Foco no cliente, computação em nuvem, paixão por aprender, colaboração, tomar decisões com base em dados, cibersegurança, gestão de mudança, design de interface para o usuário e desenvolvimento web são algumas das competências que estão sendo mais demandas pelas organizações. Por outro lado, são também aquelas mais difíceis de serem encontradas nos profissionais. Essas são as habilidades dos “talentos digitais”, de acordo com um estudo sobre “Digital Transformation” da consultoria Capgemini, feito em 2017.
Mas por que essas aptidões são importantes? Segundo a pesquisa, para 54% das empresas, essa lacuna de talentos está prejudicando os programas de transformação digital, fazendo com que as companhias percam em competitividade no mercado. Para evitar esse cenário, o RH tem carregado o desafio de apoiar a organização na conquista e desenvolvimento desse novo perfil de profissional, que possua uma mistura de soft e hard skills.
Soft skills são as habilidades comportamentais, sociais e emocionais. Empatia, saber se comunicar, pensamento crítico, adaptar-se às mudanças, se autodesenvolver, capacidade de aprender, estar motivado e engajado com o ambiente de trabalho. Aspectos relacionados a cultura organizacional. Em oposição, as hard skills são os conhecimentos técnicos e específicos de determinado cargo, como conhecer linguagem de programação e desenvolver design para mobile.
Tanto soft quanto hard skills aparecem no estudo, porém a maioria das empresas entrevistadas responderam que a principal dificuldade está nas habilidades comportamentais. O que já era previsto, afinal muitas das aptidões técnicas parecem estar com os dias contatos e serão substituídas por alguma tecnologia. O Fórum Econômico Mundial prevê que a Inteligência Artificial provocará o fim de cinco milhões de empregos até 2020.
Uma das razões dessa escassez é que o próprio sistema de ensino ainda está focado nas habilidades técnicas e, às vezes, como outras instituições, não acompanha a avanço exponencial das tecnologias. Alguns especialistas, inclusive, já estão questionando a importância da faculdade (nos modelos tradicionais) nos currículos do futuro.
Do ponto de vista empresarial, o motivo é a dificuldade de RH e gestor avaliarem o profissional nesses aspectos, pois parecem intangíveis. Para Ana Artigas, psicóloga, coach e autora do livro “Inteligência Relacional”, nem sempre o entrevistador sabe conduzir o processo de seleção da forma correta. “Na hora de contratar, é importante saber do candidato quais foram as situações de conflito que ele viveu. Quando você consegue descobrir isso, a chance de acertar é maior”, avalia ela.
Três dicas para conquistar talentos digitais
1- Inclua o CEO nessa estratégia
Conquistar talentos digitais tem a ver com a cultura da organização, que, por sua vez, caminha junto às ideias da alta gestão, principalmente do CEO. A McKinsey e o centro de pesquisa do MIT apresentaram estudos que apontam que as organizações maduras digitalmente têm o CEO como principal aliado da transformação.
2- Capacite seus próprios colaboradores
Segundo a pesquisa da Capgemini, aprimorar habilidades é uma prioridade para os talentos digitais. Para isso, 60% dos entrevistados estão investindo seu próprio tempo e dinheiro para conquistar as competências digitais necessárias e 73% preferem aderir a organizações conhecidas por programas de aperfeiçoamento profissional.
3- Invista no processo seletivo
Recrutar um novo perfil de profissional requer atitudes e ferramentas diferentes. Hoje, muito tem se falando em tecnologias que apoiam o RH a avaliar as habilidades dos talentos digitais, como os games corporativos, que também aumentam o engajamento dos candidatos e diminuem o número de declínios durante a contratação.
Para se aproximar dos talentos digitais, é necessário usar as ferramentas certas. Por isso, investir em aplicativos mobile pode ser uma forte estratégia por parte da gestão de pessoas. Conheça a solução Gen.te Mobile da LG lugar de gente e confira os benefícios que ela pode trazer para sua empresa.