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Os 3 maiores desafios na gestão de pessoas e como superá-los

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Especialistas comentam resultados da pesquisa “Raio-X do RH” e deixam dicas sobre como a área pode se reinventar para a nova era.

Quais os maiores obstáculos do RH? Quais as fortalezas da área atualmente? Como estão os campos de desenvolvimento da área e a visão do departamento sobre tudo isso? Esses são alguns dos questionamentos abordados pela pesquisa “Raio-X do RH”, promovida pela Futuro S/A, que levantou a percepção de centenas de líderes e profissionais de diferentes áreas sobre os desafios na gestão de pessoas.

O levantamento realizado em dezembro de 2020 contou com a participação de 487 executivos, líderes e profissionais de empresas nacionais e multinacionais com filiais no Brasil. Segundo o estudo, entre os maiores desafios na gestão de pessoas estão a filosofia de remuneração, a relação da empresa com os talentos externos e as decisões baseadas em dados e People Analytics.

Diante de tantos achados relevantes e considerando as rápidas transformações da área, a LG lugar de gente promoveu o webinar “Reinvente o seu RH: prepare-se para a nova era da gestão de pessoas”, para falar sobre o estudo. O evento contou com a participação de Felipe Azevedo, Presidente da LG, e André Souza, CEO da Futuro S/A, que discutiram as tendências que estão transformando a atuação da gestão de pessoas. Entenda os principais desafios na gestão de pessoas e como superá-los.

Desafio 1 – Filosofia de remuneração

O relatório mostra que apenas 18% dos entrevistados concordaram que o recursos humanos possui uma filosofia de remuneração muito conectada com as necessidades e anseios dos talentos nessa era digital. “As empresas estão mudando e criando formas de atuar e o RH não pode ficar na contramão desse processo. Se isso continuar, certamente perderá relevância”, reflete André.

O especialista ainda destaca que esses resultados impactam nas competências dos profissionais diante dos desafios na gestão de pessoas. “A gente precisa fazer uma autoreflexão do que vai gerar valor nos próximos anos. Não só do ponto de vista da entregabilidade, mas do impacto que vai provocar na organização”, aconselha.

Desafio 2 – Relação da empresa com os talentos externos

Segundo a pesquisa, somente 25% dos entrevistados entendem que a área desenvolve estratégias e ações concretas para se relacionar com os talentos que deixam a empresa e com os candidatos que não são aprovados para as vagas abertas.

Por esse ângulo, o CEO da Futuro S/A alerta para a importância das diversas atividades do RH estarem alinhadas, como:

  • atração;
  • recrutamento e seleção;
  • onboarding;
  • avaliação de performance;
  • remuneração e benefícios;
  • carreira e desenvolvimento;
  • sucessão e offboarding.

“Muitas vezes, os núcleos e tarefas que o RH é responsável estão desconectados um do outro. Deverá haver uma gestão integrada de talentos, para que se tenha ferramentas que promovam a cultura que a empresa precisa e sustente a estratégia do negócio. Não dá para apenas fazer o que o mercado pratica de forma isolada”, destaca André.

Desafio 3 – Decisões baseadas em dados e People Analytics

O levantamento ainda apontou que, hoje, apenas 26% dos respondentes acreditam que o RH define suas estratégias e ações baseadas em People Analytics e dados da empresa, dos negócios e do mercado.

O CEO da Futuro S/A afirma que esse cenário precisa mudar o quanto antes. “Tem que haver uma pegada muito forte na mensuração dos resultados do RH, não só para tomada de decisões. Mas para mostrar à organização como isso está gerando resultados para a empresa e para o negócio como um todo”, pontua.

Alerta para os pontos cegos

O estudo também apurou a existência de pontos cegos no setor de gente e gestão, que consistem nos aspectos em que o departamento se autoavalia positivamente, mas são vistos de forma diferente por outras áreas. “Esses são importantes desafios na gestão de pessoas já que permitem ao RH analisar como suas ações são percebidas por outros setores da companhia”, relata André.

A ideia é alertar a área para o fato de que não adianta o RH achar que está fazendo um excelente trabalho se isso não está refletindo em resultados para os líderes e as equipes na empresa. Dessa forma, analisando os resultados dos 34% dos participantes que não atuam em RH, foi possível identificar algumas diferenças nas respostas entre quem está dentro e fora do setor. Confira:

Conhecimento do negócio

Sobre a afirmação: “O RH conhece muito bem os fundamentos que fazem a empresa gerar resultados: sua estratégia, seu modelo de negócios, seus produtos, como gera receita, suas despesas, como gera lucro etc.” o estudo apontou:

  • 75% dos profissionais de recursos humanos disseram “sim”, garantindo que estão inteirados sobre essas questões.
  • No entanto, entre os profissionais que não atuam na área, somente 36% tiveram a mesma percepção acerca do RH, uma diferença de quase 40 pontos entre os dois grupos.

Impacto no negócio

Quando a frase colocada em pesquisa foi: “O RH tem estratégias e ações reconhecidas pelo negócio e que ajudam a transformar as áreas e a empresa”, o estudo revelou que:

  • 72% dos trabalhadores de Recursos Humanos disseram “sim”.
  • Somente 34% dos funcionários de fora da área tiveram a mesma resposta. O que demonstra que outros departamentos ainda têm dificuldade de identificar os impactos do RH nos negócios.

Para André, os números evidenciam que um dos desafios na gestão de pessoas ainda mora em provar o papel estratégico da área diante das lideranças e visibilizar as ações e os resultados práticos para o crescimento da empresa.

Diagnóstico das necessidades

No que tange o diagnóstico das demandas dos colaboradores, o enunciado colocado no levantamento foi: “O RH tem clareza sobre o que precisa mudar nos Processos de Pessoas (recrutamento, desenvolvimento, remuneração, sucessão, desempenho…) para ajudar a criar o futuro da empresa”. Dessa vez, o levantamento mostrou que:

  • 76% dos profissionais de RH disseram “sim”.
  • 43% dos colaboradores de outras áreas tiveram essa mesma percepção.

André pontua que, sem sombra de dúvidas, a área de recursos humanos evoluiu e se aproximou do negócio. “No entanto, as estratégias das organizações estão mudando de forma acelerada, ainda mais com a pandemia. E todas as empresas passaram a depender muito do fator gente, seja por questões de experiência do cliente, seja porque está transformando sua estratégia ou porque está se digitalizando. De qualquer forma, há a demanda de que haja um RH que consiga fazer essa interlocução de maneira rápida”, analisa.

Os números são expressivos e demonstram que o departamento precisa se atentar às novas demandas. “Quem participou do webinar teve a chance de conhecer todos esses elementos e explorar ações para superar esses desafios”, destaca André.

Quer saber mais sobre os desafios na gestão de pessoas? Assista ao evento completo clicando aqui. Você também poderá conferir as maiores fortalezas do RH e pilares do futuro da área.

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Ícaro Sena

Ícaro Sena é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui experiência nas áreas comercial e de tecnologia e já atuou em empresas como Ambev, Champion e Fazen. Na LG lugar de gente desde 2019, já foi Diretor de Sucesso do Cliente, assumindo, posteriormente, a Diretoria de Serviços e agora, em 2023, a Vice-Presidência de Operações da companhia.

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