“Saber mudar é essencial para crescer e garantir o sucesso”, disseram os autores João Gabriel Fonseca e Maria José Pereira no livro Faces da Decisão. A afirmação, no contexto do RH, em que paradigmas estão sendo quebrados, faz mais sentido do que nunca: passamos de uma situação em que as pessoas eram consideradas apenas um pedaço de máquinas (Revolução Industrial) para se tornarem protagonistas das organizações. E, assim, exigirem uma gestão humanizada, com foco na sua experiência. Segundo Tom Haak, fundador e diretor do Instituto HR Trend, essa é uma das tendências para Recursos Humanos em 2018.
Afinal, o que é gestão humanizada?
Para o Vice-presidente e Diretor de HCM da LG lugar de gente, Felipe Azevedo, gestão humanizada começa quando a organização reconhece o colaborador como indivíduo único, através de suas características culturais, psicológicas, seus desejos e necessidades. “O capital humano tem um valor superior a qualquer outro dentro de uma empresa, com isso, as companhias, lideradas pela área de RH, estão buscando adaptar suas práticas às expectativas dos colaboradores e para essa finalidade surge a gestão humanizada”, completa Felipe.
2018 começa com gestores e RH à frente do desafio de encontrar equilíbrio entre interesses da alta gestão e de colaboradores, a fim de impulsionar os resultados da companhia. Já se sabe que investir no reconhecimento e no desenvolvimento das equipes proporciona um ambiente de trabalho melhor, que contribui com a marca empregadora, atrai e retém mais talentos, que por si são os principais responsáveis pelo sucesso da empresa. “É um ciclo virtuoso em que todos saem ganhando”, conclui o vice-presidente.
Conseguir entender cada necessidade do indivíduo e tomar as decisões certas para a gestão humanizada não é tarefa fácil. Para isso, a tecnologia é grande aliada do RH. “Através de aplicativos de feedback em tempo real, por exemplo, as pessoas têm um espaço em que podem dar feedbacks constantes sobre sua experiência com a organização. Além disso, com treinamentos gamificados, people analytics e outros, é possível mapear o perfil de cada talento e trabalhar ações específicas para ele”, pontua Felipe.
Por que a experiência do colaborador é importante?
Para Tom Haak, os profissionais estão cansados de aguardar certas atitudes da organização. Eles devem tomar mais iniciativas, pois querem ser mais independentes. “Muitos já estão acompanhando sua própria aptidão através de rastreadores como o Fitbit e o smartwatch. É comum equipes utilizarem ferramentas como WhatsApp e Slack, evitando os canais de comunicação oficialmente aprovados”, aponta o fundador do Instituto HR Trend.
Em outro momento, Haak já havia afirmado que, no gerenciamento de talentos, é preciso considerar que as pessoas esperam uma experiência tão boa no trabalho quanto eles têm em casa ou como consumidores. “A mais importante tendência em Recursos Humanos é a individualização”, declara.
A experiência positiva para o profissional pode alavancar o potencial das equipes e gerar economia de recursos, por isso, faz-se tão fundamental a aplicação da gestão humanizada dentro das corporações. “Oferecer canais atrativos para os funcionários, bem como espaço para que eles tenham autonomia e, ao mesmo tempo, direcioná-los para as prioridades da organização, com desenvolvimento contínuo que seja realmente relevante, é a chave que o RH vai usar para abrir muitas portas dentro da organização nos próximos anos”, complementa Felipe Azevedo.
Para aperfeiçoar seu conhecimento sobre força de trabalho e usar essa estratégia para garantir a sustentabilidade do seu negócio, clique aqui e confira webinar ministrado por Leonardo Avelar, que possui mais de 15 anos de experiência em soluções de Gestão do Capital Humano (HCM).