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Mudanças na gestão de pessoas: estudo aponta como o RH reagiu aos desafios em 2021

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Pesquisa revela o balanço dos impactos da pandemia e as iniciativas adotadas pelas empresas para vencer os obstáculos.

Não é novidade que o RH precisa se reinventar constantemente, mas nos últimos dois anos esse cenário foi intensificado pela pandemia. Para avaliar quais foram as mudanças na gestão de pessoas em 2021 e as iniciativas para superar os desafios, a PwC promoveu o estudo “Como sua empresa está reagindo à crise?”.

O levantamento, que contou com 62 participantes de 16 indústrias diferentes, apontou que em meio a preocupações com a saúde física e mental dos colaboradores e a sustentabilidade dos negócios na crise, a área continua procurando entender como investir na gestão da produtividade nas empresas.

O relatório também compara os dados da primeira edição, realizada de março a julho de 2020, com a nova análise, que coletou respostas de outubro de 2020 a março de 2021. Entenda os resultados e descubra o que mudou na produtividade dos colaboradores e o que ainda está por vir.

Principais medidas frente à crise

Antes de adentrar na gestão da produtividade nas empresas, é fundamental entender o cenário de mudanças na gestão de pessoas que está por trás da sobrevivência e crescimento das organizações. O estudo mostra que há otimismo em relação à recuperação nos próximos anos, mas isso não significa que as instituições já saíram de um cenário econômico incerto.

As principais transformações dizem respeito à rotina nos escritórios e o preconceito com o home office. Nesse sentido, 79% dos participantes disseram que vão manter ou implementar o trabalho remoto, demonstrando que uma barreira já foi quebrada.

A mesma quantidade de empresas, 79%, ampliou o quadro de funcionários nos últimos meses, o que deixa claro a importância da força de trabalho no resultado dos negócios. No geral, o crescimento foi de 30%, no qual os setores do agronegócio e de tecnologia foram os que mais contrataram.

Outra medida importante está ligada à questão financeira. 54% das empresas fizeram uso de créditos tributários/previdenciários, além de empréstimos bancários e redução de infraestrutura, como medidas para proteger o fluxo de caixa.

Para mitigar os efeitos das mudanças na gestão de pessoas, as companhias recorreram menos a ações drásticas em 2021 do que em 2020. Assim, nesse ano, as férias individuais ou coletivas foram um recurso usado por 56% dos respondentes, diante dos 65% no ano anterior. Já a redução de benefícios foi a solução para apenas 26% das organizações, enquanto havia sido usada por 41% em 2020. Por sua vez, a suspensão temporária do contrato de trabalho passou de 23% a 11%. E, por fim, a redução de jornada com redução de salários foi de 27% para 16%.

Gestão da produtividade nas empresas

Segundo o estudo, em um panorama como este a gestão de produtividade nas empresas foi fortemente impactada. Por consequência, a adaptabilidade e a flexibilidade ganharam lugar de destaque, sob o objetivo de dar conta das novas formas de trabalhar.

Confira as principais iniciativas deste ano em comparação à 2020 para manter os colaboradores produtivos e garantir o bem-estar dos profissionais:

  • O controle de ingresso das pessoas no ambiente de trabalho passou de 68% a 89%.
  • A criação de um comitê para administrar casos de covid-19 passou de 63% a 82%.
  • 77% afirmam ter revisto políticas, procedimentos e layouts para cumprir as novas normas legais, como a Portaria Conjunta no 20/2020, que versa sobre as medidas que o empregador deve observar para prevenir, controlar e mitigar os riscos de transmissão da covid-19 no ambiente de trabalho.
  • As empresas que ofereceram equipamentos em regime de comodato, como computadores, mesas e cadeiras, eram representadas por 70% e, agora, são 77%.
  • A infraestrutura de trabalho, promovida principalmente através do reembolso de despesas com telefone e internet, para garantir a produtividade dos colaboradores de seus empregados de forma remota foi adotada por 23% das empresas em 2021 em contraposição aos 10% de 2020.
  • Quase 30% das empresas afirmam que vão estudar essa possibilidade de reembolso de despesas nos próximos meses.

