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Tecnologia x pessoas: chegou a hora de desenvolver as competências comportamentais

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Quais serão as habilidades exigidas no futuro? O que muda para o capital humano com o aumento do uso da inteligência artificial? Saiba mais!

Peter Drucker, conhecido como o pai da administração moderna, já dizia que “as pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas por seu comportamento”. Não por acaso, com o crescimento da utilização de robôs, big data, automação e internet das coisas, as competências comportamentais vêm sendo ainda mais valorizadas. Enquanto isso, o conhecimento técnico vai sendo substituído pela inteligência artificial.

competências comportamentais

Segundo o estudo “Workforce of the Future – the competing forces shaping 2030”, realizado pela empresa de consultoria PwC com mais de 10 mil profissionais e empresas de diversos setores em cerca de 140 países, atividades baseadas na rotina e na repetição provavelmente passarão a ser realizadas cada vez mais por robôs. Com isso, funções intelectuais, exercidas por profissionais com características como liderança, colaboração, inteligência emocional, criatividade, adaptabilidade e capacidade de resolver problemas, deverão ser mais valorizadas.

Na mesma linha de pesquisa, o relatório “The Future of Jobs”, realizado com diretores de Recursos Humanos de vários países e lançado no Fórum Econômico Mundial de 2016, listou as dez competências imprescindíveis para os profissionais a partir de 2020:

  • Resolução de problemas complexos
  • Pensamento crítico
  • Criatividade
  • Gestão de pessoas
  • Coordenar-se com outros
  • Inteligência emocional
  • Tomada de decisão e discernimento
  • Orientação para o serviço
  • Negociação
  • Flexibilidade cognitiva

Além das competências técnicas

Ana Artigas, Psicóloga,
Coach e autora do livro
“Inteligência Relacional”

Para Ana Artigas, Psicóloga, Coach e autora do livro “Inteligência Relacional”, cada vez mais as competências técnicas serão substituíveis por robôs, porque elas estão vinculadas a conhecimento, enquanto que as competências comportamentais se tornarão mais importantes, pois são relacionadas a atitude, ou seja, aquilo que nos torna realmente humanos. “Sem sombra de dúvidas, é fundamental se manter atualizado e em busca de novos aprendizados. Mas o contato com o outro, a relação e a convivência não podem ser automatizados”, explica a psicóloga.

Ana reforça ainda que o que vai nos diferenciar da alta tecnologia no futuro é a capacidade de sermos genuínos, de cooperarmos e entendermos melhor nossas habilidades. “Um robô dificilmente conseguirá realizar essa leitura do outro, já que ele vai responder coisas que já estão condicionadas ou que estão armazenadas em sua memória. Ele não conseguirá perceber como alguém se comporta, sente e desempenha. Isso apenas o ser humano consegue fazer, por enquanto”, comenta.

Tecnologia como aliada

Roberto Martins, Gerente
Sênior da PwC Brasil

Na opinião de Roberto Martins, Gerente Sênior da PwC Brasil, as empresas precisam estar preparadas para atrair talentos que possuam essas habilidades, mas também devem desenvolvê-las em suas equipes. “Para que isso aconteça, as companhias têm a necessidade de se apropriar desse tema e entender que o desenvolvimento tecnológico vai impactar o futuro dos empregos. Nesse sentido, o papel do RH é fundamental e deve estar centrado em três grandes pilares: Qual a estratégia para atrair a força de trabalho? O que eu ofereço para essas pessoas? Como eu posso usar a tecnologia como uma oportunidade e não uma ameaça?”, explica o gerente.

Ele destaca ainda que as organizações e seus colaboradores devem estar preparados para aprender essas novas competências comportamentais. “Precisamos desenvolver nas pessoas a capacidade de se adaptar e ‘aprender a aprender’. No passado, o acúmulo de conhecimento trazia resultado para aquele profissional. Ou seja, ele se desenvolvia e era reconhecido por isso dentro da organização. Hoje, o conhecimento está em todos os lugares, de forma rápida, e não é mais de propriedade de um único indivíduo. Por isso, precisamos aprender a usar a tecnologia de forma adequada para que, de fato, possamos entregar resultados e a criação humana se torne mais efetiva e valorizada”, destaca Roberto.

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Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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