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Principais tendências do CONARH para o RH 2025: IA, People Analytics e saúde mental

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No evento, LG promoveu programação alinhada às demandas mais recente da gestão de pessoas. Confira o texto completo e fique por dentro de tudo que aconteceu no CONARH 2024!

A 50ª edição do CONARH (Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas) consolidou-se como um dos eventos mais relevantes no calendário de profissionais de Recursos Humanos.

Realizado entre os dias 27 e 29 de agosto de 2024, no São Paulo Expo, o congresso reuniu milhares de participantes, incluindo gestores, líderes empresariais e especialistas do setor, para discutir as últimas tendências e inovações em gestão de pessoas.

Ocupando os pavilhões 6, 7 e 8 do centro de exposições, o evento proporcionou um espaço rico para o compartilhamento de conhecimentos e experiências, além de ser uma plataforma para networking e troca de ideias entre os principais atores do mercado.

Durante os três dias de evento, o estande da LG lugar de gente se destacou como um ponto de encontro para discussões fundamentais sobre o futuro do trabalho. Fora dali, a maior HR Tech do Brasil também discutiu temas em alta da gestão de pessoas em um dos principais palcos do evento.

Com uma programação diversificada que incluiu palestras, mesas-redondas e debates, a empresa trouxe à tona questões críticas relacionadas ao uso de Inteligência Artificial (IA) na gestão de pessoas, a importância do People Analytics, a necessidade de promover diversidade e saúde mental no ambiente corporativo e a definição de propósitos claros para as organizações. 

Aqui, você confere as principais tendências do CONARH para o RH discutidas no encontro, com insights de especialistas e líderes do setor.

Inteligência Artificial e gestão de talentos

A IA foi um dos focos centrais para a gestão de Recursos Humanos. Isso porque a tecnologia está rapidamente se tornando uma ferramenta essencial no dia a dia das organizações, trazendo novas possibilidades para aumentar a eficiência e a produtividade.

Marcelo Hunecke explicou como a Microsoft tem utilizado IA para aumentar a produtividade de empresas e colaboradores. “A IA nos faz ganhar muito tempo nas tarefas do dia a dia. Basta saber fazer a pergunta correta em linguagem natural. As empresas que não usarem vão desaparecer do mercado”.

Ele ressaltou que, embora a IA seja uma ferramenta poderosa, o controle das decisões deve permanecer com os seres humanos. Para exemplificar essa visão, Hunecke citou o uso do termo “Copilot” para designar 95% das soluções de IA da Microsoft, sublinhando que a tecnologia deve atuar como uma coadjuvante, oferecendo suporte às decisões humanas, sem substituí-las.

Essa visão de equilíbrio entre tecnologia e humanização foi um tema recorrente nas discussões. A Inteligência Artificial, segundo os palestrantes, tem potencial para revolucionar a gestão de talentos, mas também traz desafios significativos.

Um desses desafios é manter o equilíbrio entre o uso eficiente da tecnologia e a preservação dos valores humanos no processo decisório. Durante a palestra, Hunecke enfatizou que, apesar dos avanços tecnológicos, a tomada de decisões nos processos de gestão de pessoas deve continuar sendo uma prerrogativa humana, garantindo que aspectos como empatia, ética e intuição sejam preservados.

People Analytics: transformando a gestão de talentos

A transformação digital no RH também foi abordada por Esther Mashki, Coordenadora de Desenvolvimento Organizacional na Health Tech MV, que discutiu o impacto do People Analytics na gestão de talentos.

Em sua palestra “People Analytics: A Transformação Estratégica do RH na Jornada do Colaborador”, destacou a importância de integrar a análise de dados à cultura organizacional.

Ela explicou que o uso de dados pode tornar a gestão de pessoas mais objetiva e menos suscetível a favoritismos, resultando em decisões mais justas e estratégicas, que beneficiam tanto os colaboradores quanto as organizações.

Esther também abordou os desafios relacionados à adoção do People Analytics. Segundo ela, muitos profissionais de RH ainda são resistentes ao uso de dados na tomada de decisões, em parte devido à falta de familiaridade com as ferramentas e técnicas de análise.

Além disso, a integração de sistemas e a falta de expertise técnica representam barreiras significativas para a implementação eficaz dessas tecnologias. 

A coordenadora defendeu que, para superar essas barreiras, é necessário investir em capacitação e conscientização, para que os profissionais de RH possam explorar todo o potencial que oferece.

