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Desafios da transformação digital nas empresas: quais devem ser os primeiros passos?

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Confira os como começar o processo no seu negócio e os benefícios que a tecnologia pode trazer

Com a pandemia, a necessidade de adaptação para manter o funcionamento dos negócios acelerou a utilização da tecnologia para quebrar barreiras e intensificou os desafios da transformação digital nas empresas. Dentre os questionamentos comuns, estão: por onde começar as mudanças? O que é necessário? Qual o papel do RH e dos líderes nesse cenário?

Apesar de acelerada, a pesquisa promovida pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) “Mapa de Digitalização das MPEs Brasileiras”, mostra que as pequenas empresas não alcançaram a maturidade digital.

O estudo, que contou com a participação de 2.572 respondentes entre março e maio de 2021, mostrou que os desafios da transformação digital nas empresas ainda estão no estágio inicial. A boa notícia, no entanto, é que elas já estão abertas à inovação. Dessa forma, é preciso estar atento e não ficar para trás.

Entenda os obstáculos que envolvem a não adesão à nova conjuntura e descubra como começar e acelerar o processo de automação do seu negócio.

Amadurecendo aos poucos

O relatório identifica que 66% das pequenas instituições estão nos níveis 1 e 2 de maturidade tecnológica, revelando que os desafios da transformação digital nas empresas ainda dão os primeiros passos.

Em uma escala de quatro níveis, há maior concentração de organizações no nível 2, representando aqueles que estão na busca pela digitalização, mas ainda estão dentro de estruturas de negócios tradicionais. Confira a situação das Micro e Pequenas empresas (MPEs) brasileiras:

  • 18% são analógicas (nível 1);
  • 48% são emergentes (nível 2), ou seja, estão tentando usar mais o ambiente digital para crescer, mas ainda trabalham com modelos de negócios tradicionais;
  • 30% estão no nível intermediário (nível 3);
  • Apenas 3% são líderes digitais (nível 4).

Para Maurício Guimarães, Sócio da Seiva Consultoria, que atua com mentorias, treinamentos e assessoria de planejamento e gestão para organizações, esse resultado pode estar atrelado a questões geracionais.

“Boa parte das pessoas que estão à frente das áreas de RH, advêm de uma época em que as ferramentas tecnológicas não eram tão utilizadas nos processos operacionais e de gestão. Por isso, têm mais dificuldade de aderir aos novos recursos. Ainda se vê muita gente trabalhando em processos manuais de coleta e cruzamento de dados para tomada de decisão, o que onera muito a produtividade e o tempo”, argumenta ele.

Principais desafios da transformação digital nas empresas

Segundo o levantamento, o acesso à internet de qualidade (banda larga) é realidade de 68,7% das organizações, mas a utilização da computação em nuvem ainda é pequena: somente 25,4% das empresas usam serviços de cloud computing. O processo de aprendizagem também foi abordado revelando que apenas 17,7% usam o e-learning (ensino à distância) na qualificação das equipes. Por sua vez, ferramentas de cibersegurança são utilizadas por 21,4% do total.

Os números revelam que, apesar de ser uma vantagem competitiva, a transformação digital nas empresas ainda enfrenta contratempos. Quase 40% dos entrevistados acreditam que a principal dificuldade para resolver esse problema é a carência de recursos financeiros. 25% ainda julgam que a falta de estratégia e o desconhecimento sobre como construir um caminho apropriado é o principal obstáculo encontrado hoje.

Mesmo diante das adversidades, Maurício defende que é fundamental encarar esses desafios para evitar maiores prejuízos. “As empresas menos maduras neste aspecto, podem sofrer com quedas de produtividade, retrabalho e rotinas muito robustas e cansativas, por terem atividades mais manuais”, declara.

Primeiros passos para a transformação digital

A pesquisa identificou que 68% dos empresários mostraram-se abertos e disponíveis para participar da transformação digital. “Os pontos fortes das companhias com maior maturidade tecnológica estão relacionados à orientação para gestão por dados, facilidade operacional de usuários internos e clientes, automatização de rotinas e atendimentos, e relatórios mais ricos, devido à capacidade avançada de cruzamentos de informações”, defende Maurício.

O gestor aconselha que o primeiro passo para a digitalização de PMEs deve partir da escuta de seus clientes internos e externos. “Dando vez e voz também para a geração mais nova, que já nasceu dentro dos recursos tecnológicos”, acrescenta.

O profissional ainda sugere que se faça uma análise dos principais processos de cada área, mapeando as ferramentas utilizadas e comparando com o que existe de mais atual. “Avalie prós e contras, levando em consideração o que os colaboradores e consumidores levantaram e o que geração nova que está na empresa pode contribuir”, aconselha.

Ao final, será necessário pedir recursos à alta diretoria e argumentar de forma apropriada. “Trace um plano de digitalização dos principais processos, elencando os ganhos em produtividade e financeiros para a empresa”, recomenda o especialista.

Por um RH mais digital

Um RH digital pode envolver diferentes processos, a depender do momento da empresa e das demandas mais críticas. “É possível ter acesso e automação para diversos subsistemas e rotinas como recrutamento e seleção, gestão de benefícios, folha de pagamento, gestão de ponto, avaliação de desempenho, entre outros”, esclarece Maurício.

Para o gestor, um departamento de pessoas mais digital obterá muitas vantagens, sobretudo porque abre espaço para que o RH se torne mais estratégico. “A transformação digital para pequenas empresas mudará a mentalidade das pessoas para processos mais enxutos e práticos e fará com que haja ganho com as automações, potencializando o que é mais importante nas organizações atualmente: o tempo. E ele poderá ser utilizado para gerenciar melhor as estratégias e as pessoas”, finaliza.

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Pauta publicada em 14 de setembro de 2021 e atualizada em 09 de novembro de 2021.

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Ícaro Sena

Ícaro Sena é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui experiência nas áreas comercial e de tecnologia e já atuou em empresas como Ambev, Champion e Fazen. Na LG lugar de gente desde 2019, já foi Diretor de Sucesso do Cliente, assumindo, posteriormente, a Diretoria de Serviços e agora, em 2023, a Vice-Presidência de Operações da companhia.

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