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RH de olho na inclusão: o poder da igualdade de oportunidades para o resultado dos negócios

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Andrea Schwarz, Fundadora da iiGual Inclusão e Diversidade, fala sobre o impacto de adequar a organização estrutural e culturalmente para receber pessoas com deficiência

O poder da diversidade no mercado de trabalho tem se tornado cada vez mais visível. No último Global Human Capital Trends da Deloitte, a maior parte dos executivos entrevistados apontou esse fator como o impacto social responsável pela medida de sucesso de suas organizações. Mas será que sua empresa reconhece a importância de oferecer igualdade de oportunidades?

igualdade de oportunidades

De acordo com o levantamento da consultoria estadunidense, 34% dos 10 mil líderes de negócios e Recursos Humanos ouvidos acreditam na relevância da diversidade para suas empresas.

Ainda assim, analisando um dos espectros dessa pluralidade no ambiente de trabalho, dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que 441,3 mil pessoas com deficiência estão empregadas no Brasil. Embora tenha aumentado desde o último levantamento, esse número ainda equivale a menos de 1% da população brasileira com algum tipo de deficiência apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último Censo.

Buscando a igualdade de oportunidades

Desde 1991, a Lei nº. 8.213, mais conhecida como Lei de Cotas, determina que organizações com mais de 100 empregados devem destinar de 2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiência.

No entanto, quase 30 anos depois, a oferta de igualdade de oportunidades a esses profissionais ainda avança devagar. Felizmente, essa parcela de trabalhadores tem contado desde o início da lei com os esforços de pessoas como Andrea Schwarz, Fundadora da iiGual Inclusão & Diversidade.

Como cadeirante, Andrea percebeu logo aos 22 anos o quanto era necessário preparar a sociedade e as empresas para tratar a todos com isonomia, tanto no espaço físico como culturalmente.

Junto com seu marido e sócio da iiGual, Jaques Haber, Andrea escreveu o livro Guia São Paulo Adaptada, mapeando a cidade sob o ponto de vista da acessibilidade e dos serviços que eram oferecidos para as pessoas com deficiência. Logo após a publicação, Andrea foi procurada por diversas empresas para auxiliá-las na inclusão desses profissionais no mercado de trabalho.  

Para ela, esse foi um momento de ruptura para a diversidade. “Fomos totalmente disruptivos, colocando esses indivíduos no papel de protagonistas, seja como consumidores, seja como profissionais”, explica.

Como lidar com a inclusão e a diversidade

Para tratar a igualdade de oportunidades de forma eficaz e obter resultados para o negócio, é necessário entender que não há resultado na pluralidade se ela não for acompanhada do sentimento de pertencimento. “Queremos falar sobre inclusão e diversidade sob o ponto de vista da semelhança e não das diferenças”, ressalta Andrea.

Igualdade de oportunidades
Andrea Schwarz, Fundadora da iiGual Inclusão & Diversidade

Contudo, refletindo sobre sua própria experiência no papel de liderança, ela admite que não é uma tarefa simples. “Eu busco praticar uma liderança positiva, que inspire os colaboradores a comprar a ideia do nosso propósito, que é muito verdadeiro e genuíno. Certamente, o fato de ser uma pessoa com deficiência, de ter a representatividade na pele, contribui para engajar minha equipe, mas é um aprendizado contínuo e desafiador”, completa.

Depois de reunir o aprendizado que obteve desenvolvendo programas de inclusão para diversas empresas no livro “COTAS – como vencer os desafios da contratação de pessoas com deficiência”, Andrea Schwarz ressalta a importância de entender o real valor da diversidade humana.

Essa é uma das lições que ela compartilha com outros líderes com base em sua experiência. Além de aconselhar que os gestores não julguem profissionais por determinadas características, Andrea recomenda a fuga de estereótipos e o aprofundamento do conhecimento acerca de cada colaborador.

Diante disso, recorrer a ferramentas de recrutamento pode ajudar a gestão de pessoas a selecionar novos funcionários de forma assertiva e ágil evitando a subjetividade e outros vieses que podem prejudicar a oferta de oportunidades iguais. “Quando você olha para uma pessoa com deficiência, é fácil identificar o que ela não consegue fazer. O desafio é enxergar o que ela pode fazer”, completa Andrea.

Quer saber mais sobre esse e outros temas relacionados às últimas tendências em gestão de pessoas? Clique aqui e leia a edição mais recente da Revista Huma.

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