Engajamento e retenção são buscas constantes dentro das organizações. Cada vez mais, tem ficado visível a importância de ouvir as demandas dos colaboradores e incentivar que eles participem na tomada de decisões. No entanto, essa pode ser uma tarefa complexa.
Isso porque um dos requisitos para estabelecer essa conexão é a empatia. E, de acordo com os últimos dados reunidos pela Gallup através da avaliação CliftonStrengths, essa é uma soft skill que apenas um em cada cinco líderes tem como uma de suas principais fortalezas.
Nesse cenário, ter modelos de boas práticas para seguir e desenvolver essa conexão é de grande valia. Um bom exemplo, é o caso da Piticas, companhia especializada em camisetas e outros produtos da cultura pop e geek.
Para a empresa, essa aproximação entre os setores administrativo e operacional motivou ações que levaram ao aumento em cerca de 20% da produção diária com mudanças simples no ambiente interno.
Engajamento e retenção orgânicos
Ainda que esse tipo de resultado desperte a atenção, o Sócio-Diretor da Piticas, Felipe Rossetti, destaca a importância da transparência para que as ações impactem em engajamento e retenção orgânicos.
No modelo adotado pela empresa, o gestor é estimulado a ocupar o lugar de um funcionário em um setor diferente do seu por um dia. O objetivo é que ele seja capaz de exercitar a empatia ao mesmo tempo em que ouve demandas e colhe insights.
Contudo, é importante ter cuidado para afastar a ideia de vigilância comum em modelos de gestão tradicionais, focados no controle absoluto da força de trabalho.
“Por ter uma cultura mais linear e participativa entre as hierarquias, o processo se torna fácil de acontecer. Os funcionários são comunicados quando a ação será realizada e, por termos equipes bem próximas umas das outras, as trocas acontecem de forma leve. A ideia é nunca deixar a sensação de espionagem ou de algo parecido”, reforça Felipe.
Detalhes importam
E se engana quem pensa que os resultados sobre engajamento e retenção estão em grandes mudanças. Para o executivo da Piticas, sua própria experiência com o programa trouxe um esclarecimento muito relevante.
“Quando ocupei um cargo na produção por um dia, testando a qualidade das camisetas, senti na pele o que foi estar em uma cadeira na altura errada, por exemplo. Com apenas uma hora de trabalho, eu já tinha dores nos braços. Notei a dificuldade dos colaboradores e identificamos que a banqueta deveria ser trocada”, relata.
É essa conexão com a realidade do colaborador que torna possível entender as necessidades dos profissionais que fazem parte da organização e que, na opinião de Felipe, tem levado grandes empresas a adotar esse modelo de gestão.
Além disso, o fundador da Piticas revela um detalhe importante sobre o reflexo dessa abordagem na relação de confiança entre gestores e funcionários. “Todos trabalham com a certeza de que os líderes estão ali para ouvir e solucionar as suas demandas com atenção”, argumenta.
Imersão na contratação
Outra forma de melhorar índices de engajamento e retenção é começar pela avaliação do fit cultural já no processo de contratação. Segundo Felipe, a ideia é garantir que os selecionados realmente estejam alinhados à essência da marca.
Para isso, o RH sugere aos franqueados algumas medidas durante o recrutamento dos vendedores. “A Piticas orienta que novos funcionários sejam contratados pelo DNA Geek, para que a identidade da marca seja repassada ao consumidor de maneira fiel. Por isso, alguns franqueados frequentam grupos nerds para encontrar um colaborador que atenda ao perfil da marca”, explica.
Assim como a aproximação entre administrativo e operacional, essa ação parte do mesmo princípio de identificação de vendedor e cliente com a paixão pelo produto que é oferecido pela empresa.
“Diversos franqueados confirmam que seus melhores funcionários vieram das redes de comunidade nerd. A premissa da Piticas é de contratar pelo coração, e não só observando as habilidades técnicas”, defende Felipe.
Resultados da empatia
Sendo a empatia uma habilidade tão rara, é evidente que é necessário que haja uma motivação clara por trás da busca por ela e isso se dá por meio dos resultados.
No caso da Piticas, isso se manifestou tanto no aumento registrado na produção de peças quanto na área administrativa do negócio. De acordo com o fundador da marca, perceber as demandas dos profissionais e oferecer ferramentas mais adequadas fez com que o tempo de trabalho de cada um fosse mais bem aproveitado.
Mais do que isso, a partir desse movimento a evolução passou a ser contínua. “Nosso crescimento é constante. Aumentamos os turnos de trabalhos e, consequentemente, abrimos mais oportunidades de empregos. A produção aumentou de 18 mil camisetas para 22 mil peças por dia”, indica o gestor.
Ainda que o resultado seja um incremento significativo no engajamento e retenção cada vez mais cobiçados no cenário global, Felipe Rossetti insiste no poder da construção de ações orgânicas e na função dos Recursos Humanos na criação dessas conexões.
“O RH tem papel importante na conscientização dos colaboradores e na transparência de cada ação realizada, tornando o processo natural e estabelecendo a proximidade de todos”, conclui.
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