Sua área de gestão de pessoas e lideranças estão preparadas para apoiar as colaboradoras diante dos desafios da maternidade nas empresas? Conforme dados de janeiro de 2023 da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres brasileiras representam 45,5% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo o estudo, o número vem crescendo nas últimas décadas, mostrando que a presença feminina no mercado de trabalho tem aumentado.
Quer dicas de como desenvolver um ambiente favorável para contribuir com elas e garantir uma boa experiência, além de aumentar o senso de pertencimento e engajamento? Confira o que disseram quatro mães e profissionais da LG lugar de gente.
Além de compartilharem suas trajetórias, elas abordaram os desafios da maternidade conciliada à vida profissional e compartilharam dicas valiosas sobre como líderes e a área gestão de pessoas podem atuar nesse momento.
Trajetória profissional
Daniella Vasconcellos é formada em Engenharia de Software e trabalha desde os 15 anos na área de programação. Em seus dezesseis anos de trabalho na LG, a profissional começou como Estagiária, passou para Desenvolvedora, depois Coordenadora de Área, até a oportunidade de gerir as áreas de Inovação e ESG .
“Gosto de lembrar do início da minha carreira quando me deparo com situações que colocam meu potencial em cheque. Percebo que quando era uma menina não deixei isso acontecer, não vai ser agora sendo uma mulher”, relata.
Luciene Martins cursou Ciências da Computação e já ocupou os cargos de Analista de Treinamento, Supervisora de Treinamento e Analista de Testes na equipe de Desenvolvimento.
Na LG lugar de gente, ela iniciou sua jornada como Analista de Requisitos, depois como Controladora de Projetos, Líder de Equipe, Gerente de Projetos e, agora, é Gerente da área de Gestão para Resultados. “Em todos os momentos da minha carreira profissional me senti realizada e feliz, fazendo o que gostava e imergindo profundamente em fazer melhor”, afirma.
Viviane Lacerda iniciou sua vida profissional aos 14 anos, em um escritório de contabilidade. Depois de graduada em Engenharia de Produção, ela passou por diversos cargos até assumir a Diretoria de Operações na LG lugar de gente: “Estou muito feliz e entusiasmada com o desafio”, compartilha.
Karyna Kelly, formada em Administração, iniciou sua trajetória na LG lugar de gente em 2009, como Assistente Administrativo Financeiro, e migrou para área de Gestão de Resultados, em que atua hoje como Analista de Processos de Negócios.
“Tive oportunidade de fazer faculdade, pós-graduação e de trabalhar em uma empresa que me identifico com os valores, me entende como mãe e me incentiva a crescer como pessoa e como profissional. Se isso é se sentir realizada profissionalmente, sim, sou uma pessoa realizada.”
Importância da cultura inclusiva nas organizações
De acordo com Viviane, a diversidade e inclusão trazem inovação e diferencial competitivo para as empresas. “Não podemos nos deixar levar por aparências ou orientação sexual. Precisamos ter foco nas pessoas, em suas habilidades e competências profissionais”, destaca.
Para ela, os resultados da adoção de políticas que estimulem a diversidade geram benefícios expressivos às companhias. “A cultura inclusiva gera senso de pertencimento aos colaboradores e isso resultará em um clima organizacional saudável, com aumento do engajamento, performance e, consequentemente, em resultados para as organizações”, afirma.
Papel da liderança
De acordo com estudo da Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, realizado em 2022, o líder tem influência de até 70% no engajamento dos funcionários com o negócio. Nesse sentido, a liderança tem um papel importante na superação dos desafios da maternidade e a na integração desse grupo à empresa. Afinal, os líderes devem fazer parte dos esforços para incentivar uma cultura que ajude as mães a se reintegrarem no local de trabalho, reivindicar sua identidade como profissionais e conquistar novas perspectivas para em suas carreiras.
Para Daniella, a gravidez é um momento de muitas transformações na vida da mulher e toda a família, por isso é muito importante que a profissional se sinta amparada pelos seus líderes, equipes e organização.
“Não se sentir acolhida pela empresa que trabalha deve ser desesperador. No momento da gravidez, a LG me acolheu, porque é uma empresa que tem o Humanismo em seus valores. A preocupação com a nossa saúde familiar é muito importante”, relata.
Desafios da maternidade
Unir o lado profissional com o pessoal não é uma tarefa fácil, ainda mais durante o processo de retorno após a licença-maternidade. Luciene, que é mãe de gêmeos, acredita que a parte mais difícil são os julgamentos de pessoas próximas. Isso porque muitos questionaram a escolha de viver a maternidade e continuar trabalhando.
“Apesar de todas as cobranças, sempre estive firme e acreditava que conseguiria conciliar, com o apoio do meu esposo, que foi, e é fundamental. Além de mãe, também precisava da minha carreira profissional. Claro que isso vai depender da escolha de cada um: decida e siga em paz com a sua consciência, sem remorso e arrependimento”, aconselha.
