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A importância da remuneração variável na motivação dos colaboradores

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Entenda como a remuneração variável pode fortalecer o desempenho e engajamento dos colaboradores, segundo dados do HR Strategy 2025.

Em um cenário corporativo cada vez mais competitivo e dinâmico, a busca por estratégias eficazes de engajamento e retenção de talentos tornou-se prioridade nas áreas de Recursos Humanos.

Entre essas estratégias, destaca-se a remuneração variável, uma prática que vem ganhando protagonismo por sua capacidade de alinhar interesses organizacionais e individuais.

A remuneração variável e a motivação dos colaboradores estão intrinsecamente conectadas, e, quando bem estruturadas, essas políticas podem impulsionar o desempenho, aumentar a produtividade e fortalecer a cultura de resultados.

Este artigo aprofunda os benefícios, desafios e melhores práticas em torno desse modelo, com base no estudo HR Strategy 2025 e em tendências globais de gestão de pessoas.

O que é remuneração variável?

A remuneração variável é um componente do pacote de compensações que depende do desempenho individual, coletivo ou da empresa. Ao contrário do salário fixo, ela não é garantida — sendo paga com base no alcance de metas previamente estabelecidas.

Os modelos mais comuns incluem:

  • Bônus por metas (ICP)
  • Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
  • Comissões de vendas
  • Incentivos de longo prazo (ILP), como stock options ou ações restritas

Por que a remuneração variável impacta a motivação dos colaboradores?

Estudos da psicologia organizacional mostram que recompensas contingentes ao desempenho têm alto poder motivacional. A remuneração variável reforça comportamentos desejados, criando uma relação direta entre esforço e recompensa.

Segundo o estudo HR Strategy 2025, empresas que adotam modelos claros de crescimento e reconhecimento têm maior retenção e engajamento. No entanto, apenas 53% das empresas pretendem manter seus programas atuais com ajustes, enquanto 22% planejam redesenhar completamente suas estratégias de remuneração de curto prazo.

Esse dado revela um gap entre intenção e ação: embora a importância seja reconhecida, muitas empresas ainda não transformaram isso em políticas estruturadas.

Benefícios da remuneração variável

1. Aumento do engajamento e da produtividade

A percepção de que o esforço será recompensado gera maior envolvimento. O estudo da Mercer mostra que 90% das empresas utilizam desempenho individual como principal critério de aumento salarial, o que reforça a lógica de meritocracia.

2. Alinhamento aos objetivos estratégicos

Ao atrelar metas à estratégia da empresa, os colaboradores se tornam agentes de crescimento. A remuneração variável atua como ponte entre performance e resultados organizacionais.

3. Retenção de talentos

Programas de bônus e incentivos evitam a fuga de talentos para concorrentes. Isso é ainda mais relevante em áreas como Tecnologia, Finanças e Comercial, onde há maior disputa por profissionais qualificados.

4. Flexibilidade orçamentária

Ao contrário do salário fixo, a remuneração variável permite que a empresa recompense sem comprometer o custo fixo mensal, sendo uma solução inteligente em momentos de instabilidade econômica.

Desafios e cuidados na implementação

Apesar das vantagens, a remuneração variável também exige gestão cuidadosa para evitar efeitos colaterais, como desmotivação por metas inalcançáveis ou percepções de injustiça.

Entre os principais desafios:

  • Definição clara de metas e indicadores de performance
  • Transparência nos critérios de avaliação
  • Comunicação eficaz dos programas
  • Cultura organizacional compatível com meritocracia

O relatório da LG revela que 67% das empresas adotam campanhas ou premiações específicas antes dos pagamentos variáveis, o que mostra que a comunicação ativa é um fator de sucesso.

Dados do mercado: onde estamos e para onde vamos?

O HR Strategy 2025 apresenta um panorama robusto sobre práticas adotadas atualmente no Brasil:

  • 78% das empresas possuem algum modelo de Incentivo de Curto Prazo (ICP), sendo o bônus pago como PLR a modalidade mais comum (53%).
  • 58% das empresas possuem programas de remuneração variável para a força de vendas — com destaque para modelos mistos (51%).
  • 31% adotam Incentivos de Longo Prazo (ILP), geralmente restritos à alta liderança.

Ainda assim, os dados mostram subutilização dessas ferramentas. Benefícios flexíveis e remuneração variável estão entre as práticas menos adotadas, embora sejam reconhecidos como estratégicos para retenção e engajamento.

Melhores práticas para potencializar a remuneração variável

Com base nos insights do relatório e nas melhores práticas de mercado, destacamos sete recomendações para estruturar um programa eficaz:

1. Vincule a remuneração ao desempenho mensurável

Estabeleça KPIs objetivos e atingíveis, conectados ao plano estratégico da organização. Transparência é essencial para gerar engajamento.

2. Implemente um sistema de feedback contínuo

A motivação cresce quando os profissionais entendem como estão performando e o que precisam melhorar para alcançar os bônus.

3. Adapte os modelos por público-alvo

A personalização é uma tendência. Por exemplo, profissionais de vendas respondem melhor a comissões, enquanto analistas seniores podem ser mais atraídos por ILPs.

4. Utilize tecnologia para gestão de desempenho

Soluções de RH com dashboards integrados facilitam o acompanhamento em tempo real, promovendo gestão mais justa e baseada em dados.

5. Integre com planos de carreira e desenvolvimento

Remuneração variável não deve ser apenas recompensa — mas também estímulo à evolução profissional. Empresas que combinam bônus com trilhas de crescimento têm melhores resultados em retenção.

6. Evite metas inalcançáveis ou punitivas

Programas mal planejados podem gerar frustração, competição tóxica e até sabotagem entre equipes.

7. Comunique, eduque, envolva

Promova campanhas internas para explicar como os programas funcionam, qual seu propósito e impacto. Engajamento começa com entendimento.

Cases e dados de referência

  • 69% das empresas pagaram PLR em 2024, segundo a pesquisa da LG e Mercer.
  • 84% das empresas concederam bônus de retenção em 2023, focados em áreas estratégicas como Tecnologia e Finanças.
  • Empresas com programas bem definidos de remuneração variável apresentam até 50% mais retenção de talentos-chave, de acordo com o Harvard Business Review.

Esses dados reforçam que a remuneração variável é mais do que uma ferramenta financeira — é um ativo estratégico para cultura organizacional, performance e competitividade.

O momento é de ação

O estudo HR Strategy 2025 deixa claro: embora exista consciência sobre a importância da remuneração variável, poucas empresas conseguiram traduzir esse entendimento em modelos robustos. O desafio agora é operacionalizar o discurso em ações concretas, com foco em performance, reconhecimento e desenvolvimento.

Em um mercado em que a retenção de talentos se torna cada vez mais desafiadora, adotar políticas de remuneração variável bem estruturadas pode ser o diferencial competitivo do seu RH.

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Foto de Priscila Cruz

Priscila Cruz

Professora de Língua Portuguesa por formação, Analista de SEO por paixão. Atualmente, pós-graduada em Marketing e Growth para aprender a aliar criatividade com crescimento estratégico e acelerado. Acredito que a produção de conteúdo pela internet é o caminho para democratização do acesso ao conhecimento. Por isso, explore comigo as tendências de RH e todo o universo da gestão do capital humano!

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