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Liderança em xeque: por que o cargo de líder não atrai os millennials?

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Jovens buscam no empreendedorismo opções para fugir de carreira tradicional. Ao mesmo tempo, empresas procuram alternativas para reter esses talentos

Dois em cada três jovens brasileiros planejam empreender nos próximos anos. A afirmação é de uma pesquisa realizada neste ano pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com mais de 5 mil participantes em nove cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Esse quadro tem colocado a liderança em xeque e vem preocupando empresas de todo país, que cada vez mais têm dificuldades de atrair e formar bons gestores.

Silvio Celestino

Segundo Silvio Celestino, Coach e escritor do livro “O líder transformador”, o atual contexto econômico e a evolução da tecnologia tem colaborado para esse cenário. “A economia em baixa não permite ao jovem prosperar apenas pela via do trabalho como empregado. Ele precisa de rendas mais seguras e, principalmente, que vão além do emprego. Nesse sentido, a tecnologia tem permitido às pessoas criarem seus próprios ganhos”, comenta ele.

O coach reforça que para formar novos líderes é preciso desenvolver nos jovens a consciência da responsabilidade moral e ética. “Não é apropriado cobrarmos da nova geração o desejo de liderar, sem antes amadurecer. Acima de tudo, ela deve adquirir conhecimento profundo a respeito de temas relevantes como linguagem, consciência das forças que atuam sobre ela e demais indivíduos, suas responsabilidades perante si mesmo, a família e a sociedade e, principalmente, com seu plano de vida”, pontua Silvio.

Como as empresas podem desenvolver novos líderes?

liderança em xeque

Silvio destaca que o fortalecimento da liderança requer a aplicação de métodos específicos. Dentre eles, o coach sugere o modelo criado por Ram Charan, em seu livro “O Pipeline de Liderança”. “Nessa obra, o autor define as competências a serem desenvolvidas para cada nível como supervisor, coordenador, gerente e diretor, por exemplo. Uma vez que essas competências foram definidas, a empresa deve ter um plano de capacitação anual. A recomendação é que, para supervisores e coordenadores, se dê preferência para palestras, workshops e cursos. Já para gerentes e diretores, é preferível o uso de workshops, seminários, fóruns e, principalmente, coaching e mentoria”, explica.

Para que os jovens se sintam inspirados a assumir cargos de chefia, é importante que os atuais gestores motivem suas equipes e incentivem o interesse pela liderança, conforme pontua Silvio. “A principal recomendação é que os líderes sejam capacitados a transformar outras pessoas em novos líderes. Para isso, é importante que leiam livros, participem de discussões sobre o tema e se submetam a processos de coaching, para que adquiram as competências necessárias como motivação, delegação, follow-up, feedback, dentre outras”, comenta o coach.

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Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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