Você já parou para pensar sobre o futuro do RH? Novas tecnologias, mudanças na legislação trabalhista e os impactos da covid-19 nas relações entre empresas e colaboradores são apenas alguns desafios que a área já está enfrentando. Como estes profissionais podem se preparar para o que está por vir?
Buscando ajudar na concepção desse caminho, a LG lugar de gente reuniu as experiências de Felipe Azevedo, Vice-Presidente da organização, e Ludymila Pimenta, Fundadora do RHlab, para o webinar gratuito sobre “Futuro do RH no trabalho: perspectivas, experiências e tendências”.
O futuro do RH e o gap de habilidades
É bem verdade que o novo coronavírus pegou a todos de surpresa. Contudo, para Ludymila este cenário deixou o RH mais sujeito aos impactos da pandemia dentro das empresas e mostrou que há um sério gap de habilidades e competências em relação ao combate de crises dessa magnitude.
“O que percebemos é que em algumas organizações o RH foi de fato um protagonista diante da crise, propondo soluções e ações. Mas, em outras, esses profissionais foram de fato excluídos, ficando apenas como observadores de todo o cenário”, avalia.
A especialista considera que os reflexos dessa inabilidade de lidar com o problema ou mesmo a completa exclusão desse setor do processo precisam ser revistas para o futuro do RH e das organizações.
Segundo Ludymila, os aspectos da pandemia mostraram que existe uma necessidade profunda nas relações de trabalho e mesmo no modelo de gestão em geral que não podem ser ignorados.
A necessidade de um novo modelo de gestão
Para Felipe Azevedo, mais do que exigir das empresas a capacidade de lidar com uma transformação profunda em um curto período de tempo, o momento mostrou que o futuro do RH passa ainda pela consciência de que algumas práticas não terão efeito se os velhos modelos não evoluírem junto.
Como ele argumenta, o RH assumiu uma posição de liderança em meio a essas mudanças de política de home office, na construção de iniciativas de comunicação para dar tranquilidade aos colaboradores e no fomento de um modelo para comandar à distância.
No entanto, esses esforços podem ser em vão se não contarem com as peças certas. “O grande desafio é que se as coisas não iam bem do lado presencial, se temos um líder que eventualmente não seja bom em sua função, possivelmente isso só se amplifica à distância”, afirma o Vice-Presidente.
Lições para o futuro
Para todos os efeitos, os especialistas reforçam que a experiência atual também serve como base para a definição dos próximos passos. Nesse sentido, Felipe aponta que uma lição que deve impactar o futuro do RH está na flexibilização do ambiente de trabalho.
“Acredito que o principal aprendizado é que independente de onde estiver trabalhando é possível manter os colaboradores engajados, motivados, ter uma boa performance. Quebramos alguns paradigmas, principalmente dessa questão do home office, de que sim, é possível trabalhar em casa com produtividade”, pontua.
Ainda assim, ele acrescenta que esse resultado está diretamente relacionado à construção de uma liderança mais próxima. Já para Ludymila Pimenta a percepção é de que algumas organizações seguem perpetuando práticas que já não têm mais efeito no mercado atual.
Diante disso, a especialista aponta que é necessário expandir o conceito da gestão de pessoas. “É como se o RH fosse o resultado de um modelo de negócio que está falido, mas que muitas organizações ainda têm. Agora precisamos começar a ampliar a nossa forma de atuação”, comenta.
De acordo com ela, ainda se sabe pouco sobre o perfil dos novos públicos que definirão o futuro do RH, mas que é possível estar atento a sinais do que está por vir. Além disso, Ludymila frisa que a gestão de pessoas precisa assumir uma postura de protagonismo.
“Temos um conceito, uma consciência de alguns dos comportamentos que estão surgindo e daquilo que é necessário para as gerações mais novas que estão entrando no mercado de trabalho”, completa.
Nesse sentido, Felipe Azevedo destaca que o momento tem deixando os líderes mais preparados para lidar com possíveis novas contingências e manter a operação funcionando independentemente de onde estiverem.
Mais do que isso, o Vice-Presidente da LG lugar de gente acredita que muitos dos novos modelos de trabalho e de relações profissionais, como reuniões virtuais, se tornarão independentes.
Assim, ele frisa que lidar com o futuro do RH e do mercado é também uma questão de estar pronto para revisar processos a partir das inovações tecnológicas. “Quanto mais digital a empresa for, mais fácil vai ser lidar com essa nova realidade e a velocidade das mudanças”, conclui.
Esses e outros pontos fizeram parte da conversa entre os dois especialistas no webinar “Futuro do RH no trabalho: perspectivas, experiências e tendências”, que aconteceu no dia 5 de agosto.
Quer assistir o conteúdo na íntegra? Clique aqui e aproveite esse e outros materiais disponíveis em nossa lista.