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Diversidade cognitiva: a chave estratégica para inovação e eficiência em decisões complexas

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Felipe Azevedo, CEO da LG lugar de gente, conceitua e discorre sobre como a diversidade de perspectivas são aliadas no processo de tomada de decisão. Acompanhe o artigo completo!

No cenário atual, marcado por uma instabilidade crescente, tecnologias emergentes têm o poder de rapidamente descontinuar modelos de negócios estabelecidos. Nesse contexto, inovar e decidir eficazmente tornam-se imperativos vitais para as organizações. Mas como efetivamente criar um ambiente propício para isso?

É essencial construir abordagens que integrem múltiplos talentos e dados robustos. A combinação entre tecnologia e competências humanas estabelece um terreno fértil para que variadas visões se entrelacem e prosperem.

Mas de que forma estamos utilizando esses recursos? Assim como a tecnologia deve estar alinhada com os objetivos empresariais, os talentos devem ser capazes de navegar por um cenário de variáveis e tomar decisões ágeis.

Arrisco dizer que não há um único perfil de profissional ideal para isso. É o espectro amplo de talentos que fortalece a organização na sua capacidade de inovar e se adaptar.

Recentemente, tive uma troca enriquecedora com Jorge Feliciano, executivo com mais de 30 anos de experiência em gestão de pessoas. Falamos das formas de diversidade e as oportunidades que cada uma traz. Em resumo:

  • Diversidade demográfica: relacionada às nossas características, aquelas informações que nos classificam, como gênero, raça, idade, orientação sexual;
  • Diversidade experiencial: definidas pelas nossas afinidades, hobbies e habilidades. São baseadas em experiências de vida e de trabalho e moldam o nosso crescimento;
  • Diversidade cognitiva: as variadas formas de perceber, interpretar e reagir aos desafios, também chamada de diversidade decisória ou diversidade de pensamentos, que trata de variações na forma como resolvemos problemas e realizamos escolhas.

Embora os primeiros dois tipos sejam amplamente discutidos e essenciais nas organizações, vejo na diversidade cognitiva um vasto território inexplorado para crescimento.

Equipes capazes de analisar problemas sob várias lentes são cruciais para desafiar o convencional e impulsionar inovação.

Desmistificando a diversidade cognitiva

De acordo com o relatório Diversity, Equity, and Inclusion Lighthouses 2023, da McKinsey, o mercado global de D&I deve atingir o investimento de US$ 15,4 bilhões, até 2026. As iniciativas de diversidade desempenham um papel fundamental na construção de negócios mais resilientes. Para serem efetivas e sustentáveis, essas estratégias precisam, segundo o relatório, de elementos como:

  • Clarificação do significado de sucesso;
  • Soluções desenhadas especificamente para o seu contexto organizacional;
  • Rastreamento rigoroso e ajustes estratégicos conforme necessário.

Para garantir uma vantagem competitiva real e sustentável, as organizações devem não apenas adotar a diversidade cognitiva como um valor corporativo, mas também integrá-la aos objetivos de negócio.

Esse é um tema estratégico e denso. Nesse link, tem um conteúdo aprofundado sobre o assunto, que, entre outras questões, mostra como a diversidade tem espaço rentável nas companhias.

Uma das contribuições no material, é de Nassim Hueb, Diretor de Gente & Gestão na Smart Fit. Ele demonstrou como uma visão estratégica pode ser aplicada aos pilares de sustentabilidade no setor de academias.

Em vez de implementar ações amplas e genéricas, investir na formação de profissionais de educação física em início de carreira se mostrou mais benéfico. Isso porque essa ação não só qualifica pessoas, mas também melhora o serviço prestado ao cliente.

Iniciativas como a diversidade e ESG vão além do valor ético e se estabelecem como poderosas ferramentas de inovação que potencializam aspectos cruciais como tomada de decisão, criatividade e resolução de problemas complexos.

Mas a adaptação não é confortável. Jorge Feliciano tem ainda uma perspectiva realista sobre isso. Para ele, todas as formas de diversidade geram certo grau de tensão, pois o novo fere a conformidade. A solução está em conhecer os estilos já presentes na organização e balanceá-los para estabelecer metas atingíveis.

Tecnologia e Gestão de Pessoas: Forjando uma Aliança Estratégica

A adoção de uma abordagem pragmática e fundamentada em dados habilita líderes a monitorar o impacto real de suas estratégias, permitindo ajustes precisos para maximizar o retorno sobre o investimento.

Em um mundo onde sistemas obsoletos e práticas desatualizadas de RH não são mais suficientes para impulsionar a diversidade e seus benefícios, a quantificação da diversidade cognitiva apresenta desafios semelhantes.

Contudo, a análise de dados torna-se indispensável para identificar ações assertivas e áreas necessitando de melhorias. Entre as estratégias eficazes, destacam-se:

  • Análise de dados de desempenho para identificar vieses em avaliações e promoções;
  • Monitoramento de retenção e promoção para avaliar a eficácia das políticas de diversidade;
  • Promoção de espaços para feedback dos funcionários, revelando oportunidades de desenvolvimento interno.
  • Organizações que compreendem e empregam a diversidade de pensamentos posicionam-se vantajosamente para superar desafios e descobrir novas oportunidades.

Valorizar diferentes formas de pensar e abordar problemas é crucial em um ambiente de negócios cada vez mais complexo e interconectado. Sistemas de gestão precisam ser modernizados para apoiar processos de recrutamento e avaliação que celebram essa pluralidade de pensamentos e experiências.

Esta orientação baseada em dados não apenas permite que o RH ajuste suas políticas e práticas com precisão, mas também demonstra o impacto tangível dessas mudanças, propiciando um ciclo contínuo de aperfeiçoamento e inovação na gestão da diversidade cognitiva.

E você, já considerou como a diversidade cognitiva pode ser um recurso estratégico para sua visão de negócios?

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Felipe Azevedo

Felipe Azevedo é especialista em Plataformas de Gestão de Pessoas, com mais de 20 anos de experiência em projetos de tecnologia, games, aprendizagem e transformação digital aplicado ao RH e às organizações. Formado em Sistemas da Informação pela UNESP com MBA pela Business School São Paulo (BSP) e certificado em Big Data pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT)

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