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Digitalização do RH: veja em quais etapas da jornada do colaborador usar tecnologia

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Especialista comentam sobre como a automação pode dar mais agilidade para a gestão de pessoas da sua empresa.

Se estamos em busca de uma gestão de pessoas cada vez mais humanizada, em quais etapas da jornada do colaborador é interessante usar a tecnologia? De que forma a automação pode contribuir para ações mais eficientes, permitindo dispor de tempo para iniciativas estratégicas e sermos mais justos em nossas decisões? Nessa lógica, a digitalização do RH é não só urgente, mas também faz parte do fluxo natural de mudanças que já alcançaram a sociedade e todas as esferas da vida.

O assunto, apesar de estar em alta, ainda gera dúvidas. Por isso, Jéssica Martins, criadora da Metodologia Lean RH, bateu um papo com Viviane Lacerda, Diretora de Operações da LG lugar de gente, com a finalidade de mapear os pontos principais da trajetória dos colaboradores nas empresas e discutir a importância da tecnologia nessas fases.

“Quando você usa aplicativos de streaming, de bancos e de mobilidade, o que essas plataformas trazem para você? Flexibilidade, autonomia, agilidade, experiência e personalização. Se o digital já consegue oferecer tudo isso para o consumidor, é importante refletir sobre o que a sua área está promovendo, também para seus clientes internos. Eu vejo muito claramente que uma das excelentes alternativas para entregar tudo isso é a tecnologia”, defende Jéssica.

Viviane concorda, acrescentando que a automação veio para dar praticidade ao dia a dia. “Na LG, toda nossa dedicação é para a gestão de pessoas. Ser um RH digital passa por uma mudança de pensamento, de práticas, de liderança, de processos, de produtividade. Não precisa ser complicado, tudo isso pode ser simples, para colocar esforço naquilo que é necessário”, explica.

Processo mais humano com tecnologia

Para a Diretora, a digitalização do RH não existe para suprir a falta de metodologias bem definidas, mas para ajudar a ter mais agilidade e facilidade nas rotinas. Sobretudo aquelas que já fazem parte do seu setor, mas que demandam muito tempo e trabalho em sua execução. “É um equívoco pensar que a tecnologia vai resolver processos”, afirma.

Jéssica explica que é por isso que as plataformas tecnológicas surgem para humanizar ainda mais o RH. Ela exemplifica: “Tem gente que recebe 500 currículos para uma vaga e, definitivamente, não vai conseguir olhar para todos. Ou seja, como fica a sensibilidade desse processo? Cadê a justiça com todos que enviaram? A tecnologia nos permite olhar para todos da mesma maneira. Aí está a oportunidade de sermos mais compassivos”, completa.

Segundo Jéssica Martins, com automação é possível proporcionar uma experiência diferenciada para quem quer fazer parte da organização. E assim, otimizar o trabalho de Recursos Humanos, melhorando a aderência e dando a oportunidade para o RH trabalhar em outras atividades mais estratégicas para a empresa.

Olhando para a jornada do colaborador

A partir de uma mentalidade voltada para a tecnologia como um recurso humanizador da gestão de pessoas, Viviane defende que é possível que a digitalização do RH passe por diversas etapas. “Você pode inserir games para ajudar a mapear as características comportamentais dos candidatos, depois de já ter analisado os requisitos”, comenta.

Ela também destaca as vantagens desse recurso para a área. “Seguindo o exemplo da Jéssica, entre 500 currículos a plataforma pode fazer o filtro dos 100 que correspondem àquilo que a vaga pediu. Desses, 25 podem ter um alinhamento de valores com a organização. Quantos dias eu teria parado para mapear tudo isso manualmente? Esse candidato ainda pode ser admitido digitalmente. Desde a candidatura, começamos a tirar as barreiras de um processo burocrático e com muito mais certeza dos dados”, avalia Viviane.

Assim, não restam dúvidas de que as vantagens para a digitalização do RH são diversas. “Por meio do uso da tecnologia, nós conseguimos proporcionar uma melhor experiência para o candidato. Dessa forma, aumenta o engajamento com sua marca empregadora, para o RH, para o gestor que solicitou a vaga e para a área de departamento pessoal (DP), que vai admitir esses colaboradores de uma forma mais fluida, automatizada e simplificada. Logo esse profissional pode cuidar de outras atividades que geram resultados para o negócio”, completa

Navegando por cada etapa com tecnologia

Todo colaborador cumpre uma trajetória única dentro da organização, que perpassa por vários pontos em comum com seus colegas. Desde o momento em que ele decide participar do processo seletivo até depois de seu desligamento, a gestão de pessoas o acompanha. Nessa experiência, a área pode dispor de soluções tecnológicas para auxiliar e gerar resultados positivos para o negócio. Veja como a digitalização do RH impacta em cada fase.

