Ter visão ampla, atitudes estratégicas, somados a conhecimentos técnicos e analíticos, além de saber cruzar informações e tomar decisões assertivas se tornaram novas competências necessárias aos profissionais de RH. Isso porque, no cenário atual, o departamento deixou de ser apenas responsável pelas atividades burocráticas do quadro de funcionários – e passou a receber novas exigências da organização, sendo peça fundamental no alcance de suas metas.
Andrei Passig, Diretor de RH da Contax desde 2011, já viveu essa experiência. No início de sua trajetória, ele era responsável por itens mais operacionais, como folha de pagamento, benefícios e outras documentações. “Enxerguei uma oportunidade no modelo de contratação e, principalmente, no formato de gestão de pessoas. Os funcionários da área de RH, na época, precisavam de ajuda para entender as especificidades do negócio. A partir de então, foquei meus esforços nisso e passei a atuar no segmento”, relata o Diretor.
De fato, o RH tem trabalhado como grande parceiro das outras áreas das companhias, pois agora todos têm objetivos em comum. De acordo com estudo realizado pela EY, com 550 executivos na posição de CEO e CHRO, 58% das empresas de alta performance envolvem o departamento na estratégia da companhia. Com isso, percebemos a necessidade de a área começar a superar novos desafios e possuir profissionais cada vez mais completos.
Para onde olha as novas competências do time de RH?
Na pesquisa da EY, 37% dos respondentes afirmaram que a ampliação do RH tem o intuito de proporcionar à organização um olhar para o futuro, baseado em tendências do mercado, e não somente produzir indicadores que refletem o passado.
De acordo com Felipe Azevedo, Vice-presidente e Diretor de HCM da LG lugar de gente, o profissional de RH deve fornecer ferramentas para líderes e colaboradores ganharem produtividade, além de capacitá-los quanto às boas práticas de gestão. “Estamos falando em menos trabalho para reunir dados e em mais análise com recomendações para os executivos da empresa. Saber usar analytics diariamente para a tomada de decisão sobre pessoas e para realizar investimentos mais inteligentes em contratação e desenvolvimento”, completa Felipe.
Dentro dessas tecnologias, o People Analytics proporciona aos gestores uma visão completa de como estão os processos e as pessoas dentro do todo, juntamente com insumos para insights. Por isso, é primordial para tomadas de decisão. “Hoje, é possível cruzar e analisar grandes volumes de dados rapidamente, vindos de diferentes fontes, para que a empresa faça análises, inclusive, preditivas. Se o diagnóstico indicar que um colaborador está ganhando abaixo da média, é um ponto de atenção a ser observado, porque a remuneração é uma das formas de valorização do capital humano”, afirmou Daniela Mendonça, Presidente da LG lugar de gente, em entrevista exclusiva ao Estadão.
6 novas competências necessárias aos profissionais de RH
A inteligência de dados chegou às organizações, principalmente ao RH. A equipe vai precisar saber analisar métricas e aplicá-las da maneira mais assertiva, sendo especialista em pessoas e também em números. Sua versatilidade e capacidade em lidar com temas sensíveis levará seu time a superar as exigências da organização e, consequentemente, as do mercado.
Para conseguir atuar nesse novo cenário, as novas competências necessárias aos profissionais de RH, que precisam fazer parte do quadro curricular do especialista, de acordo com Felipe, são:
- Capacidade Analítica;
- Visão sistêmica;
- Domínio de tecnologia;
- Visão de negócio;
- Conhecimento de finanças e indicadores;
- Comunicação e influência.
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