O currículo é um velho conhecido do RH, pois, há anos, é usado por profissionais, para se candidatarem às vagas de emprego, e por recrutadores, para analisar os perfis dos candidatos, normalmente, na primeira fase dos processos seletivos. Porém, com a digitalização do RH, o documento deve perder espaço na rotina das organizações. Enquanto isso, a promessa é que as redes sociais sejam cada vez mais utilizadas na triagem dos candidatos.
Outra questão a ser pontuada sobre o currículo nos moldes tradicionais é a limitação de informações, já que o profissional destaca aspectos de sua formação e de sua experiência no mercado de trabalho. Contudo, segundo estudo realizado pela consultoria Leadership IQ, 89% das falhas em contratação acontecem por atitude do funcionário e apenas 11% por habilidades. Ou seja, é imprescindível que o RH conheça mais profundamente o perfil do candidato, levando em consideração seus valores e hábitos.
Para esse fim, as redes sociais começam a fazer parte da avaliação do perfil do profissional. Marcello Porto, Diretor de Produtos da LG lugar de gente, compreende que quanto mais o recrutador conhece a pessoa, mais bem-sucedido será o processo de seleção. E vai além: “hoje em dia, o candidato nem precisa preencher um currículo. Ele já existe e está disponível na internet, principalmente no LinkedIn.
Currículo com recomendação
Um recurso muito utilizado pelos RHs na hora do processo seletivo, mesmo em épocas de modernidade, continua sendo a recomendação. Com essa estratégia, é possível ouvir quem verdadeiramente conhece o candidato e já teve experiências com o profissional. Para tanto, Marcello destaca a necessidade de o candidato estar com as redes sociais atualizadas, assim como sua rede de contatos ativa. “Investir no networking e em recomendações que enriquecem o currículo virtual é algo que as pessoas não dão muita importância e podem ajudar nesse filtro”, argumenta.
A recomendação também pode vir dos próprios colaboradores da organização, que já conhecem a cultura organizacional e podem incentivar contratações assertivas. De acordo com o Great Place to Work, empresa de pesquisa, consultoria e educação dedicada ao estudo de clima e cultura organizacional, esse “conselho” interno tem muitos benefícios: aumenta o engajamento do funcionário (que se sente ouvido), torna as contratações mais rápidas e de menor custo, e resulta em profissionais que permanecem por mais tempo na empresa.
Lembre-se da diversidade
O GPTW alerta que, levando em consideração exclusivamente as indicações, a empresa corre o risco de contratar pessoas que pensam igual. Por isso, para Marcello, é fundamental que o RH esteja atento aos diversos mecanismos de triagem de currículos, seja por análises de informações do banco de dados, das redes sociais e de outros sites da internet ou da indicação interna. “A equipe de recrutamento continua com o mesmo desafio de sempre, que é o de encontrar pessoas que tragam bons resultados para a organização. Agora, com as ferramentas, o leque de talentos passa a ser bem maior e o processo bem mais eficaz”, conclui o diretor.
Marcello Porto, Diretor de Produtos da LG lugar de gente, compartilhou outros recursos do recrutamento digital em um webinar exclusivo. Para conferir, clique aqui.