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Gestão de pessoas e tecnologia: como essa união pode contribuir para o sucesso das empresas?

Eduardo Nader, fala sobre a importância da tecnologia no desenvolvimento dos negócios

Como está a união entre tecnologia e a gestão de pessoas na sua empresa? Há muito tempo se fala nessa parceria e a cada dia ela tem se tornado mais realidade para os RHs. De acordo com o estudo “10 tendências de Capital Humano para 2017” da Deloitte, a robótica, a inteligência artificial e demais tecnologias que potencializam a produtividade também precisam entrar no planejamento da área de recursos humanos. Isso tem sido chamado de força de trabalho aumentada, onde as ações são potencializadas com o auxílio das ferramentas.

Segundo o estudo da Deloitte, apesar de ainda parecer distante, as mudanças já estão acontecendo. 41% dos respondentes afirmaram que já implementaram por completo ou estão em um processo avançado de implementação de tecnologias cognitivas e de Inteligência Artificial. Outros 35% disseram que estão em fase de testes.

Para falar sobre o assunto, o blog Huma conversou com Eduardo Nader, Fundador e Presidente do Mercado Eletrônico – uma plataforma de compra e venda entre empresas. Ele conta como sua experiência com tecnologia aliada à gestão de pessoas contribuiu para que ele fundasse o seu negócio. Confira a entrevista!

Huma: Fale um pouco sobre o início da sua carreira e como começou no ramo da tecnologia.

Eduardo Nader: Sou formado em Engenharia de Produção e sempre gostei de automatizar processos e tornar o trabalho das pessoas mais ágil e eficiente. Comecei a trabalhar ainda muito jovem na indústria dos meus pais. Lá, eu era responsável pela área de suprimentos e ao buscar por fornecedores, percebi que esse era um negócio carente de tecnologia.

Enquanto eu trabalhava com minha família, fiz uma viagem ao exterior para estudar música. Aparentemente, isso não tinha ligação nenhuma com minha carreira, mas foi através dessa experiência que eu pude ver o desenvolvimento tecnológico e conhecer o potencial dos computadores para os negócios. Após retornar ao Brasil, saí da indústria do meu pai e resolvi empreender.

Vi que as empresas precisavam automatizar a parte de compras e percebi que a tecnologia poderia ajudá-las nesse desafio. Assim, em 1994, surgiu o Mercado Eletrônico. Hoje, a plataforma conta com 1 milhão de fornecedores, 8 mil clientes e R$ 80 bilhões em transações. Por meio do software, o comprador economiza ao achar produtos mais em conta e o fornecedor ganha vendendo mais e evitando o acúmulo de estoque.

Huma: Como a gestão de pessoas influenciou o sucesso do seu negócio?

Eduardo Nader: Ao empreender você tem duas opções: fazer dar certo ou fracassar. Então, eu não pensei muito em como faria a gestão de pessoas antes de iniciar o negócio. Mas, basicamente, começamos por selecionar pessoas que acreditassem nas mesmas coisas que a gente e tivessem disposição e motivação para trabalhar.

Hoje, temos um propósito muito forte e acreditamos que as pessoas estão em primeiro lugar. Ou seja, os colaboradores vêm antes dos clientes, pois se eles não estiverem motivados há uma grande chance de os clientes não serem bem atendidos. Em resumo, nós só conseguimos atingir nossos objetivos em equipe com um propósito bacana.

Huma: Como vocês criam esse sentimento de propósito no Mercado Eletrônico?

Eduardo Nader: Nós mostramos para os colaboradores que nosso negócio ajuda as empresas a trabalhar de forma inteligente, eficiente e sustentável. Nós também contribuímos com o planeta ao evitar o desperdício de mercadorias. Isso motiva as pessoas!

Então, eu acho que esse é o segredo. Ter bons valores e formar um time que está alinhado com eles. Se você não tem valores fortes e ética no seu trabalho, as pessoas não ficam. Se o ambiente não for um bom lugar para se trabalhar, elas não aceitam o desafio.

Huma: Para você, quais são as tendências tecnológicas que vão mexer com os negócios e a gestão de pessoas nos próximos anos?

Eduardo Nader: A mobilidade, que já vem sendo falada há muito tempo, continua forte. Além dos dispositivos móveis, será cada vez mais comum o uso das tecnologias vestíveis, que são os relógios, óculos e outros dispositivos que são portáteis e interagem com as pessoas aonde forem.

Outra tendência é a mudança na própria forma de escolha dos fornecedores de software. Antes, as empresas escolhiam seus sistemas e os colaboradores eram obrigados a utilizá-los. Hoje, é cada vez mais comum que o próprio usuário escolha as soluções que gostaria de usar na companhia. Muitas vezes, é uma plataforma que ele já tem contato e leva para a empresa como sugestão para ampliar os resultados. Isso significa que a escolha do software passa a ser feita pelo usuário e homologada pela área de TI.

Esse formato dá autonomia e poder de inovação às pessoas, que é outro fator de motivação e satisfação no trabalho. Também muda radicalmente o papel da TI, que deixa de ditar e defender sozinha a governança tecnológica e passa a ser uma TI aberta. Além disso, transforma o próprio RH, que deixa de ser uma área voltada para processos e passa a fazer parte do time de inovação. Normalmente, a inovação está atrelada à tecnologia, mas é o RH que irá impulsionar as boas práticas.

Eduardo Nader é Fundador e Presidente do Mercado Eletrônico.

 

 

 

 

 

Quer saber mais sobre como a tecnologia pode contribuir com o sucesso da empresa? Confira o nosso post “5 benefícios da nuvem para o RH”!

Caroline Fernandes

Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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