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Onboarding: quais questões o processo realmente deve responder?

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Criado para integrar os colaboradores à cultura da organização, o processo precisa ser vivo para acompanhar as transformações do mercado e da empresa

Em um mercado cada vez mais competitivo, a importância de um processo de onboarding capaz de integrar novos colaboradores à cultura organizacional com agilidade e eficácia é cada vez mais perceptível. Contudo, a consultoria Gallup constatou no último State of the American Workplace, realizado com de cerca de 200 mil profissionais em 2017, que apenas 12% dos funcionários considera o trabalho de integração executado por seu empregador eficaz.

Com base nesse cenário, um novo relatório da consultoria Gallup alerta que essa dificuldade em alinhar o profissional ao perfil da empresa pode ter reflexos negativos, que vão da perda de produtividade até o desligamento precoce do novo colaborador. O Vice-Presidente da LG lugar de gente, Felipe Azevedo, explica que isso afeta toda a organização. “Mesmo com um vendedor a menos em campo, por exemplo, a meta da empresa não muda. Então, o tempo que é perdido no preenchimento da vaga e no treinamento do funcionário deverá ser compensado pelo restante do time”, alerta.

Onboarding deve ter respostas personalizadas

Garantir o processo de preparação do novo empregado para atuar em harmonia com os objetivos da empresa exige ir além de fórmulas padronizadas, adotando uma abordagem personalizada na busca por respostas.

De acordo com o relatório da Gallup, é importante esclarecer em que a empresa acredita, quais são os pontos fortes do funcionário, qual o seu papel, quem são seus parceiros e o que ele pode esperar do futuro na organização. Começando pela compreensão da postura da organização, o relatório aponta que políticas de benefícios, planos de cargos e salários e outros documentos como esses falam muito mais do que apresentações sobre missões e valores.

onboarding

Ciente da metodologia de trabalho, o processo de integração parte para o profissional. Enquanto busca esclarecer seus talentos e seu papel, apresentar o time em que ele está inserido e o que o futuro reserva para esse colaborador, o processo de onboarding precisa de uma abordagem pessoal para oferecer as respostas certas.

Felipe ressalta que isso passa pela análise da experiência e perfil de cada novo colaborador. “Cada pessoa tem suas necessidades individuais. Se é uma pessoa que já vem do mercado de RH, por exemplo, ela não precisa passar por todos os estágios relacionados a processos dessa área. Para cada um precisamos configurar e personalizar uma trilha de acordo com sua necessidade”.

Academia de Vendas da LG

Para exemplificar, Felipe cita a criação da Academia de Vendas pela LG lugar de gente, ferramenta utilizada para alinhar e manter atualizados tanto novos colaboradores como os que já fazem parte do quadro da empresa. “Basicamente temos uma plataforma onde associamos o vendedor a uma trilha de acordo com seu perfil, desde o momento da contratação ou mesmo para um vendedor existente. Esse percurso tem atualmente mais de 40 pílulas de treinamento divididas entre vídeos, games, treinamento presencial, artigos, materiais de sistema, de produtos, de metodologia de vendas e de tendências. Tudo isso está disponível”.

Contudo, ele avalia que o sucesso na oferta de um processo de onboarding que responda às necessidades certas passa pela atuação estratégica do RH. Segundo Felipe, a área deve atuar como uma espécie de curadoria, mantendo os conteúdos oferecidos aos colaboradores atualizados e operando na formação de lideranças.

Resultados de um onboarding eficaz

Velocidade é a palavra que define a eficácia do processo de onboarding bem estruturado. Josh Bersin, fundador da Deloitte, estima que um novo funcionário pode levar até dois anos para atingir o mesmo nível de produtividade de um membro do quadro já existente.

Diante disso, Felipe explica que otimizar a integração do empregado recém-contratado com conteúdo atualizado e líderes envolvidos com o sucesso do trabalho ajuda a encurtar esse tempo. “Contribuir para garantir a produtividade é capacitação. Temos um processo bem estruturado dentro da Academia de Vendas que é vivo, o tempo inteiro estamos agregando novas informações. E o gestor também tem um papel fundamental no desenvolvimento e na motivação da equipe”.

Como resultado para o processo de onboarding estruturado pela LG lugar de gente, Felipe Azevedo aponta o crescimento de 15% em contas desde 2017. “Não estamos preocupados com a carga horária da Academia de Vendas, mas sim se nossos vendedores estão performando adequadamente, se estão batendo metas, se estão utilizando as ferramentas da forma certa, se conhecem os produtos, sabem falar de tendências. Esse é o ganho e a gente percebe isso no dia a dia”, finaliza.

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Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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