“Na nossa experiência, essa metodologia gera uma melhor experiência para o colaborador, um viés mais objetivo, sem favoritismos, o que reflete no clima e nas tomadas de decisões mais assertivas. Ganha o colaborador e o negócio”.

Outro ponto relevante levantado foi o impacto da IA e do machine learning no futuro do People Analytics. Ela argumentou que essas tecnologias estão moldando a maneira como os dados são coletados, analisados e utilizados nas decisões de gestão de talentos.

No entanto, Esther alertou que a adoção dessas ferramentas deve ser acompanhada de uma reflexão crítica sobre seus impactos e limitações, especialmente no que diz respeito à manutenção da imparcialidade e da equidade nos processos de RH.

IA e Recrutamento: o paradoxo da tecnologia

O uso da IA em processos seletivos foi no painel intitulado “O Paradoxo da Inteligência Artificial no Recrutamento Humanizado”, que contou com a participação de Nara Zarino, Líder de RH, mentora e professora.

Durante a discussão, a especialista apresentou o dado de que 95% dos profissionais de RH acreditam que a IA pode ser uma aliada significativa nos processos de recrutamento e seleção, especialmente na triagem de currículos e na redução de vieses inconscientes.

No entanto, o estudo também indicou que 56% dos recrutadores defendem que a decisão final de contratação deve ser feita por um ser humano.

Nara destacou o paradoxo que envolve o uso da IA no recrutamento: enquanto a tecnologia pode aumentar a eficiência e a precisão do processo seletivo, há o risco de desumanizar as decisões, afastando-as dos aspectos mais subjetivos e humanos que são essenciais para uma boa seleção.

Ela enfatizou que a IA, embora útil, não deve substituir o julgamento humano, que considera fatores como a adequação cultural e a potencial evolução dos candidatos dentro da organização.

A discussão também abordou a necessidade de treinar algoritmos para que eles sejam capazes de realizar seleções mais justas e inclusivas. Nara mencionou que, embora a IA possa reduzir vieses humanos, os próprios algoritmos podem estar sujeitos à enviesamentos se não forem desenvolvidos e alimentados com dados de maneira criteriosa.

Para mitigar esses riscos, é fundamental que os profissionais de RH estejam bem informados sobre o funcionamento dessas tecnologias e sobre as melhores práticas para sua implementação.

Literacia em Inteligência Artificial: um imperativo para o futuro do RH

Cristiano Kruel, Chief Innovation Officer da StartSe, trouxe à tona a necessidade de capacitação em Inteligência Artificial para os profissionais de RH. Em sua palestra, argumentou que o maior risco para o futuro do setor é a falta de entendimento sobre a IA.

Ele destacou que, em um mundo cada vez mais dominado por dados e algoritmos, é essencial que os profissionais de RH adquiram competências em IA para aumentar a produtividade e fomentar uma cultura de inovação dentro das organizações. 

Para ele, é preciso mudar a nossa relação com as informações, a partir do letramento nessas tecnologias.

“Os executivos estão travados nas empresas. Eles sentem que estão devendo e-mails, não sabem se leram tudo no WhatsApp, tem mais relatórios do que conseguem ler, mais B.I. do que conseguem clicar, salvam tudo para ler depois, compram mais livros do que são capazes de ler e não têm tempo para feedback. O maior gargalo hoje é cognição humana. Agora, eu não quero mais dados para mim, quero dados para alimentar máquinas. Essa é a nova lógica”.

A literacia em IA, segundo Cristiano, não se resume ao domínio técnico, mas também envolve a compreensão das implicações éticas e sociais do uso dessas tecnologias no ambiente de trabalho.

Outro ponto importante levantado é a necessidade de uma formação contínua para os profissionais de RH. Segundo ele, a velocidade com que as tecnologias evoluem exige que os gestores estejam constantemente atualizados sobre as novas ferramentas e práticas.

Por isso, o palestrante sugeriu que as empresas invistam em programas de treinamento e desenvolvimento que incluam a formação em IA, garantindo que os profissionais de RH estejam preparados para lidar com os desafios e oportunidades que a tecnologia oferece.

IA no treinamento e desenvolvimento de equipes

Renato Fontana, Country Manager Brazil da Powtoon, abordou a aplicação da IA no treinamento e desenvolvimento de equipes. Em sua palestra, refletiu que a IA tem o potencial de revolucionar a forma como as empresas capacitam seus colaboradores, tornando os processos de treinamento mais ágeis, personalizados e eficazes.

