Mais do que incentivar, apoiar e desenvolver os talentos que estão dentro das companhias, muitas organizações estão ultrapassando seus muros e investindo em capacitação de pessoas das comunidades em que estão inseridas, por meio de projetos sociais. De acordo com o levantamento “Benchmarking do Investimento Social Corporativo”, realizado em 2017 pela Comunitas, a destinação de recursos financeiros para as ações sociais cresceu 35% nos últimos 10 anos. O estudo revela que as iniciativas, que antes eram filantrópicas e esporádicas, ganharam novos contornos e estão cada vez mais estruturadas.
A Lojas Renner, cliente da LG lugar de gente desde 2010, é uma das companhias que promovem essas ações sociais. De acordo com Vinicios Malfatti, Gerente Sênior de Sustentabilidade da empresa, em 2008 foi criado o Instituto Lojas Renner, que hoje atua para promover o empoderamento econômico e social da mulher na cadeia têxtil brasileira.
Segundo Vinicios, a empresa acredita que a verdadeira mudança só ocorre por meio da participação das pessoas, por isso, a Lojas Renner criou um programa de voluntariado corporativo, no qual estimula o envolvimento de seus funcionários nas ações sociais. “Buscamos, através da sensibilização, capacitação e apoio ao exercício do trabalho voluntário corporativo desenvolver o potencial dos colaboradores como agentes da construção de uma sociedade mais sustentável. Nesse sentido, eles têm a oportunidade de participar de projetos apoiados ou desenvolvidos pelo Instituto Lojas Renner”, ressalta ele.
Empoderamento de refugiadas
Em 2015, a Lojas Renner, que já era signatária dos “Princípios pelo Empoderamento das Mulheres” da Organização das Nações Unidas (ONU), foi convidada pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global das Nações Unidas para participar do projeto “Empoderando Refugiadas” em parceria com o PARR (Programa de Apoio para a Recolocação de Refugiados), com o objetivo de promover a inserção profissional de refugiadas no mercado de trabalho.
No programa, o Instituto Lojas Renner promove cursos de capacitação nas áreas de costura, atendimento e vendas para o varejo. Ao falar sobre como funciona o Empoderando Refugiadas, Vinicios explica que é feito o acompanhamento das alunas desde o momento de seleção para os cursos. “Voluntários da Renner, Camicado e Youcom, empresas do mesmo grupo, participam da formação das alunas e parte das aulas é ministrada por seus líderes. Também são feitas visitas guiadas às lojas da companhia, para que as refugiadas conheçam como funciona a rotina real de trabalho no varejo brasileiro”, detalha o gerente.
Após a capacitação, existe a possibilidade de incorporação ao quadro de colaboradores da Renner, da Camicado ou da Youcom. Vinicios conta que, no início do projeto, foi criada uma equipe de trabalho interno que mapeou todos os processos envolvidos na contratação. “A entrega das documentações, por exemplo, era uma das dificuldades encontradas. Muitas pessoas saem de seus países sem documentos importantes, que normalmente são exigidos em uma admissão. Agora, prevemos regras de exceção que devem ser observadas caso a candidata à vaga seja uma refugiada”, comenta o gerente.
Segundo Vinicios, desde 2016 mais de 120 mulheres passaram pelos cursos oferecidos pelo programa. “Formamos duas turmas do curso de costura e duas de atendimento e vendas para o varejo. Dessa última, 12 pessoas foram contratadas diretamente pelas empresas Renner e Camicado”, comemora.
Quer saber mais sobre o projeto Empoderando Refugiadas da Lojas Renner? Clique aqui e leia a matéria completa na 17ª edição da Revista Huma.