Transformação digital. Esse é um dos temas mais discutidos pelas companhias nos últimos tempos. Não por acaso, a pesquisa “Be the New Digital Enterprise”, divulgada em 2017 pela Accenture, confirma que as empresas que entendem a necessidade da transformação digital são 26% mais lucrativas do que aquelas que não entendem. Mas por onde começar a abordar o assunto?
Primeiramente é preciso engajar as pessoas sobre o tema. Nesse sentido, para a Diretora de Capital Humano, Cultura e Diversidade do Walmart Brasil, Cleide Oliveira, o principal desafio do RH é aplicar soluções que utilizem o modelo de mindset exponencial, cujos resultados aceleram com o passar do tempo. “A gestão e desenvolvimento de pessoas baseados no mindset exponencial passam por questões de tecnologia e investimentos que permitem de fato uma transformação, colocando a organização em um patamar em que os ciclos sejam mais dinâmicos e os envolvidos, líderes e liderados, tenham maior autonomia e protagonismo”, destaca.
Cleide explica que a implementação da cultura digital também passa pela comunicação, por treinamentos e pelo mapeamento das estratégias que vão ser aplicadas aos diversos níveis da organização. Sendo necessário identificar os funcionários potencialmente resistentes, imigrantes e nativos digitais. Ou seja, é preciso trabalhar de maneira que mesmo aqueles que não nasceram na era digital (resistentes e imigrantes) se engajem e se adaptem as ações propostas pela companhia. “Uma cultura de transformação digital bem-sucedida demanda um RH que lidere o processo de transformação cultural, que estimule a mudança e provoque um ambiente mais inovador”, reforça ela.
Melhoria x disrupção
Segundo a diretora, é papel da gestão de pessoas estimular o novo mindset, mas essa não é uma tarefa fácil, visto que a maioria das pessoas foram educadas por muito tempo em modelos de soluções lineares. “A principal ação a ser estimulada pelo líder de RH é uma nova forma de pensar, que tem que ser transformacional e dinâmica. As empresas não terão tempo para se preparar para um futuro digital, ele já chegou e é agora”, comenta.
No Walmart, ela destaca que muitas melhorias estão sendo implantadas e reforça que algumas são adaptações e outras totalmente disruptivas. Cleide cita algumas frentes que estão movimentando essa revolução no grupo:
– Comunicação
Uma das grandes transformações feitas na companhia foi a digitalização dos veículos internos, a fim de aproximar a comunicação com os ambientes nos quais os associados estão conectados. “Tivemos a criação de um grupo fechado na rede social Facebook. Nele, profissionais de todos os níveis podem interagir em tempo real com as informações da companhia. Além disso, estamos nos preparando para o lançamento do Workplace, uma rede social corporativa que irá conectar todos os associados do Walmart pelo mundo. Com essas mudanças, os profissionais passam a ter um maior protagonismo na comunicação”, pontua ela.
– Treinamento e desenvolvimento
A empresa também lançou a plataforma TransforME, que visa aprimorar a experiência de desenvolvimento na organização. Cleide reforça que a ferramenta é alinhada aos novos modelos de aprendizado e ao mindset da transformação digital. “Nossos treinamentos estão utilizando a tecnologia de games de forma combinada com cursos presenciais e digitais. Além disso, estamos descentralizando a figura do RH como um dos principais orientadores e provedores das ações de desenvolvimento. O líder passa a ocupar com maior ênfase esse papel, podendo recomendar aos seus liderados ações de desenvolvimento no TransforME. Assim como o liderado pode assumir o papel de protagonista do seu desenvolvimento conforme suas necessidades”, completa a diretora.
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