Pontos de atenção para o RH

As mudanças na gestão de pessoas acendem também o alerta para as questões burocráticas envolvidas. Segundo o levantamento, são vários os fatores a serem observados pelos empregadores no que tange benefícios e equipamentos. Isso porque, quando tais vantagens são proporcionadas, é preciso atentar para o que realmente vai tornar a jornada do funcionário melhor e mais produtiva.

Esse cenário também exige do RH o rearranjo de diversas políticas e processos internos, como o ponto da jornada de trabalho e os procedimentos para preservação da segurança e saúde de colaboradores e terceiros.

O estudo ressalta que cada ação e/ou benefício concedido corresponde a um comando legislativo. “Isso traz desafios para as empresas em termos de conformidade com as regras aplicáveis ao trabalho remoto. Em caso de não cumprimento, há possíveis consequências financeiras adversas, seja pela obrigatoriedade de aumentar o pacote de benefícios concedidos aos empregados ou pela elevação da incidência tributária sobre a folha de pagamentos”, destaca a PwC na pesquisa.

Além disso, frente aos 28% relativos às companhias que adotaram o conceito de trabalho de qualquer lugar (anywhere office) e às 38% que estudam essa possibilidade, o levantamento destaca que outros pontos de atenção legislativos devem ser mantidos em mente.

“Considerando a legislação atual, em especial a Lei Federal nº 13.467 – introduzida pela Reforma Trabalhista em 2017 – há processos e procedimentos a serem observados na implementação dos conceitos de home office ou de teletrabalho. A lei permite que os empregados permaneçam fora do ambiente físico de trabalho, mas a implementação desses dois conceitos requer cuidados especiais do empregador. Sobretudo em relação às questões trabalhistas, previdenciárias e tributárias”, aponta o relatório.

O cuidado com o colaborador tem sido uma das inquietações importantes confirmadas na pesquisa. Por isso, 93% estão comunicando frequentemente as medidas de prevenção à contaminação. “Com o aumento da preocupação da sociedade com as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), as empresas dão mais ênfase ao bem-estar da força de trabalho e à divulgação das informações aos diversos stakeholders. 59% disponibilizaram programas voltados para melhor comodidade dos profissionais, como a prática de meditação e exercícios guiados por vídeo”, explica a pesquisa.

Próximos passos

Com a perda do medo do trabalho remoto, sobretudo no que tange a gestão de produtividade nas empresas, 68% adotarão o modelo híbrido, combinando expediente à distância e presencial.

O aumento das vagas também será uma realidade. Em uma projeção otimista, 60% das organizações pretendem contratar nos próximos meses, com planos de aumentar cerca de 10% da força de trabalho.

O setor de tecnologia parece ter chances ainda maiores de movimentar a economia. Ela pode passar de 50%, embalados pela retomada que o avanço das campanhas de vacinação e a reestruturação das cadeias produtivas e de suprimentos começam a viver.

“Esta 2ª edição da nossa pesquisa mostra que as organizações estão cada vez mais adaptadas à nova realidade e mais bem preparadas para eventuais crises futuras. Mesmo em transformação, esse cenário indica que o forte impacto já foi absorvido e a retomada de investimento e crescimento começa a se concretizar”, finaliza a PwC.

Diante de tantas transformações que aconteceram, a tecnologia tem se mostrado fundamental para as companhias que alcançaram crescimento, mesmo durante a crise. E também, para aquelas que desejam se manter à frente na retomada da economia. Nesse sentido, o RH precisa conhecer as melhores plataformas que se adequam à realidade de suas organizações, capazes de impactar positivamente nas mudanças na gestão de pessoas. Conheça o que as soluções da LG lugar de gente podem fazer pela sua gestão de pessoas.

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Ícaro Sena

Ícaro Sena é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui experiência nas áreas comercial e de tecnologia e já atuou em empresas como Ambev, Champion e Fazen. Na LG lugar de gente desde 2019, já foi Diretor de Sucesso do Cliente, assumindo, posteriormente, a Diretoria de Serviços e agora, em 2023, a Vice-Presidência de Operações da companhia.

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