“Em 2020, a geração Z representará mais de 20% do mercado de trabalho e há executivos que ainda não pensaram nisso”, afirma Bruce Tulgan, consultor de liderança e autor do livro “O Que Todo Jovem Talento Precisa Aprender”. Um desafio que já começa a se refletir no cenário econômico, já que muitos desses jovens estão migrando para o empreendedorismo ou para as startups. Como as companhias podem vencer esse desengajamento e atrair esses talentos? O feedback contínuo é uma das alternativas.
Em busca de modelos mais flexíveis de trabalho, desenvolvimento rápido e reconhecimento, muitos jovens estão abrindo mão de uma carreira tradicional e investindo no empreendedorismo. De acordo com a segunda edição da pesquisa “Juventude Conectada”, realizada em 2017, pela Fundação Telefônica, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública (Ibope) e Instituto Paulo Montenegro, 65% dos jovens entrevistados preferem abrir o próprio empreendimento a trabalhar com carteira assinada para uma empresa.
De que forma a falta de feedback contínuo está relacionada a esse estudo? Há tempos, os colaboradores reivindicam processos mais transparentes para estabelecimento de metas, feedbacks mais frequentes e avaliações menos formais. Com a entrada das novas gerações no mercado de trabalho, essa exigência se intensificou, como aponta o Educador Executivo, Alexandre Prates. “Os profissionais que estão chegando nas corporações não vão esperar seis meses para saber se estão desempenhando bem ou não e, principalmente, para receber um feedback. É uma geração que precisa e quer ser desenvolvida”, comenta ele.
Oportunidade de aprender
O guia “As Melhores Empresas para Começar a Carreira”, destinado a profissionais de até 26 anos, também de 2017 e realizado pela VOCÊ S/A, da Editora Abril, e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), indica que a principal razão para eles trabalharem em uma organização é perceber que estão aprendendo e que têm oportunidade de se desenvolver (29%); seguida do fato de se sentirem satisfeitos e motivados com o serviço que realizam (20%).
O que muda para os líderes nesse cenário? Alexandre pontua que para estabelecer a prática do feedback contínuo também há alteração no modelo de gestão, que deixa de estar centrado no líder e passa ser focado no colaborador. “As lideranças são as principais impactadas pela horizontalização, já que precisam abrir mão do protagonismo, que passa a ser dos liderados. O líder agora precisa estar mais aberto a escutar do que falar. Afinal, o feedback é para desenvolver o outro”, explica o educador.
Segundo o psicólogo Bernardo Leite, a maior dificuldade dos líderes é entender que o feedback contínuo é uma ação de treinamento. “Eu não estou fazendo uma observação sobre determinado erro para punir o meu funcionário, mas para que ele não continue errando. Esse é o objetivo. O feedback é uma ação de cumplicidade entre gestor e liderado”, completa Bernardo.
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