Planejamento da força de trabalho: o que muda ao adotar o modelo híbrido?

Pesquisa realizada pela Gartner aponta que diversidade e sustentabilidade a longo prazo devem ser consideradas pelo RH na estratégia de talentos. Saiba mais.

Sua empresa aderiu ou pensa em adotar o formato híbrido? Essa é uma tendência que tem crescido nas companhias e que merece uma atenção especial do RH, já que impacta no planejamento da força de trabalho. De acordo com a pesquisa “Location Strategy for a Hybrid Workforce” promovida pela Gartner em 2021, dentre os aspectos que devem ser analisados estão: a cultura de comunicação, o suporte para os colaboradores em home office e a revisão dos custos e ganhos envolvidos com o ambiente físico corporativo.

O relatório ressalta que decisões de localização dos escritórios devem ir além de imóveis, custos, impostos ou incentivos governamentais. Agora, elas também são responsabilidade da gestão de pessoas e é necessário priorizar os talentos e as estratégias que impulsionam a resiliência dos negócios. Confira detalhes sobre o estudo:

O que considerar no planejamento da força de trabalho?

Com a possibilidade de o trabalhador se deslocar menos para o espaço físico da empresa, a pesquisa aponta que o raio de captação de colaboradores aumentou, o que significa que a estratégia de recrutamento e seleção devem mudar.

Nesse sentido, segundo o estudo da Gartner, os líderes de RH poderão usar dados importantes do mercado de trabalho para considerar estratégias de talentos e de localização, levando em conta quatro aspectos:

  • Vantagem competitiva: lugares com maior oferta de emprego oferecem mais possibilidades de colaboradores. Ao mesmo tempo, isso pode ser um fator de competitividade por essa mão de obra.
  • Representatividade e diversidade: é importante promover talentos sub-representados, especialmente em certas funções. Nesse contexto, a descentralização da captação de pessoal pode ser favorável, podendo levar à reflexão sobre novos lugares de atuação.
  • Sustentabilidade a longo prazo: universidades e centros de formação são geradores de mão de obra qualificada, além de produção de pesquisas que podem ser interessantes aos negócios. Considerar a proximidade, não só física, com esses lugares pode ser vantajoso para a empresa na demanda de pessoal atual e futura. Um ponto de alerta é que a maior qualificação pode refletir na elevação salarial.
  • Riscos sociopolíticos: instabilidades nas distintas esferas do poder ou mesmo da sociedade podem afetar as companhias. Sobretudo empresas de grande porte devem considerar os lugares de maior segurança.

De acordo com o estudo, o planejamento da força de trabalho precisa ponderar os talentos disponíveis no quadro de funcionários da empresa e os novos profissionais. Além disso, é preciso considerar a localização do escritório e as necessidades do negócio para alcançar os melhores resultados.

O RH ocupa um papel chave nesse processo e, segundo o relatório, o uso da tecnologia pode ser fator fundamental para uma estratégia de trabalho híbrido efetiva, sobretudo como ajuda no recrutamento à distância.

5 mandamentos para líderes de RH na estratégia de localização

A pesquisa também apresenta cinco lições que os executivos de RH devem realizar para impulsionar a resiliência dos negócios a longo prazo. Confira as dicas:

1. Integre a estratégia de localização em seus planos de força de trabalho desde o início

Segundo a Gartner, criar um plano para atração e manutenção de colaboradores garante que a estratégia de talentos busque resolver as necessidades do negócio. Por isso, antes de pensar nos possíveis lugares de atuação da empresa, o RH deve ter em mente a oferta de talentos que possui e aquela que pode vir a ter, além da pressão competitiva para contratação.

A pesquisa aponta que os ajustes do espaço corporativo em decorrência da pandemia podem significar otimizar ou realocar a pegada atual da empresa. “A estratégia de localização precisa ser integrada ao planejamento da força de trabalho desde o início e de forma contínua”. Isso deverá ser feito a partir da análise de capacidades e qualificações que outros lugares podem oferecer.

2. Valorize os dados de talentos nas decisões de localização

É comum que o comando das estratégias de localização das empresas seja feito pelas equipes imobiliárias junto à área de finanças e clientes. Mas esses times podem precisar de informações e tendem a ignorar dados de talentos relevantes. A pesquisa ressalta sobre a participação da gestão de pessoas nesse processo: “Os líderes de RH podem trazer bons dados para a mesa de discussão”, afirma.

Para a tomada de decisão, os gestores de pessoas devem utilizar um conjunto abrangente de informações. “É preciso ter os talentos humanos como consideração central, observar questões como habilidades, competitividade e diversidade, além de comparar os mercados dentro da atual localidade para fazer recomendações de otimização de curto prazo”.

3. Avalie a acessibilidade do talento, não apenas a disponibilidade

Uma grande base de talentos qualificados em um mercado competitivo pode ser difícil de penetrar e, portanto, não são necessariamente locais ideais para incluir no seu planejamento da força de trabalho, indica o estudo.

Para pesar oportunidades e custos de forma eficaz, a pesquisa recomenda que o RH faça uma análise abrangente do mercado de oportunidades para qualquer local, determinando:

  • Adequação da oferta de talentos, incluindo a mão de obra qualificada, para garantir a sustentabilidade a longo prazo;
  • Demanda de talentos;
  • Representação da diversidade;
  • Concentração competitiva;
  • Salários.

4. Planeje as habilidades do futuro

O número total de habilidades exigidas para um único ofício está aumentando 7% ao ano, segundo a Gartner. Ao mesmo tempo, 29% das competências que estavam em um anúncio de emprego médio em 2018 não serão necessárias até 2022. Como essa evolução tende a ser constante, o RH precisa mapear as capacidades emergentes e futuras para seus negócios como parte do planejamento da força de trabalho.

5. Avalie riscos e oportunidades de DEI

Não só por um clamor da sociedade, mas pelos benefícios de uma empresa plural, as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) tornaram-se prioridade nas organizações. A pesquisa revela que as empresas podem criar e ajustar a estratégia de localização de forma mais eficaz com base em suas aspirações de DEI.

O planejamento da força de trabalho será mais desafiador com a consolidação do modelo híbrido. Para atrair colaboradores capacitados, que podem estar em diferentes lugares do Brasil e do mundo, conte com uma solução estratégica e confiável. Com o Gen.te Atrai – Recrutamento e Seleção, seu RH encontra o candidato certo sem deixar de atender as exigências legais, as regras e os controles da organização. Clique aqui para conhecer a ferramenta.

Gerciane de Almeida Borges Matos

Gerciane de Almeida Borges Matos

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