Gestão de RH em 2022: pesquisa revela 4 temas que devem estar no radar das empresas

Confira as principais tendências para o setor de Recursos Humanos e as perspectivas para esse ano.

Lembra de quando realizar uma entrevista de emprego on-line parecia fora da realidade? Consegue identificar o exato momento em que o home office se tornou não só necessário, mas uma excelente opção na sua gestão de RH? Notou que, nos últimos tempos, seu departamento de pessoas provavelmente contratou mais profissionais para demandas pontuais que surgiram?

Para a maior parte das perguntas, é possível que você tenha respondido positivamente. Isso porque uma grande porção dessas mudanças fizeram parte de uma nova rotina criada na gestão de pessoas, aceleradas pela pandemia.

É isso que aponta a 18ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), levantamento que monitora o sentimento acerca do mercado de trabalho e da economia. Dessa vez, a pesquisa sondou 1.161 profissionais entre 3 e 30 de novembro de 2021. Participaram do estudo: recrutadores, pessoas empregadas e desempregadas que formavam o perfil de especialistas qualificados, isto é, indivíduos a partir dos 25 anos que possuem curso superior e atuam no mercado de trabalho privado.

O panorama geral aponta pessimismo dos trabalhadores em relação à situação atual e futura do mercado de trabalho. Mas também tem boa notícia: diante dos desafios foram identificadas tendências para o setor de Recursos Humanos, que tem como perspectiva a geração de novas vagas no próximo ano.

Entenda o que mudou e como a sua gestão de RH será impactada em 2022.

1- Recrutamento on-line

A contratação se tornou um assunto chave para o RH, ganhando ainda mais força diante dos 53% das empresas que preveem novos postos de trabalho em 2022. “A abertura de novas vagas e oportunidades para os profissionais qualificados é uma realidade para o próximo semestre, mantendo aquecida a disputa de talentos entre as empresas”, declara Fernando Mantovani, Diretor-Geral da Robert Half para a América do Sul.

Para 81% dos recrutadores, o recrutamento on-line facilita o acesso a profissionais qualificados. Para eles, a modalidade torna o processo mais ágil, amplia o leque geográfico de opções de candidatos, que passam a poder trabalhar de qualquer lugar do mundo, e ainda permite entrevistar mais profissionais para cada processo seletivo.

Entretanto, Fernando destaca um desafio em particular: “Parte dos recrutadores disse que esse método de seleção possibilita a geração de um sentimento de frieza e tende a dificultar a identificação de habilidades comportamentais”, pondera.

Nessa linha, os recrutadores pesquisados acreditam que a seleção deve possuir também, além da fase de recrutamento on-line, uma última etapa presencial, o que mostra que a tendência aos regimes híbridos marca a nova configuração dos ambientes corporativos.

2- Modelo híbrido de trabalho

Como já vem sendo discutido durante o ano de 2021, as transformações serão mais permanentes quando o assunto é o regime de trabalho, impactando a gestão de RH das organizações. Segundo 48% dos recrutadores, o trabalho híbrido é a preferência das empresas, contra 38% que querem o retorno do modelo totalmente presencial e 3% da permanência home office (11% ainda não definiram).

E não há um modelo único na hora de adotar a quantidade de dias no escritório para as empresas que já se definiram nesse regime. Delas, 30% querem 3 dias por semana de trabalho presencial; 28%, 2 dias; 6%, 1 dia; 4%, 4 dias; 27% ainda estão sem definição.

Os resultados mostram, portanto, que cada organização deverá olhar para dentro, entender seus colaboradores e os desafios do novo modelo para tomar uma decisão apropriada ao seu contexto.

Outro assunto em destaque sobre o trabalho híbrido foi a liderança dentro desse processo. Para 70% dos profissionais, os gestores diretos tiveram boa capacidade de contornar adversidades e souberam liderar remotamente.

Os três principais motivos para essa percepção são a comunicação clara e transparente (70%); a concessão de autonomia (79%); e a preocupação genuína com o bem-estar da equipe (45%), indicando que os líderes deverão trabalhar esses aspectos daqui para frente.    

3- Contratos pontuais

O dinamismo possibilitado por toda essa reconfiguração, segundo o ICRH, aponta para uma nova disposição da gestão de RH que tem aspectos vantajosos tanto para profissionais quanto empresas: o trabalho temporário em projetos especializados. Isso significa que, quando surgem demandas específicas, profissionais e organizações concordam que contratar um freelancer pode ser mais interessante.

A mudança é relevante já que, para 89% dos trabalhadores, esse tipo de experiência é positiva para o currículo. Nesse sentido, eles constatam as cinco principais vantagens desse tipo de parceria:

  • Construção de network;
  • Aquisição de experiência;
  • Flexibilidade;
  • Oportunidade de efetivação;
  • Contato com novas ferramentas.

Já para as empresas, o relatório aponta que entre os motivos para se contratar um profissional por projeto, estão:

  • O fato de que se pode mensurar a criação de oportunidades pontuais;
  • Necessidade de agilidade e flexibilidade;
  • Aliviar a sobrecarga da equipe;
  • Verificar a falta de headcount, ou seja, número de funcionários menor que a demanda;
  • Imprevisibilidade do cenário econômico.

Os resultados mostram que a gestão de RH deverá estar pronta para avaliar e identificar, junto às lideranças, em quais momentos e demandas serão mais interessantes adentrar em um processo de contratação de um funcionário ou investir em um contrato pontual.

4- Atração e retenção

Com o reaquecimento do mercado, a gestão de RH tem se atentado para a escassez de profissionais qualificados. Para não abrir espaço à concorrência e correr o risco de perder os melhores talentos, a área de pessoas tem se mantido cada vez mais alerta e aberta a novas estratégias de atração e retenção.

Nesse sentido, as cinco iniciativas adotadas pelos RHs para reter os talentos-chave de casa são:

  • Remuneração competitiva;
  • Jornadas flexíveis;
  • Políticas que visam o bem-estar e à saúde mental;
  • Treinamentos;
  • Feedbacks constantes.

Fernando lembra que essas movimentações seguem as transformações da economia e que a previsão é otimista para a abertura de oportunidades. “A taxa de desemprego atingiu índices abaixo dos apontados nos períodos pré-pandemia, tanto para a população em geral quanto para os profissionais qualificados”, assegura.

Acompanhar essas mudanças não tem sido tarefa fácil para a gestão de RH. Em um mercado cada vez mais competitivo, encontrar o candidato certo sem deixar de atender as exigências legais se torna imprescindível. Conheça a solução Gen.te Atrai – Recrutamento e Seleção da LG lugar de gente e descubra como ela pode ajudar sua empresa clicando aqui.

Gerciane de Almeida Borges Matos

Gerciane de Almeida Borges Matos

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