Para Viviane, com um filho de 21 anos, a maternidade adicionou mais desafios a sua vida. Ela conta que, além das constantes viagens a trabalho, o fator mais impactante foi morar longe da empresa e perder cerca de três horas por dia no trânsito. “Acabei decidindo me mudar para perto do meu trabalho e isso trouxe muito mais qualidade para nossa relação mãe e filho”, destaca.
Daniella relata que não teve o sentimento de culpa que muitas mães têm de voltar ao trabalho depois da licença-maternidade. Ela acredita que isso se dá pelo fato de que atua em um ambiente que gosta e a faz bem.
“Não é a quantidade de tempo que você está com seu filho e sim a qualidade desse momento. Então, sei que existem mães que ficam o dia inteiro, mas não estão realmente presentes porque não há uma troca”, ressalta.
Karyna comenta sobre o preconceito que ainda existe em muitas empresas em relação às mães profissionais, já que muitas organizações veem a maternidade como uma limitação para a carreiras das mulheres.
“Não deixamos de ser mães, porque somos profissionais e não deixamos de ser profissionais, porque somos mães. Isso caminha junto. Mostrar para o mercado que é possível fazer bem as duas coisas é o maior desafio para as mulheres,” destaca Karyna.
Dificuldade com a pandemia
De acordo com Luciene, a pandemia e, consequentemente, a adoção do home office e as aulas on-line, aumentaram significativamente os desafios de conciliar o papel de mãe e a vida profissional. Ainda assim, para ela, é importante olhar sempre sob uma perspectiva positiva, já que os ganhos também foram grandes.
“Meus filhos são pequenos para entender todas as mudanças, mas aos poucos foram assimilando e ajudando na organização. Fomos experimentando novas estratégias, mudanças na rotina e nos adaptando. Todas as dificuldades são superadas pelo fato de estarmos mais próximos do que nunca”, reforça.
Já para Karyna, o home office foi um dos principais aliados para otimizar a dupla jornada entre ser mãe e ser profissional. Afinal, essa modalidade de trabalho permite conciliar o trabalho com a vida pessoal em muitos momentos.
“A possibilidade de trabalhar em home office é um grande apoio. Conseguimos atuar no mercado de trabalho, mas ao mesmo tempo podemos almoçar com nossos filhos”, aponta Karyna.
Como as empresas podem apoiar as mães que têm dupla jornada?
Para Daniella, as organizações precisam transmitir segurança para as mulheres sobre o seu retorno ao trabalho. Ela defende que a empresa tem que ajudar a profissional a encontrar o equilíbrio, já que é uma questão de adaptação.
“Percebo isso com a minha equipe: quando oferecemos um suporte e segurança elas performam bem. Sabemos do potencial delas, acreditamos na força e competência dessas profissionais”, afirma Daniella.
Luciene também defende que as organizações podem e devem ajudar neste momento de transição. Ela conta que durante a gestação e o período de licença muitas mães se questionam: e agora? Será que vou conseguir ser uma boa mãe? Vou conseguir conciliar a minha carreira profissional com a maternidade?
“É importante abordar estes assuntos durante a maternidade e de forma preventiva. A mãe já pode ir se preparando, se planejando para a sua nova etapa de vida. Ela precisa se sentir segura e apoiada”, aponta.
Viviane completa dizendo que ser mãe é uma escolha de cada mulher e isso precisa ser respeitado amplamente. Para ela, não foi fácil chegar aonde está. Precisando conciliar todas as rotinas e os desafios da maternidade com seu trabalho, mas com equilíbrio e dedicação é possível vencer as barreiras.
“As empresas podem apoiar a mulher profissional e mãe com iniciativas, como: horários flexíveis, licença-maternidade estendida, programa de apoio com especialistas em cuidados pós-parto, e sempre incentivá-las a evoluir em suas carreiras”, detalha Viviane.
Histórias cruzadas: mãe e filha compartilhando um sonho profissional
Karyna Kelly tem uma história incomum na LG lugar de gente, já que sua filha, Júlia Pereira recentemente, se tornou sua colega de trabalho, atuando como Consultora de Projetos.
“Quando entrei na LG, a Júlia tinha apenas nove anos. Cresceu observando os valores da LG, o quanto é uma empresa idônea, que se preocupa com as pessoas e contribui com o desenvolvimento humano. Ela sempre me disse que gostaria de trabalhar na LG e eu a apoiei sem pensar duas vezes”, relata.
Hoje, mãe e filha trabalham praticamente lado a lado, o que permite diversas trocas de experiências, mesmo atuando em áreas diferentes. Karyna acompanha com felicidade o desenvolvimento da filha.
“Desde que ela entrou, vejo o desenvolvimento, a maneira como conduz as atividades, como trata os clientes, a vontade de crescer e se desenvolver dentro da empresa. Tenho muito orgulho da profissional que ela é”, afirma Karyna.
Pauta publicada em 30/03/2021 e atualizada em 10/05/2023.
Gostou das sugestões? Sem dúvidas, investir em ações para apoiar as mães em seus desafios pode contribuir com um ambiente diverso, inclusivo e saudável, impactando na experiência dos colaboradores. Clique aqui e confira diversos conteúdos da Semana Gestão de Talentos, a qual explorou toda a jornada do colaborador do recrutamento ao desligamento.