
Tempo, cada vez mais, é dinheiro. Sobretudo num mercado em que a competição só faz crescer; já sai na frente quem consegue otimizar tarefas e usar o tempo para aquilo que realmente importa, sem desperdícios. Por isso, as empresas buscam sempre novas formas de dar mais eficiência à gestão, focando em resultados e envolvendo todos os aspectos organizacionais. Uma dessas novas formas é a gestão à vista.
Calma: antes de reclamar de mais uma no já imenso rol de “gestões”, saiba que esta pode fazer a diferença no seu negócio. Afinal, a gestão à vista é um modelo que possibilita que os principais itens de controle estejam ao alcance de toda a equipe. São gráficos, dados ou informações gerenciais que podem ser rápida e facilmente visualizados e interpretados por todos. Nos formatos mais diversos: desde um quadro na sala do cafezinho a TVs nos departamentos.
No fundo, o princípio é parecido com o de um painel de avião, com todos os comandos e dados à vista. A diferença é que toda a tripulação é capaz de entender cada detalhe, em vez de apenas o pessoal da cabine.
Por que a gestão à vista é importante?
Porque é eficaz como poucas outras metodologias são. A gestão à vista tem por princípio divulgar, de maneira clara e sucinta a todos os funcionários e colaboradores e em um local de fácil visibilidade, informações importantes sobre o atual desempenho de uma empresa – e de cada setor no qual ela está inserida.
Assim, todos têm consciência de seus próprios objetivos e metas. E mais: sabem como cada equipe está em relação às outras, aumentando a produtividade.
Cuidados ao implantar
Antes de conhecermos exemplos de gestão à vista, algumas precauções são necessárias. Como:
Definir os indicadores que serão incluídos na gestão à vista e também estabelecer os padrões visuais a serem adotados. É fundamental selecionar apenas os relevantes para que não haja informações em excesso e sem utilidade aos grupos de trabalho. Criação de uma equipe responsável por coletar todas as informações de forma segura e alimentar constantemente os padrões.
Preparar todos os líderes para utilização da ferramenta, de maneira eficiente para que sejam capazes de disseminar o conceito entre os colaboradores.
Algum exemplo prático?
Claro! Ou ficaremos somente no plano das abstrações. Como dissemos, um painel de metas no espaço do cafezinho já pode ser considerado gestão à vista. Mas vamos analisar metodologias mais estruturadas:
Kanban – o sistema de origem japonesa sempre costuma ser citado sempre como boa prática de gestão à vista. Significa, literalmente, registro ou placa visível. É um dos mais utilizados na gestão à vista, e consiste em controlar os estoques de matéria prima e produtos utilizando-se cartões de sinalização. Isto garante uma verificação sempre atualizada da quantidade de peças em estoque, e possibilita uma reposição ágil destas peças sempre que necessário. O resultado é um controle bem maior sobre a produção.
Painéis de Gestão, ou dashboards – também conhecidos como quadros de gestão à vista, estes painéis costumam fomentar uma competição sadia e estimulante entre diferentes setores da empresa. Isto ocorre por meio da comparação de metas, desempenhos e objetivos alcançados. Mas lembre-se: eles devem ser atualizados com frequência, para que suas informações não se desatualizem e percam valor.
Cultivando o sentimento de ownership
Em suma, com uma boa política de gestão à vista, sua equipe se engaja e compromete mais. Porque os colaboradores passam a ter pleno conhecimento de metas e informações relevantes da empresa, e percebem melhor a responsabilidade que têm pelas conquistas da organização.
É o tal conceito de ownership, de que tanto se fala hoje em dia. Já para os gestores, a metodologia de gestão à vista permite acompanhar em tempo real o desempenho dos processos da empresa.
Essa notícia foi publicada no site Runrun It, em janeiro de 2017
Comentários