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Inteligência Artificial e RH: 5 mitos que estão prejudicando o desempenho da sua empresa

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Especialista desmistificam crenças sobre a adoção de novas tecnologias e mostram que alcançar melhores resultados tem se tornado cada vez mais simples

A aliança entre Inteligência Artificial e RH já é uma realidade, e isso se torna mais evidente em situações de crise. Ainda assim, alguns mitos ainda impedem que boa parte das empresas conheçam os benefícios que essas novas tecnologias têm a oferecer.

Antes de tudo, Alexandre Renteria, CTO e cofundador da Jobzi, ressalta que é preciso entender que a inovação não é um tema restrito a setores específicos e que o casamento entre Inteligência Artificial (IA) e RH já é uma realidade.

Já utilizamos Inteligência Artificial no dia a dia

“Acabamos tratando a IA como assunto de cientistas, achando que o RH não precisa disso. Esquecemos que temos várias ferramentas que já nos acostumamos a usar, e que têm IA embutida. Um exemplo, é o filtro anti-spam”, ilustra Alexandre.

Justamente diante do uso cada vez mais rotineiro dessas ferramentas, Marcello Porto, Diretor de Produtos na LG lugar de gente, reforça a importância de entender que a barreira que ainda resiste entre empresas e novas soluções precisa ser rompida.

“Precisamos entender que não é algo do futuro, é algo presente, que não é tão complicado assim e que as empresas podem experimentar”, pontua.

Diante disso, os especialista apontam 5 mitos que ainda impedem que as organizações melhorem seus resultados aliando Inteligência Artificial ao RH e se abrindo para novas possibilidades na gestão de pessoas. Confira abaixo:

  1. Esqueça o que viu nos filmes

Os filmes de ficção científica, especialmente em décadas passadas, criaram a imagem de que falar em Inteligência Artificial é o mesmo que invocar máquinas assumindo o papel de seres humanos em funções repetitivas.

Contudo, Alexandre ressalta que isso não passa de um mito, ainda que seja bastante comum. “Não é bem assim. São algoritmos, sistemas mais complexos que conseguem aprender padrões e mimetizar alguns comportamentos. Não é só um robô que pega uma coisa e coloca do outro lado”, esclarece.

  1. A pessoas não são descartáveis

Outro ponto controverso, levantado sempre, é que a relação Inteligência Artificial e RH diz respeito à crença de que essa tecnologia vai simplesmente substituir as pessoas que fazem parte da organização.

Além de inspirar receio de quem teme por seus empregos, essa noção equivocada também pode levar a adoção de novas soluções com um objetivo descolado do real. Para Alexandre, é fundamental a percepção de que se trata de uma parceria e não de uma substituição do ser humano.

“As ferramentas de Inteligência Artificial são instrumentos de apoio à decisão do recrutador. Ela está aí para facilitar a vida e te empoderar no sentido de você conseguir fazer. Não só fazer mais rápido, mas também mais tarefas, indo até além do que fazia antes”, afirma.

  1. Somando a Inteligência Artificial à humana

Por mais avançada e benéfica que a Inteligência Artificial venha a ser, é necessário entender que ela só é capaz de alcançar seu potencial máximo na medida em que evolui com as interações humanas.

Por isso, Alexandre reforça que substituir um profissional por uma máquina deve estar fora de cogitação se o objetivo da organização for seguir aprimorando seus resultados com o suporte da tecnologia.

“A partir da experiência que temos, é fundamental a interação humana com a ferramenta para fazê-la performar melhor. Para fazer uma ferramenta cada vez mais precisa, nós necessitamos desse feedback, desse especialista para falar ‘o mundo do RH funciona assim’, e a ferramenta ir atrás, não o contrário”, destaca.

  1. Não é tudo a mesma coisa

Na medida em que a popularidade da Inteligência Artificial enquanto ponte para melhores resultados cresce também aumenta a impressão de que as soluções baseadas na tecnologia são todas iguais.

Porém, Alexandre alerta que essa concepção está errada e que a experiência com uma dessas aplicações está longe de servir de referências para outras possibilidades. De acordo com ele, o papel dos parceiros de tecnologia é justamente o de desenvolver técnicas específicas para cada tipo de problema a ser resolvido, seja com machine learning, deep learning ou outros métodos.

  1. IA não precisa ser caro

Diante de todos os benefícios que uma organização pode extrair da integração correta entre Inteligência Artificial e RH, é de se imaginar que o investimento nesse tipo de tecnologia seja alto.

Por isso, os especialistas explicam que não é bem assim. Mais uma vez, Alexandre lembra como já existem soluções simples dentro das empresas funcionando por meio de algum tipo de IA sem que se note.

Alexandre ressalta também que o modelo on demand em que essas soluções vêm sendo oferecidas serve justamente para tornar a experiência mais acessível. “Outro fenômeno que vem junto é o fato de ser cloud, o que barateia muito o processo de distribuição de produtos e ao mesmo tempo a ação de permear o processo com Inteligência Artificial”, completa.

Mesmos desafios, soluções diferentes

Em suma, Marcello Porto reforça que adotar a Inteligência Artificial no RH não precisa ser uma tarefa semelhante a andar por caminhos completamente desconhecidos. “Gosto muito de falar que os desafios do RH são perenes, ou seja, são muito parecidos ao longo do tempo e o que muda é a forma como esses desafios são superados”, explica.

Sendo assim, a adesão a essas tecnologias é uma questão de entender que o desafio de encontrar o melhor candidato para uma vaga ou fazer um recrutamento ainda que seja a distância não mudou. Porém, existem novas ferramentas mais eficazes para otimizar esses processos.

“Parece que se trata de tecnologia da NASA quando na verdade são algoritmos que ajudam a superar os desafio do RH de formas mais otimizadas e melhores. E muito provavelmente esse caminho não vai parar”, argumenta.

Segundo ele, a expectativa é que a ciência siga trabalhando para que os mesmos obstáculos de sempre sejam superados de forma cada vez mais rápida e fácil. Sendo assim, o presente é sempre o melhor momento para aderir a essas soluções.

Já para Alexandre Renteria, quando o assunto é a fusão entre Inteligência Artificial e RH, é importante vencer o receio da falha e se valer da facilidade de acesso crescente para testar opções até encontrar a que atende o que organização busca.

“Não tenha medo de experimentar. São soluções em nuvem, você não precisa mais da vinda de uma equipe técnica para instalar máquinas na sua empresa. Com um login, é possível usar trials e demos, fazer pequenos pilotos, ver o que dá certo, tentar soluções de diferentes empresas. A Inteligência Artificial está aí e veio para ficar, então tem que experimentar, afinal, nunca foi tão fácil”, completa.

Gostou desse conteúdo? Conheça o podcast Pra Gente, e confira essa e outras discussões com especialistas sobre o uso da tecnologia e RH.

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Rômulo Santos

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