, menos de um em cada 10 CEOs já implementaram IA em grande escala. Segundo a PwC, a lacuna de habilidades é um fator que atrasa progresso com Inteligência Artificial, mas os impasses não se limitam apenas a contratar ou desenvolver especialistas ou cientistas de dados.

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Com informações do relatório “22nd Annual Global CEO Survey”, publicado e divulgado pela PwC.

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Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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