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Como a Johnson & Johnson estimula o desempenho máximo de suas equipes?

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A empresa investe em programa de bem-estar que trabalha as quatro dimensões do ser humano e busca a melhor versão de cada colaborador

A Johnson & Johnson, empresa que atua no setor de bens de consumo e de instrumentação médica, está colhendo resultados com programas que estimulam o colaborador a chegar em seu desempenho máximo através do “flow”, um estado mental no qual se está tão concentrado em uma atividade que não se percebe o tempo passar, o senso de ego se esvai e as ideias fluem livremente. O fenômeno já foi ligado ao alto desempenho de atletas, artistas e também vem sendo estudado no ambiente corporativo.

Guilherme Rhinow, Diretor de Recursos Humanos da J&J no Brasil desempenho
Guilherme Rhinow, Diretor de Recursos Humanos da J&J no Brasil

Segundo Guilherme Rhinow, Diretor de Recursos Humanos da J&J no Brasil, isso é possível pois a companhia conta com o programa “Energy for performance”, um treinamento oferecido globalmente, de forma periódica, aos funcionários da organização. “É um dia de imersão com o objetivo de fazer com que as pessoas busquem a ‘melhor versão de si mesmas’. O treinamento é único, porque compreende a saúde em quatro dimensões: espiritual, mental, emocional e física. Além disso, inclui a meditação entre as atividades, direcionando os funcionários para alcançar alto desempenho e bem-estar no trabalho e na vida”, completa o diretor.

Ele destaca que o treinamento é baseado em dois modelos:

1- Modelo de Gerenciamento de Energia

Espiritual: relacionado à identificação dos valores, propósito e missão individuais a fim de aprimorar a tomada de decisões e a definição de prioridades.

Mental: consiste em despertar a consciência do indivíduo, a atenção plena e o foco para ajudar a se concentrar no que mais importa na vida.

Emocional: o foco é o controle emocional para a construção de relacionamentos positivos.

Física: estímulo à atividade física, boa nutrição, qualidade do sono e recuperação. Em que cada uma delas contribui para a percepção das pessoas de como aumentar sua energia.

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2 – Modelo de Processo de Mudança

Nesse modelo, o objetivo é aproveitar o que chamam de “motivação intrínseca”. A parte mais importante do treinamento visa ajudar os indivíduos a identificar o seu propósito ou sua missão de vida, o que é fundamental para apontar os fatores motivadores que ajudam as pessoas a fazerem mudanças difíceis.

Guilherme reforça que essas ações estimulam melhorias na vitalidade, na qualidade de vida, na saúde, na satisfação pessoal e profissional de cada funcionário. “Consequentemente, isso se reflete na produtividade da equipe. Inclusive, é possível comprovar a efetividade do treinamento por meio do resultado da pesquisa de satisfação realizada com os funcionários”, comenta o diretor.

De acordo com Guilherme, dado o seu negócio de atuação, a Johnson & Johnson possui o compromisso de desenvolver processos voltados à saúde e ao bem-estar em sua estrutura global de RH, o que reflete em diversas decisões e ações em todos os níveis dentro da organização. “A prática da meditação, bem como as demais atividades contempladas no ‘Energy for performance’, têm o propósito de melhorar o desempenho pessoal e aumentar a qualidade de vida, a fim de permitir o alinhamento da missão dos funcionários com como e onde eles gastam sua energia”, completa.

Resultados do Energy for performance

O diretor pontua que mais de 60 mil funcionários da companhia já realizaram o treinamento mundialmente. Para ele, as métricas mostram os resultados práticos dessa iniciativa, que é aberta a todos: escritório, força de vendas e fábrica. “A realização do curso foi associada a uma probabilidade 18% maior de receber uma avaliação máxima no ano seguinte. Além disso, os graduados pelo curso apresentaram maior tendência de ficar na empresa durante o período de seis anos. A participação no ‘Energy for performance’ também foi associada a uma probabilidade 25% maior de receber uma promoção no ano seguinte ao treinamento”, destaca.

No Brasil, onde a prática é mais recente, foram treinados 2.199 funcionários nos últimos dois anos. O resultado da pesquisa de satisfação aplicada após o curso mostra que:

74% sentem-se mais engajados com a vida;
69% estão mais empenhados em cuidar da saúde;
56% estão mais produtivos no trabalho;
51% estão mais resilientes.

Para Guilherme, a rotina e os desafios do dia a dia fazem com que muitas vezes nos esqueçamos de cuidar de nós mesmos. “A Johnson & Johnson entende que também é uma responsabilidade da empresa garantir o bem-estar de seus funcionários e proporcionar um ambiente de trabalho saudável. Quando passamos a ter uma visão holística sobre saúde e bem-estar, entendemos que ajudá-los a viver bem em todos os aspectos de suas vidas é essencial para que possam encontrar seu propósito e realizar suas atividades com mais leveza, resultando em um trabalho mais produtivo, efetivo e feliz”, conclui Guilherme.

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Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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