Ele explicou que a tecnologia permite criar programas de aprendizado adaptativos, que se ajustam às necessidades individuais dos colaboradores, aumentando assim a eficácia do treinamento.

Renato ressaltou, no entanto, que a adoção da IA no treinamento não deve eliminar o papel central dos humanos no processo de aprendizagem. Ele comparou a IA a um “copiloto”, que auxilia no direcionamento e na execução das atividades, mas que depende de um piloto humano para definir os objetivos e assegurar que o processo de aprendizado esteja alinhado com a cultura e os valores da empresa.

Para ele, o fator humano continua sendo crucial para garantir que a tecnologia seja utilizada de maneira ética e eficaz. O executivo também discutiu a importância de as empresas terem uma visão clara sobre o que desejam alcançar com a adoção de tecnologias de IA no treinamento.

Ele argumentou que, embora a tecnologia possa trazer benefícios significativos, é essencial que as organizações definam metas claras e mensuráveis para o uso da IA, de modo a garantir que ela esteja verdadeiramente contribuindo para os objetivos estratégicos da empresa.

IA no offboarding: humanizando processos de desligamento

Na Arena Sulamérica, a palestra conduzida por Caio Viana, Head de Recursos Humanos na C&A, Fernanda Medei, CEO e Founder na Medei, e Fernando Bueno, Diretor de Produtos de Gestão de Talentos da LG, trouxe uma perspectiva sobre como a IA pode ser utilizada para humanizar o processo de offboarding.

Os especialistas destacaram que a tecnologia pode melhorar a experiência dos colaboradores tanto na admissão quanto na saída da empresa, automatizando processos e garantindo uma transição mais suave e menos traumática.

Fernando Bueno mencionou que a digitalização de processos pode ajudar as empresas a “cuidar de gente”, permitindo que os profissionais de RH se concentrem em aspectos mais estratégicos e menos operacionais.

Ele argumentou que, ao automatizar tarefas administrativas, como o gerenciamento de benefícios e o processamento de documentos de desligamento, a IA libera tempo para que os gestores possam focar no apoio emocional e no suporte aos colaboradores que estão deixando a empresa.

Caio Viana e Fernanda Medei enfatizaram a importância de manter uma abordagem humana, mesmo quando se utiliza tecnologia nos processos de desligamento. Eles defenderam que a automatização deve ser vista como uma ferramenta para melhorar a experiência do colaborador, e não como uma substituição da interação humana.

Viana ressaltou que uma saída mal gerida pode prejudicar a marca empregadora, enquanto um processo de offboarding bem conduzido é capaz de fortalecer a reputação da empresa e facilitar futuras recontratações.

Diversidade, saúde mental e propósito organizacional

O CONARH 2024 também foi um ponto de convergência para discussões sobre temas fundamentais para o futuro do ambiente de trabalho: diversidade, saúde mental dos colaboradores e propósito organizacional.

Em uma sessão dedicada ao tema “Resultados com Propósito: A Revolução na Gestão Empresarial”, André Lopes, Co-CEO da Thutor, abordou a importância de alinhar os valores pessoais e profissionais para alcançar resultados sustentáveis. 

Ele argumentou que a felicidade no ambiente de trabalho é crucial para gerar resultados financeiros positivos e apresentou um conjunto de práticas para alinhar propósitos e valores dentro das organizações. “A felicidade dá lucro. Precisávamos provar que, quem só pensava no lucro, tinha um outro caminho para seguir”, afirmou. 

André defendeu que o propósito não deve ser visto como um conceito abstrato, mas como uma jornada contínua que envolve todos os colaboradores. Ele propôs quatro passos essenciais para alcançar resultados com propósito: acreditar, praticar, melhorar e compartilhar. 

Ele explicou que acreditar nos valores e propósitos da empresa é o primeiro passo para que os colaboradores se sintam conectados com a missão organizacional. A prática constante desses valores no dia a dia é fundamental para transformar ideias em ações concretas, enquanto o aprimoramento contínuo garante que as iniciativas permaneçam relevantes e eficazes.

Por fim, a transparência e a disposição para compartilhar tanto os sucessos quanto os erros são essenciais para construir confiança e credibilidade dentro da organização.

Liderança feminina e inovação em RH

A mesa-redonda “Quebrando barreiras e construindo sucesso: as mulheres à frente da inovação da Gestão de Pessoas no Brasil” reuniu líderes femininas do setor para discutir a importância da diversidade e inclusão na gestão de pessoas.

