Aproveitar todo o potencial das equipes é praticamente o sonho de todo gestor, não é mesmo? Mas como conseguir isso? Você pode começar estimulando o engajamento dos colaboradores. As organizações têm mais sucesso em aumentar o envolvimento e melhorar os resultados do negócio quando tratam os funcionários como partes interessadas no seu próprio futuro e no da empresa. É o que aponta a pesquisa “State of the American Workplace Report”, realizada pelo Instituto Gallup em 2016, com mais de 195 mil trabalhadores nos EUA.
Mas, afinal, como conseguir o engajamento dos colaboradores dentro da empresa? Qual o papel do RH nesse processo? A capacitação das lideranças é importante? Para falar sobre o tema conversamos com Luciano Meira, sócio-fundador da Caminhos Vida Integral, Diretor de Metodologia do IPOG e ex-Diretor de Conteúdo e Facilitação da FranklinCovey Brasil.
De acordo com Luciano, antes de realizar qualquer ação para gerar engajamento é importante ter uma visão crítica das coisas que acontecem e como elas ocorrem com cada colaborador e suas equipes. Segundo ele, devem ser avaliadas quatro dimensões para estimular o engajamento. São elas:
- Singular subjetivo: composto pelos paradigmas, interesses motivacionais pessoais e o bem-estar psicológico de cada colaborador.
- Singular objetivo: aqui estão as competências — conhecimentos, habilidades, atitudes e resultados.
- Plural subjetivo: comportamentos e símbolos coletivos, propósitos claros das equipes e aderência aos processos.
- Plural objetivo: estratégias, sistemas e processos.
O especialista afirma que um líder sozinho não tem uma visão completa de todos os aspectos. “Por isso, hoje estamos saindo da liderança individual e indo para a coletiva, onde temos um grupo de líderes para conseguir avaliar a empresa como um todo, além de preparar seus sucessores”, ressalta.
Papel do RH
Para Luciano, as lideranças e o RH precisam trabalhar em equipe possibilitando avaliar todas as dimensões que afetam o engajamento. “A área de recursos humanos tem uma visão criteriosa para os sistemas e subsistemas do desenvolvimento de pessoas. O estudo de competências é um dos pontos críticos da gestão de capital humano. Nesse sentido, acredito que o RH deve trabalhar os dois quadrantes referentes ao plural, ou seja, cuidando das equipes. E o líder, que fica mais próximo ao colaborador, deve gerenciar as dimensões singulares”, comenta.
Ele ressalta que a gestão de pessoas precisa estar atenta aos investimentos na formação de lideranças. “Cada vez mais as empresas estão entendendo que além da missão relacionada ao desenvolvimento de um produto ou serviço, sua principal função é desenvolver gestores que consigam manter a sustentabilidade humana da organização. Toda empresa deveria ser uma escola de líderes”, enfatiza.
Entre os desafios para conseguir o engajamento, Luciano destaca que o principal é fazer com que os gestores se coloquem no lugar dos seus colaboradores. “Enxergar o assunto do ponto de vista humano, pessoal e individual. Nos estudos que tenho feito, percebi uma premissa: as pessoas se sentem usadas dentro das organizações. O sistema foi montado assim, se preocupando apenas com o lucro das empresas sem cuidar do desenvolvimento humano. O que não é culpa do RH ou do líder. Essa é uma transformação que precisamos enfrentar”, afirma.
Luciano destaca ainda que o engajamento não é uma conquista estática. “O envolvimento e a entrega dos colaboradores precisam de atenção todos os dias. É necessário formar, trazer novas experiências, conhecimentos, habilidades e, principalmente, inspirações o tempo todo. Não existe engajamento fixo. Ele precisa ser motivado e conquistado diariamente”.
Para os líderes que desejam aumentar o engajamento de suas equipes, Luciano dá a dica: “Tudo começa na intenção. Se a sua for criar um ambiente de trabalho no qual as pessoas possam realmente crescer, consequentemente, elas entregarão resultados especiais e os negócios fluirão melhor. É preciso dar mais atenção ao lado humano das empresas”, finaliza.
Luciano Meira é Sócio-Fundador da Caminhos Vida Integral e Diretor de Metodologia do IPOG. Ex-Diretor de Conteúdo e Facilitação da FranklinCovey Brasil. Também é responsável pela transferência de know how entre a FranklinCovey e a empresa Abril Educação para a implementação no Brasil do programa “O Líder em Mim”, que já foi implementado em centenas de escolas brasileiras.
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