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A nova liderança: adapte-se às mudanças exigidas pela 4ª revolução industrial

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Para o especialista Sandro Magaldi os profissionais e empresas que não se adequarem perderão espaço no mercado

Não é segredo que os avanços exponenciais da tecnologia estão trazendo mudanças profundas para as empresas e para a forma de se fazer gestão de pessoas. Tais transformações exigem também um novo perfil para os líderes, sendo necessário que desenvolvam habilidades diferentes das tradicionais. Para falar sobre o tema, a LG lugar de gente conversou com Sandro Magaldi, Palestrante, Escritor, Cofundador do meuSucesso.com e Coautor do best-seller “Gestão do Amanhã”. Confira o que o especialista diz sobre a nova liderança.

Para Sandro, a sociedade atual passa por transformações profundas em seus pilares. Segundo ele, esse movimento impacta de forma decisiva o ambiente empresarial que deve se adaptar a uma nova realidade com características muito distintas do modelo tradicional. “O papel do líder nesse cenário e a interpretação acerca da ‘Nova Liderança’, capaz de lidar com esses desafios, são alguns dos temas mais sensíveis que merecem reflexão nesse novo mundo”, destaca o especialista.

Liderança tradicional x Nova liderança

O coautor do livro Gestão do Amanhã afirma que o modelo tradicional, baseado no binômio “comando x controle”, que se caracteriza por um perfil mais autoritário, passa a dar espaço para um perfil de liderança mais participativa, que considera o líder como um agente importante para incentivar o protagonismo de seus colaboradores.

Sandro Magaldi, Palestrante, Escritor, Cofundador do meuSucesso.com e Coautor do best-seller “Gestão do Amanhã”

“Máximas que se consolidaram ao longo dos anos, como ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’, que tanto caracterizaram a dinâmica tradicional no ambiente empresarial, são colocadas em xeque, já que os colaboradores demandam voz e uma participação ativa por meio de sua ação dentro das organizações”, aponta Sandro.

Para ele, um mundo de transformações demanda um novo perfil dos líderes e um modelo de liderança adaptado a essa nova realidade. O especialista reforça que as companhias que não enxergam essa necessidade correm o risco de não ter em suas organizações profissionais de alta performance já que o engajamento estará em risco.

Ao falar sobre as principais diferenças entre a liderança tradicional e a nova liderança, Sandro destaca que historicamente os líderes tinham uma “aura de imbatível” e suas palavras eram tidas como verdades absolutas. “Atualmente, o líder deve ter a humildade de saber que seu papel é muito mais de um facilitador para contribuir com a alta performance de seus liderados do que o detentor do ‘saber absoluto’”, afirma ele.

Sandro reforça que nesse novo contexto há uma maior humanização dos líderes, que não devem se intimidar em mostrar como são, suas dúvidas, inseguranças, medos e receios. “Essa postura não era tolerável no passado, pois essa humanidade era reconhecida como fraqueza. Esse novo ambiente demanda a coragem dos líderes de se expor, tomar riscos e construir um novo paradigma sobre o significado de liderança, mais alinhada com os novos tempos”, destaca.

Impactos da nova liderança nas equipes

Sandro reforça que o principal motivo para a construção de um novo modelo de liderança é justamente a busca de um padrão que melhor responda as demandas dos atuais colaboradores nas organizações. “Na realidade, essa é uma exigência dos indivíduos de uma sociedade em mutação que não aceita mais um ‘molde’ que não dê espaço para o protagonismo e para a capacidade de realização de cada um, e isso se reflete no ambiente corporativo. Esse novo modelo irá resultar em um maior engajamento dos colaboradores com suas organizações e, como consequência, a alta performance”.

Para os gestores que querem ser a nova liderança, o especialista aconselha que tenham, sobretudo, abertura para o novo. “Exercitem a humildade para saber que em um ambiente instável, imprevisível e incerto, ninguém tem respostas definitivas. Essa postura irá permitir a construção de um novo modelo que estimule o protagonismo individual de cada colaborador sem as amarras de um padrão que, a despeito de ter sido bem-sucedido há cerca de um século, atualmente, não apresenta os mesmos resultados”.

nova liderança

Nesse contexto, Sandro afirma que o aprendizado constante é uma prática que deve ser adotada e estimulada continuamente pelos líderes que buscam evoluir e encontrar um novo patamar para sua atuação. “Trata-se de um desafio que guarda pouca referência com outros momentos históricos da humanidade e é justamente por isso que é tão estimulante viver esses tempos”.

O especialista reforça que as empresas podem e devem preparar seus gestores para a nova liderança. “As organizações devem buscar caminhos para desenvolver seus líderes e capacitá-los para esses novos tempos. Se abdicarem dessa jornada, correrão o risco de ficarem à margem das transformações e não terem os recursos necessários para serem bem-sucedidos nesses novos tempos”.

Sandro conta que o caminho para a nova liderança passa pela criação um modelo organizacional de aprendizado contínuo e orientado ao aperfeiçoamento das demandas individuais de seus colaboradores e líderes. “É imperativo que as empresas assumam um papel mais proativo no desenvolvimento das habilidades requeridas nessa atualidade. As companhias não podem abrir mão de serem protagonistas na construção de um modelo de aprendizado que capacite seus funcionários para lidarem com os desafios e obstáculos dessa Nova Era”.

Apoio da tecnologia

De acordo com o especialista, em nenhum momento da história os líderes tiveram tantos recursos disponíveis para auxiliar na tomada de decisões. “O crescimento exponencial do poder da tecnologia gera um volume de informações inédito à disposição de todos os líderes e organizações. Com isso, é possível adicionar ao modelo empírico e intuitivo de tomada de decisões, informações analíticas que contribuem para diminuir o risco de todo processo”.

Sandro ressalta que a não adequação dos profissionais e empresas pode representar perda de espaço no mercado. “Aqueles que não conseguirem se adaptar à onipresença da tecnologia podem perder valor nesses novos tempos e serem substituídos por máquinas ou profissionais mais adaptados. As oportunidades oriundas dessa Nova Era são enormes, porém as ameaças têm a mesma proporção”, finaliza o especialista.

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Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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