Flavia Pontes, Diretora Executiva de Recursos Humanos na PETZ, Amanda Rocha, Gerente de Recursos Humanos do Grupo José Alves, e Leilah Macluf, Diretora de Soluções para Experiência do Colaborador na Microsoft, compartilharam suas experiências sobre o papel das mulheres na inovação e na gestão de pessoas.

Flavia destacou a capacidade das mulheres de trazer perspectivas mais amplas e dinâmicas para o RH. Ela argumentou que as mulheres têm uma habilidade única de olhar para os desafios de maneira holística, considerando tanto os aspectos técnicos quanto os emocionais nas decisões de gestão.

A diretora defendeu que a inclusão de mulheres em posições de liderança no RH é crucial para promover uma gestão mais sensível e eficaz.

Por sua vez, Amanda ressaltou a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, destacando que a simplicidade é a chave para a inovação. Ela argumentou que soluções simples e práticas podem ter um impacto significativo na melhoria do ambiente de trabalho e na satisfação dos colaboradores.

De acordo com a especialista, as mulheres, ao equilibrarem múltiplas responsabilidades, trazem uma perspectiva valiosa para a criação de políticas de RH mais inclusivas e eficazes.

Já Leilah abordou a questão da diversidade e inclusão, destacando que as metas de diversidade devem estar atreladas à remuneração para garantir que as iniciativas sejam realmente eficazes. Ela explicou que, ao vincular a diversidade a recompensas financeiras, as empresas incentivam os líderes a se comprometerem de maneira mais efetiva com essas metas.

A executiva da Microsoft também ressaltou que o RH tem um papel fundamental em fornecer os dados e indicadores necessários para que os líderes tomem decisões informadas e estratégicas.

Saúde mental no ambiente corporativo

A saúde mental dos colaboradores foi tema de uma palestra conduzida por Ivone Matias e Rosangela Prudente, do Itaú Unibanco. Elas discutiram as práticas inovadoras adotadas pela instituição para cuidar da saúde mental no ambiente de trabalho, incluindo programas específicos para mapear fatores psicossociais e identificar riscos de adoecimento mental.

Rosangela destacou a importância de medidas proativas, como o uso de testes emocionais para monitorar a saúde mental dos colaboradores e fornecer o suporte necessário.

As palestrantes apontaram que, embora o adoecimento mental tenha causas multifatoriais, as empresas têm a responsabilidade de dar o primeiro passo para atuar nesse campo.

Por isso, é preciso a adoção de práticas de cuidado com a saúde mental que não apenas melhorarem o bem-estar dos colaboradores, mas também aumentem a produtividade e reduzir os custos associados a afastamentos e tratamentos.

LG lugar de gente no CONARH 2024

As discussões promovidas pela LG no CONARH 2024 reforçam a necessidade de um equilíbrio entre tecnologia e humanização na gestão de pessoas.

Na vanguarda das inovações brasileiras para a gestão de pessoas, a LG apresentou no evento o People Analytics, uma solução que utiliza IA generativa para transformar dados de RH em decisões estratégicas, oferecendo insights confiáveis e personalizáveis para melhorar a gestão de talentos.

Além dessa plataforma, foi apresentada a LiGia Pro, a evolução da assistente virtual de IA projetada para automatizar e otimizar processos de RH, facilitando a comunicação e a eficiência na gestão de pessoas através do ChatBot. Ela ajuda a simplificar tarefas diárias, tornando o RH mais eficiente e preciso.

Essas inovações destacam a LG como uma líder na transformação digital do setor de Recursos Humanos, alinhando-se às necessidades contemporâneas de maior acurácia, estratégia e demanda de tempo nas práticas de gestão de pessoas.

As plataformas oferecem ferramentas avançadas para a tomada de decisões estratégicas, mas também promovem um ambiente de trabalho mais ágil e integrado, respondendo às demandas por uma gestão de pessoas mais eficaz e orientada por dados.

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Priscila Cruz

Professora de Língua Portuguesa por formação, Analista de SEO por paixão. Atualmente, pós-graduada em Marketing e Growth para aprender a aliar criatividade com crescimento estratégico e acelerado. Acredito que a produção de conteúdo pela internet é o caminho para democratização do acesso ao conhecimento. Por isso, explore comigo as tendências de RH e todo o universo da gestão do capital humano!

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