  • Recrutamento e seleção

Já mencionamos acima alguns exemplos de como a digitalização do RH pode transformar o processo de recrutamento e seleção. Mas ainda há diversas formas de melhorar essa etapa. “Aquisição, atração, orçamentação da vaga, requisição, comunicação com o candidato, feedback sobre as fases, agendamento de exame médico, opção pelos benefícios, tudo isso e muito mais podem ser facilitados pelas soluções digitais”, explica Viviane.

  • Boas-vindas

Ao chegar na empresa, muitas vezes o colaborador está empolgado, mas, ao mesmo tempo, perdido em relação ao seu papel, à cultura da organização, às estruturas e ao funcionamento interno.

Nesse aspecto, a digitalização do RH será fundamental. “No onboarding, podemos oferecer todos os treinamentos dentro de uma plataforma de e-learning. A ambientação pode ocorrer de uma forma lúdica, on-line, com ganho de tempo. Imagina toda vez que um colaborador entra, ter que fazer o mesmo onboarding de uma forma individualizada”, diz a Diretora de Operações da LG, sinalizando que demandaria muito tempo para essas atividades.

  • Desenvolvimento

O desenvolvimento é crítico para as empresas, ainda mais levando em consideração que não configura como uma fase passageira, com começo, meio e fim. Pelo contrário, a organização deve incentivar e oferecer os recursos para que cada colaborador possa estar em constante crescimento, acompanhar e ser responsável pelos resultados da companhia.

A boa notícia é que grande parte da sequência de aprendizagem pode ser otimizada ao se tornar digital. “As avaliações, por exemplo, podem ser automatizadas. Claro que o conteúdo é desenvolvido por nós, pessoas, mas estamos falando de usar a tecnologia para facilitar processos”, recomenda Viviane.

Além disso, as informações a respeito do colaborador vão ajudar a entender se houve sucesso em sua jornada e como fazer melhor em uma próxima vez. “Temos a possibilidade de dar feedback contínuo, fazer avaliações de competências, plano de desenvolvimento individual (PDIs), pesquisa de clima, o que nos ajuda a olhar para o todo de uma maneira justa. O profissional tem acesso a tudo de forma transparente. Portanto, estamos falando de ter exatidão de uma forma mais humana”, comenta.

  • Reconhecimento

Para manter as pessoas satisfeitas na empresa, Viviane destaca que é preciso reconhecê-las sem injustiças e acompanhar seus passos de modo a não omitir conquistas importantes, desde sua candidatura até seu crescimento interno, a digitalização do RH será estratégica.

“As soluções digitais permitem ter tudo isso no mesmo lugar e usar as informações de modo que possa melhorar os processos. Com o papel, não há essa visibilidade. Através de ferramentas, consigo olhar para os meus colaboradores, enxergar todos os critérios, saber onde colocar os investimentos em reconhecimento e promoção, mapear sucessão e tomar decisões”, elenca Viviane.

  • Desligamento

O momento de desligamento do colaborador, seja por vontade própria ou decisão da empresa, também pode ser crucial para o aprendizado de ambos. Com os dados acumulados durante todo o seu tempo de trabalho, fica mais fácil dar um feedback genuíno, que levará a organização a entender seus pontos de melhoria e, ao mesmo tempo, ajudar o profissional em seus próximos passos.

“No momento em que a pessoa se desliga, o RH e o líder podem se preocupar em apoiar o indivíduo naquilo que ele tem de competências e habilidades e que pode usar para uma recolocação mais rápida. A gente precisa ter cuidado com as pessoas”, declara a gestora.

Como dar o primeiro passo?

Não é preciso começar o seu processo de digitalização do RH tentando resolver todos os aspectos da jornada do colaborador de uma só vez. As especialistas concluem que o ideal é cada empresa entender o próprio contexto e as tarefas que mais demandam da gestão de pessoas hoje. Depois, terá chance de se familiarizar com as plataformas e observar, na prática, seus resultados.

Nesse momento, para Viviane, será hora de ir além, com cautela em relação à tecnologia. “Não pensem que para dar esses passos e investir nas pessoas, na tecnologia, vai precisar ter um desembolso exorbitante. Comece por uma ação, uma atitude, uma pequena mudança. Com isso, vamos ter uma transformação de mentalidade para aquilo que é mais ágil e simples”, finaliza.

Digitalizar o RH é um processo possível, para empresas de todos os tamanhos e segmentos. Não importa se ela tem 100, 200, 500 ou 1000 funcionários. Quer entender melhor sobre qual solução vai trazer mais resultados para sua gestão de pessoas? Conheça as plataformas da LG que cabem perfeitamente nas demandas e no bolso das PMEs. Clique aqui.

Pauta publicada em 7 de dezembro de 2021 e atualizada em 1º de fevereiro de 2022.

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Ícaro Sena

Ícaro Sena é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui experiência nas áreas comercial e de tecnologia e já atuou em empresas como Ambev, Champion e Fazen. Na LG lugar de gente desde 2019, já foi Diretor de Sucesso do Cliente, assumindo, posteriormente, a Diretoria de Serviços e agora, em 2023, a Vice-Presidência de Operações da companhia.

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