Segundo pesquisa da Accenture Strategy, realizada neste ano com mais de 10 mil trabalhadores de todo o mundo, em um cenário de rápida transformação digital, os líderes têm a missão de treinar seus colaboradores e prepará-los para a revolução das habilidades. Mas o que isso significa? O que as empresas e os profissionais devem esperar do mercado de trabalho no futuro?
De acordo com o levantamento, 87% dos trabalhadores entrevistados esperam que parte das atividades realizadas por eles atualmente serão automatizadas nos próximos cinco anos. Por isso, especialistas defendem que o desenvolvimento das habilidades humanas, tais como liderança, pensamento crítico, habilidades criativas e inteligência emocional, reduzirão consideravelmente as perdas de postos de trabalho devido à automatização.
Patricia Feliciano, Diretora Executiva da Accenture Strategy, destaca que essas competências estão presentes apenas nas pessoas, diferentemente das operacionais, que podem ser substituídas pelas máquinas. Justamente por isso são tão valorizadas. “Quando falamos de aspectos humanos, temos em vista as habilidades interpessoais, que são o diferencial da força de trabalho do futuro. É interessante perceber que nem sempre uma única pessoa terá todas elas, por isso precisamos incentivar a colaboração entre os membros das equipes”, reforça.
Novo papel para os líderes
Além de prepararem seus times para esse cenário digital, a liderança ainda tem o desafio de desenvolver novas formas de reconhecimento, como ressalta Patricia. “Fatores não-financeiros, tais como bem-estar, comprometimento, qualidade de vida e status são considerados iguais, se não de maior importância, para os trabalhadores, em relação aos tradicionais renda e benefícios”, comenta a diretora.
Para ajudar os líderes a moldar a futura força de trabalho, o levantamento deixa as seguintes recomendações:
– Acelere o aprendizado de novas habilidades
É essencial investir em técnicas e habilidades genuinamente humanas que envolvam criatividade e análise, aproveitando o fato de que 85% dos trabalhadores estão prontos para direcionar o seu tempo livre a aprender novas habilidades nos próximos 6 meses.
Outro ponto relevante, segundo o estudo, é fazer uma “reabilitação” em escala, utilizando a tecnologia digital. Isso pode incluir wearables, tais como óculos inteligentes que fornecem informações e aconselhamento técnico, conforme os trabalhadores realizam suas tarefas. As companhias também podem incluir software inteligente para personalizar o treinamento, oferecer recomendações e dar suporte às necessidades de aprendizagem ao longo da vida do colaborador.
– Redesenhe o trabalho e desbloqueie o potencial humano
As empresas precisam ainda cocriar oportunidades de emprego para satisfazer as demandas dos trabalhadores por um trabalho mais flexível. Desenvolver plataformas que ofereçam uma variedade de recursos e serviços aos profissionais, a fim de criar uma comunidade atraente que irá reter os grandes talentos.
– Fortaleça a atração de talentos
Por fim, a Accenture recomenda que as empresas combatam a escassez desse tipo de competências criando ações de desenvolvimento coletivas e de longo prazo. Para isso, é necessário estabelecer parcerias com instituições públicas e criar uma ampla adoção de treinamento, principalmente no setor da educação. Só assim, as empresas estarão realmente preparadas para a revolução das habilidades.
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