Automação, computação cognitiva e inteligência artificial estão ganhando cada vez mais relevância no mundo corporativo. É o que indica o estudo “Tech Trends 2018: The Symphonic Enterprise”, relatório anual produzido pela Deloitte que aponta as 5 tendências de tecnologia emergentes para esse ano.
De acordo com o levantamento, o futuro das companhias é baseado na “empresa sinfônica”. O que isso significa? Assim como uma orquestra cheia de bons profissionais pode não ter um resultado satisfatório caso não trabalhe em harmonia, o mesmo vale para o uso das novas tecnologias. Ou seja, elas só trarão valor ao negócio se envolverem uma atuação conjunta de estratégia, tecnologia e operações em todas as áreas das organizações.
Segundo o estudo, a transformação digital está redefinindo a TI, os negócios e a sociedade em geral. Para os colaboradores do levantamento, Bill Brings, Diretor-Chefe de Tecnologia da Deloitte, e Craig Hodgetts, Diretor da Deloitte Consulting, se no passado as empresas investiram nas plataformas separadamente, o mesmo erro não será replicado. “As capacidades analíticas preditivas complexas entregavam pequeno valor sem o uso de big data. Por sua vez, trabalhar com esse grande volume de dados era dispendioso e ineficiente sem a computação nas nuvens. A tecnologia móvel também era requerida. Depois de uma década de transformação do modelo de domínio específico, uma pergunta permanece não respondida: Como as tecnologias disruptivas podem trabalhar juntas para alcançar maiores objetivos estratégicos e operacionais?”, destacam no relatório.
Para tentar responder essa pergunta, a pesquisa aponta 5 tendências que vão mudar a atuação das empresas de forma radical:
1- Reengenharia da TI
Com as estratégias empresariais ligadas à tecnologia, organizações e líderes estão repensando como entregam e evoluem suas soluções. Por isso, estão transformando os departamentos de TI em motores para o crescimento do negócio, com responsabilidades que abrangem de sistemas back office a operações para oferta de produtos.
Isso significa que, de baixo para cima, as companhias estão modernizando a infraestrutura e, do topo para baixo, estão fornecendo os recursos de tecnologia de novas maneiras. Em conjunto, essas duas abordagens vão oferecer mais do que eficiência: sobretudo velocidade e empoderamento para as organizações do futuro.
2- Força de trabalho sem “coleira”
O termo utilizado em tradução livre pode soar estranho, mas diz respeito a como humanos e máquinas podem trabalhar juntos, colaborando dentro de novos modelos de trabalho. À medida que a automação, as tecnologias cognitivas e a inteligência artificial ganham força, as empresas precisam reinventar os papéis dos trabalhadores, atribuindo algumas atividades aos seres humanos e outras às máquinas de forma híbrida.
Gerenciar humanos e máquinas será um grande desafio imposto ao RH, que terá a missão de recrutar trabalhadores pioneiros nesses novos processos, capazes de gerenciar os trabalhadores virtuais, os agentes cognitivos e os bots. As áreas de recursos humanos também terão que aprender a trabalhar de forma ainda mais ágil para atender as novas dinâmicas das organizações e apoiar o talento no seu desenvolvimento.
3- Soberania dos dados
“Se você ama seus dados, liberte-os”. Essa é a conclusão do estudo e quer dizer que as empresas precisam tornar a informação acessível, compreensível e acionável de qualquer unidade de negócios, departamento e região. Isso significa abordagens modernas para arquitetura e governança de dados.
Além disso, as organizações deverão aproveitar a aprendizagem da máquina, o processamento de linguagem e a automação para entender as relações dos dados, guiar o armazenamento e gerenciar requisitos de privacidade.
4- Novo núcleo do negócio
A atenção dada à nuvem, a inteligência cognitiva e outros disruptores digitais deve estar concentrada no modo como essas tecnologias se manifestam no mercado: individualmente e coletivamente. Afinal, elas oferecem suporte para novas experiências de clientes, produtos, inovação e ecossistemas industriais.
5- Realidade digital
O foco saiu da tecnologia para a oportunidade. A realidade aumentada e a realidade virtual atingiram novos níveis. Os líderes, impulsionados por uma transformação histórica na forma como interagem com a tecnologia e com os dados, estão mudando seu foco de provas de conceito e ofertas de nicho para estratégias no uso de protótipos inovadores. Essa abordagem prioriza questões como a experiência de integração da tecnologia com o núcleo do negócio, a implantação da nuvem, a conectividade, a inteligência cognitiva, a análise e o acesso aos dados.
Além dessas tendências de tecnologia, o estudo ainda cita o uso de Blockchains, APIs interativas e a tecnologia exponencial, que combinando várias soluções consegue elevar a potência do uso de dados na tomada de decisão. Saiba mais no relatório “Tech Trends 2018: The Symphonic Enterprise”.
Com informações em tradução livre da Deloitte
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