O uso de robôs, inteligência artificial (AI), chatbots, games e mobilidade nas empresas já não é mais tendência para o futuro. É uma realidade. A cada dia, surgem novas tecnologias que facilitam as rotinas de trabalho e modificam as estruturas das companhias. Mas, afinal, quais impactos a transformação digital tem trazido para a gestão de pessoas? Como o RH pode atuar nesse cenário? Conversamos com líderes da área de recursos humanos de empresas de diferentes segmentos para verificar como as organizações estão lidando com as inovações.
Segundo um estudo realizado pelo IDC FutureScape, até o fim de 2019, os assistentes e bots digitais pessoais executarão apenas 1% das transações, mas influenciarão 10%, gerando crescimento entre as organizações que dominarem a sua utilização. A pesquisa apontou ainda que 40% das iniciativas de transformação digital serão suportadas por capacidades cognitivas e AI, fornecendo informações críticas e oportunas para novos modelos operacionais e de monetização.
Andre Bello, Professor do Centro de Referência em Inteligência Empresarial (CRIE), especialista em Design Thinking e metodologias corporativas, defende que implantar e liderar a transformação digital dentro das empresas não é apenas utilizar as novas ferramentas e fazer automação dos processos. “Dar foco no papel da tecnologia não é transformação digital; dar foco no papel da tecnologia é digitalizar processos. A transformação acontece quando tiramos o melhor proveito da tecnologia para o ser humano”, destaca ele.
Desafios do RH
Para Marly Vidal, Diretora Administrativa e de Recursos Humanos do Sabin, o principal desafio da gestão de pessoas nesse cenário é gerar a inovação. “O RH precisa estar atento e refletir: Como estou trazendo e como eu posso ser um líder contribuindo para essa transformação digital? A digitalização não vai substituir o homem, não é isso. A transformação digital vem para utilizarmos o melhor do profissional, deixando as tarefas repetitivas para serem feitas de forma automatizada. A área de recursos humanos deve ser uma facilitadora da construção da transformação digital dentro da organização”, ressalta ela.
Guilherme Cavalieri, Vice-Presidente de Desenvolvimento Humano da Serasa Experian Brasil e Experian América Latina, acredita que um dos desafios do RH nesse momento é assegurar que a transformação digital, que já impacta o mercado, seja bem implementada. “Assim, damos oportunidade para que as pessoas se capacitem nesse novo modelo de trabalho e se apropriem das novas tecnologias, bem como para que os líderes entendam seu papel no modelo ágil”.
Patricia Coimbra, Diretora de Capital Humano e Sustentabilidade da SulAmérica, acredita que o RH deve conduzir e acelerar a transformação digital nas companhias. Ela revela que uma das prioridades da empresa para 2019 é trabalhar para que isso aconteça. “Investiremos em estruturas ágeis, times diversos e multifuncionais, ambientes e processos mais atrativos para os talentos e fortalecimento do bem-estar integral dos nossos funcionários”. Para isso, a diretora ressalta que é essencial que o RH esteja atualizado quanto às tendências em gestão e negócio.
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